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Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

 
Olá gateiro!

No post de hoje vamos falar sobre a sua casa, e como fazê-la interessante e boa para a saúde e bem estar do seu gato, para que ele tenha uma vida longa e feliz ao seu lado! Aprenda o que é enriquecimento ambiental para gatos e como usá-lo em sua casa.

Segurança

A maioria de nós já sabe que, apesar de não ser “natural” para um gato morar dentro de um apartamento ou de uma casa, essa é a melhor opção para ele nos dias de hoje. Gatos que moram na rua, vivem soltos, ou “dando voltinhas”, têm expectativa de vida até 4 vezes menor que gatos de vida restrita, sendo muito mais expostos a vírus, outros agentes causadores de doenças, acidentes, brigas, atropelamentos, envenenamentos acidentais e à maldade humana em geral. Além disso, eles podem virar presas de cães ou animais selvagens, ou mesmo de outros gatos. Brigas feias entre gatos são comuns, e os perdedores tendem a ser os gatos “pet” que não tiveram tantas oportunidades de treinar suas habilidades de luta na vida de rua.

Por isso nós recomendamos que nossos pets felinos vivam 100% dentro de casa, com as janelas, varandas e muros telados, e tenham acesso externo apenas em áreas protegidas ou usando coleira e guia.

Tendo dito isso, não só é possível, mas muito importante, tornar a sua casa um ambiente agradável, estimulante e mais “natural” para seu gato, para que ele se mantenha ativo e feliz. Seu pequeno tigre precisa de estímulos físicos e mentais para se manter saudável, afinal, ele é fruto de milênios de evolução em ambientes inóspitos e altamente exigentes.

Então, a forma de ajudar seu pet a aproveitar a vida dentro de casa é através do enriquecimento ambiental.

O que é Enriquecimento Ambiental?

Enriquecimento Ambiental quer dizer aprimorar o ambiente dos animais para melhorar sua saúde e qualidade de vida, trazendo para seu dia a dia estímulos aos seus comportamentos naturais. Estudos mostram que enriquecer o ambiente de gatos saudáveis e dos gatos com doenças crônicas reduz comportamentos associados à somatização, e mesmo aos sintomas reais da doença.

Enriquecer o ambiente de um gato significa colocar ou mudar coisas na casa que o encorajem a realizar ou imitar atividades naturais de um felino, como escalar até um ponto mais elevado, calcular trajetórias, pular, se equilibrar ou caçar “presas” como brinquedos ou petiscos.

Outro ponto é que, como gatos são presas de outros animais na natureza, eles são naturalmente assustadiços e reativos, portanto deve-se focar também em criar um ambiente seguro, reduzindo eventos externos que causem ansiedade e medo, como mudanças bruscas em sua rotina ou casa. O objetivo é maximizar a sensação de controle do gato sob suas circunstâncias para que ele possa relaxar e exibir seus comportamentos naturais.

Por isso, mesmo no processo de enriquecimento, nunca tente forçar seu gato a aceitar nada. Caso você adicione algo novo ao ambiente, como um arranhador grande ou uma passarela, deixe que ele o descubra sozinho e no seu tempo. Uma ótima ideia é se utilizar de estímulos saudáveis para atraí-los para o novo playground como, por exemplo, borrifar catnip nas peças, brincar com varinhas perto do parquinho ou tentar despertar seu interesse colocando petiscos nos degraus no parquinho conforme ele for subindo.

Cinco áreas chave para o ambiente perfeito para o seu gato

Estes são os principais componentes do ambiente ideal de um gato:

  1. Uma área segura para se alimentar, beber água e ir ao banheiro. Na natureza gatos não apenas caçam presas, eles são presas para outros animais. Eles se sentem muito vulneráveis ao se alimentarem, beberem água ou quando fazem suas necessidades. Esta vulnerabilidade pode causar estresse se os comedouros ou caixa de área ficam em local barulhento ou movimentado da casa. Estes elementos básicos devem estar sempre localizados em locais calmos e silenciosos para que ele não fique nervoso ou ansioso.
  2. Um local para escalar e arranhar e um local para se esconder e descansar. Gatos são escaladores e arranhadores naturais. Estes são comportamentos instintivos para eles. Seu gato também precisa de um local para descansar e se esconder onde ele se sinta protegido e seguro. Isso é importante para que ele se sinta em controle do seu ambiente.
  3. A consistência na interação com humanos também é uma forma de enriquecimento ambiental. Seu gato se sente melhor quando sua rotina diária é previsível. Realizar pequenos rituais, quando você sai de casa, epode ajudar o seu gato a se sentir mais confortável com suas as idas e vindas. Um ritual pode ser algo simples como dar um petisco ao sair e fazer um afago ao voltar. A hora de brincar também deve ser consistente. Descubra que tipo de brinquedo (presa) é a preferida e, no tempo dele, o estimule a brincar. Ao fim da brincadeira, premie seu gatinho com uma “presa” de petisco ou mesmo comida.
  4. Estímulos sensoriais apropriados. Pense nos sentidos da visão, audição e olfato. Alguns gatos amam olhar pela janela. Outros ficam hipnotizados por peixes em um aquário. Alguns até gostam de vídeos de gatos na televisão! Também é importante oferecer estímulos auditivos. Alguns prestam atenção em música, outros no som da televisão, ou em brinquedos que apitam. Já o olfato aguçado do seu gato pode ser estimulado com ervas (não tóxicas, é claro) ou feromônios sintéticos para gatos. Se você tiver uma varanda ou área externa telada e segura, ele certamente gostará de ficar lá fora. Eles adoram ver as novidades, ouvir sons diferentes e sentir novos cheiros. Se não tiver, pense em fazer um canto para ele com acesso seguro ao mundo exterior. Uma “gaiola” no burado do ar condicionado pode ser super legal. E não esqueça dos passeios de coleira, que não são apenas para os cachorros! Muitos gatos gostam de passear de peitoral e guia. O ideal é ir acostumando-os aos poucos e nunca forçar caso seu gato demonstre desconforto.
  5. A companhia de outros gatos. Ter 2 gatos em casa é geralmente melhor do que ter um só. Apesar de não serem animais de matilha e terem uma complexa estrutura social, a maioria dos felinos gosta de ter um “irmão”. As brincadeiras entre eles podem durar horas e são muito saudáveis. Também é bom para você! Você terá a tranquilidade de saber que seu bigodudo não estará sozinho em casa quando você for passar o fim de semana fora. A forma como gatos interagem uns com os outros é muito diferente dos cães. É mais difícil prever como dois gatos não criados juntos vão se dar, mas existem algumas estatísticas. Fêmeas tendem a se dar melhor com outros gatos do que machos. Machos não castrados podem ser bastante difíceis de socializar. Machos castrados e fêmeas geralmente se dão bem. Existem estratégias para minimizar problemas e ajudar na socialização quando se introduz um gato novo em casa. O ideal é conversar com um veterinário ou especialista em comportamento felino para indicações. Também existe muito material na internet com dicas valiosas.

O que é somatização?

Mais acima falamos de somatização, que é característica importante na saúda dos gatos. Gatos costumam demonstrar sintomas psicossomáticos quando não estão relaxados e felizes em seu meio ambiente. Esses são sintomas e comportamentos não específicos que podem incluir um ou mais dos seguintes:

  • Vômito ou diarreia;
  • Queda repentina de pelos;
  • Infecções como otites, gengivites e infecções urinárias;
  • Desinteresse por comida, higiene ou interação com outras pessoas ou pets;
  • Prostração, dormindo mais do que o normal;
  • Fazer as suas necessidades fora da caixa de areia;
  • Agir como se estivesse com dor.

Esses sintomas se desenvolvem quando um gato não consegue interagir de forma natural e satisfatória com seu meio ambiente e com isso se estressa. Aí, ao invés de ter um comportamento normal como caçar, brincar e explorar, eles parecem estar doentes ou se recuperando de uma doença, mesmo quando esta doença não existe. A mesma resposta fisiológica e comportamental que um gato teria a uma infecção pode se dar por mudanças indesejadas ou falta de estímulo no seu meio ambiente. Estudos recentes demonstraram que estresse psicológico pode causar uma real resposta imunológica nos gatos.

Então, se seu gatinho começar a apresentar alguns desses sintomas, leve-o para um check up com seu veterinário de confiança. Na falta de uma doença existente, pense que pode se tratar de um quadro psicossomático. Nesse caso, reveja seu ambiente e rotina com ele.

Esses são os pontos mais importantes sobre esse assunto. Mas, para dar aos nossos felinos uma vida saudável e divertida, vale usar a imaginação! Você tem alguma dica bacana de atividades, brinquedos ou outros elementos que seus gatos amam e que enriquecem o seu ambiente? Conta para a gente!

E não podemos esquecer que uma alimentação adequada também é muito importante para uma vida saudável e feliz! Opte uma comida de verdade, natural e biologicamente apropriada para ele. Indicamos a leitura de dois artigos nossos sobre o assunto:
Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade.

Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Com o aumento da popularidade de Alimentação Natural para cães e gatos, temos recebido cada vez mais a pergunta: Por que trocar a ração por comida de verdade?

É fato que a ração facilita a nossa vida. É fácil de guardar e de servir e nos dá a falsa sensação de dever cumprido. Ficamos tranquilos ao escolher “a melhor ração”, “completa, balanceada e desenvolvida por especialistas” para o nosso querido pet.

 

Mas será que isso é mesmo verdade?

Realmente as rações melhoraram o nível nutricional de muitos cães e gatos, notadamente os de população de baixa renda. Também dos animais de abrigos e os de rua. Antes de existirem as rações, eles comiam restos de comida ou alimentos inadequados como angu ou arroz com linguiça. Então, apesar de passarem a ter apenas um aporte mínimo dos nutrientes essenciais, isso é mais do que tinham antes.

 

Mas e os outros? E os nossos cães e gatos de “dentro de casa”?

O que vemos hoje, depois de 30 anos de hegemonia das rações como principal alimento para pets no Brasil? Com algumas gerações de cães e gatos tendo comido só ração desde filhotes, como está a saúde nos nossos pets? O que vemos nos consultórios veterinários atualmente é uma verdadeira epidemia de doenças crônicas, e começando cada vez mais cedo. Problemas renais, hepáticos, alergias, diabetes, hemogramas desequilibrados, obesidade, tumores e outros, aparecendo em animais cada vez mais jovens.

A ciência já comprovou que o consumo de alimentos industrializados é prejudicial à nossa saúde. Ele aumenta a inscidência de diversas doenças crônica e degenerativas. Também já provou que a variedade é importante na alimentação, por conta dos micro nutrientes que cada alimento trás. E também a importância da boa hidratação e do consumo de alimentos não inflamatórios, frescos, nutritivos e de fácil digestão.

Ou seja, não há dúvidas sobre os benefícios de se fugir dos industrializados em prol de uma alimentação natural e saudável. Alguém acha que essas conclusões não ultrapassam as barreiras entre espécies e se aplicam também aos nossos amigos animais?

 

Vamos levar em conta a dieta original de cães e gatos.

Ela é naturalmente úmida (alimentos naturais têm em torno de 75% de umidade), relativamente variada, pobre em carboidratos, predominantemente carnívora e complementada por ovos, gramíneas, frutas e o que mais eles encontrarem em seu habitat.

Como, sabendo disso, podemos achar que uma mono dieta (formula sempre igual), com menos de 10% de umidade, à base de grãos (milho, soja, trigo) e farinha de subprodutos de carnes, que não estraga num saco por meses pode ser a melhor opção para eles?

 

Pois é …

Para terminar, segue parte de um artigo da Dra.Sylvia Angélico, veterinária, nutricionista e responsável pelo site Cachorro Verde:

Consulte a composição de uma ração seca, na embalagem do produto, e você possivelmente encontrará ao menos alguns dos suspeitos itens abaixo:

• Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).

• Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).

• Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados  alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.

• Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.

• Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental.

Apesar do que prega a (altamente suspeita) campanha anti-dietas caseiras, lá no fundo você sabe: “nós somos o que comemos” – e com seu pet não é diferente. Se nossos nutricionistas nos alertam a maneirar em alimentícios prontos e nos educam a preferir comida fresca, variada e preparada em casa, por que consideramos saudável agir de forma diametralmente oposta em relação aos nossos cães e gatos? Voltemos à composição de uma ração seca convencional. Saiba que você está contando com os ingredientes dela – com farinhas de subprodutos, com derivados de grãos etc – para nutrir e manter saudável o seu pet; e não com carnes variadas, fígado, ovos frescos, legumes, frutas etc. Sinceramente, o lhe que parece mais nutricionalmente sensato? *

Deixamos você com essa pergunta. Lembrando que além da alimentação, a saúde dos nossos pets também depende de um estilo de vida saudável e feliz. Dá uma olhada nos nossos textos sobre esportes com cães, e sobre como tornar sua casa boa para seu gato!

* Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Sylvia Angélico | 22 Feb, 2013 | Artigos, Dieta Caseira X Raçãowww.cachorroverde.com.br