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Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade

Porque a Alimentação Natural é a melhor opção para seu gato e como introduzí-la com sucesso.

 

Gatos são carnívoros estritos, isso quer dizer que eles não vivem sem os nutrientes provenientes da carne. Na natureza, são predadores de pequenos animais, como passarinhos e pequenos roedores. Esses animais são formados basicamente por água, músculos, vísceras, ossos, pele/pêlos/penas e o que quer que esteja em seu intestino. Essas presas, assim como a maioria dos animais, têm em torno de 75% de umidade em seu corpo.

Então uma dieta biologicamente adequada para gatos deve chegar o mais próximo possível disso. Tem que ter muita umidade, proteínas e aminoácidos provenientes de carnes e vísceras, gorduras animais, fibras e poucos vegetais. Por isso, aqui na Okena PetChef optamos por receitas baseadas exclusivamente em proteínas animais de alta biodisponibilidade, com 80% de sua formulação crua sendo de carnes e vísceras. Para garantir a segurança alimentar e balanceamento ótimo para nossos pets, os ingredientes são cozidos lentamente no forno a vapor e depois entram os suplementos. Com isso investimos na longevidade saudável que queremos para nossos pets.

 

Prevenindo a desidratação e a obesidade

Sendo animais originários do deserto, os gatos não sentem sede naturalmente. Por isso o uso exclusivo de ração seca a longo prazo é tão danoso para eles. Eles nunca beberão água suficiente para compensar uma comida com 7% de umidade ao invés de 70%. Por isso é tão comum gatos que são alimentados basicamente com ração começarem a ter problemas renais ou urinários aos 10 ou 12 anos. Nos países em que a maioria dos gatos é alimentada com alimentos úmidos (alimentação natural em lata de boa qualidade) é comum eles viverem sem esses problemas até os 18 ou 20 anos.

Outro problema comum nos felinos, principalmente nos urbanos, é a obesidade. A falta de espaço e exercícios e a vida mansa que nós damos para eles têm uma parte da culpa aqui. Mas une-se a isso a altíssima densidade calórica das rações. Cheias de grãos e outros carboidratos de alta glicemia, elas usam ainda palatabilizantes poderosos para que os gatos “gostem” dela e comam bem aquela bolinha nada biologicamente adequada para ele. Os palatabilizantes modernos são verdadeiras drogas. Eles atuam diretamente nos centros de prazer do cérebro dos cães e gatos, fazendo com que eles “amem” a ração. Com isso eles comem muito mais calorias do que precisariam se tivessem comendo nutrientes de verdade.

Isso é um assunto importante, porque alguns gatos são tão suscetíveis à ação dos palatabilizantes, que rejeitam o alimento natural por esse não dar a mesma “onda” da química da ração a que estão acostumados. Nesses casos é preciso um detox gradual na transição para o alimento natural para ele desacostumar do estímulo do palatabilizante na hora de comer.

Agora que você já sabe a importância da alimentação natural na vida do seu felino, vamos a algumas dicas para a introdução do novo alimento.

 

Introduzindo a alimentação natural

Em média 2/3 dos gatos aceitam a alimentação natural de primeira, e adoram! Mas temos esses 33% que dão um pouco de trabalho … para eles é preciso um pouco de paciência e estratégia. Aqui vão algumas dicas:

  1. Tire a comida antes de dormir, para que ele não coma durante a noite.
  2. Deixe a Okena PetChef descongelando na geladeira a noite. Pela manhã retire e deixe um pouco fora para ficar em temperatura ambiente. Também pode servir morninha, para aumentar o cheirinho bom. Para isso pode-se usar banho Maria ou no microondas.
  3. Se ele não comer de primeira, teste esquentar mais um pouco, ou esfriar (alguns gostam gelada!). Se não funcionar, vale misturar na ração seca. Funciona bem fazer bolinhas com a comida e enfiar umas rações nelas, tipo um brigadeiro. Também pode misturar um pouco de água. Enfim, use a imaginação. Alguns clientes relatam que esqueceram o saquinho no banho Maria e ferveu, e os gatos amaram! (não, não tem explicação, mas quem entende gato ?!). O importante é tentar várias opções e associar a comida com algo que ele já goste, para que ele prove várias vezes. Aí com a repetição ele vai descobrindo que o novo sabor, novo cheiro e a nova textura são tudo de bom. Entãoestará feito o detox da ração e a transição para a comida! Num instante ele vai comer direto da geladeira !

 

Algumas observações

Alguns gatos têm mais dificuldade em aceitar comida nova, é uma barreira psicológica mesmo, que com o tempo vai cedendo. Tivemos um caso de uma gata que demorou 3 meses comendo com bolinhas de ração enfiadas na comida até passar para a comida pura. Mas hoje ela come com gosto ambas as nossas receitas no dia a dia e ração seca só nos fins de semana quando a mãe viaja. O importante é você saber que está fazendo o melhor pelo seu felino! E lembrar de quanto trabalho você deu para a sua mãe quando aprendeu a comer brócolis … 😊.

Muita gente não quer fazer uma transição total, e nós entendemos isso. Qualquer quantidade de alimento natural já é melhor que nada, então vale usar o que for confortável para cada um. Pelo menos uma boa refeição de comida de verdade por dia já fará uma grande diferença para seu gato.

Até hoje não tivemos nenhum caso em que o gato rejeitou a ração após a transição para a alimentação natural. Então não se preocupe, quando for preciso comer ração, ele vai comer numa boa.

Se tiver alguma dúvida ou bater o desespero, é só pedir socorro pelos nossos canais de contato que tentaremos ajudar!

Leia também Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

Cachorros chatos para comer

“Agora entendo porque, quando eu era criança, um dia minha mãe virou o prato de macarrão na minha cabeça e saiu gritando!”. Essa foi a mensagem que recebi um dia pela manhã, do meu amigo Márcio.

Liguei para ele, claro, já imaginando do que se tratava … “Oi, o que houve? Bali ainda de greve?”.

Dito e feito, Bali, um rottweiler de quase 50kg, passava por mais um de seus períodos de “jejum intermitente”, numa época em que ninguém sabia o que seria isso … e seu dono estava desesperado, fazendo “qualquer negócio” para mudar a situação. Misturou carninha, trocou cardápio, deu na boca, rezou, e nada … o bezerro, ooops, cachorro, comia duas ou três bocadas e ia embora com a cara mais lavada do mundo, indiferente ao desespero dele. O Bali era magro, um pouco mais do que a média da raça, mas saudável. Vivia solto em casa, num quintal lindo, porém pequeno e sem exercício obrigatório, numa vida de paz e tranquilidade. Ele era um desses indivíduos que “come para viver”, e não dos que “vivem para comer”. Então para ele, estava tudo bem comer 1/3 da quantidade esperada para seu peso. Só para seus humanos é que isso era um problema.

Já eu, tenho o problema contrário … a Ópera, minha filha peluda, é capaz de comer indefinidamente se puder. Uma vez demos mole e ela comeu o jantar dos 4 cães da casa e um bolo de laranja inteiro como se fosse a coisa mais natural do mundo. E nem dor de barriga ela teve!

Então vou aproveitar a deixa para falar sobre esse assunto.

Recebemos muitas ligações e mensagens de pessoas preocupadas com a falta de apetite dos seus peludos. São muitos os nomes usados: “ruim de boca”, “seletivo”, “chato pra comer”, “caprichoso”, “cheio de manias” e por aí vai. Seus humanos vivem preocupados, e querem saber se isso “vai passar” com a nossa comida, ou se com o tempo ele vai “enjoar” dela também. Em outros casos a queixa é que o peludo já é cliente, começou comendo bem, mas com o tempo passou a escolher receitas e só comer as que prefere, e agora já não quer mais nenhuma.

Em qualquer dos casos, a primeira coisa que temos que fazer quando um cachorro para de comer é checar com nosso veterinário de confiança se está tudo bem com ele. Um exame clínico acompanhado de hemograma, ultrasom ou outro exame complementar pode descartar causas físicas, como doenças de carrapato, gastrites, doenças renais, tumores ou outras que afetem o apetite.

Constatado que não há problema físico, nos vemos diante de uma questão comportamental. É o quadro mais comum.

 

Impulso Alimentar

Em todas as espécies, existem os indivíduos que comem para viver e os que vivem para comer. Se seu peludo nasceu para comer, você nunca terá problemas (desde que guarde bem os bolos de laranja…). Pode dar comida boa, comida ruim, ração e até “pedra moída” que o carinha cai de boca sem pensar duas vezes. Se esse aí parar de comer um dia, corra para o vet que a coisa é séria!

A maioria dos cães é assim, afinal, comer é um instinto básico de sobrevivência. Quanto mais forte esse instinto, maior é a chance de sobrevivência desse indivíduo e de perpetuação da sua carga genética na natureza. Mas… viemos nós com a nossa seleção artificial de acasalamentos, e bagunçamos tudo. Desconsideramos esse instinto na seleção de muitas raças, perpetuando indivíduos, linhagens e até raças sem o chamado “impulso de comida”. E agora estamos pagando o preço.

Para quem tem um desses, que só come o necessário para se manter vivo, a hora das refeições pode ser frustrante. Afinal, a gente escolhe a melhor comida para nosso filhote e quer que ele tenha enorme prazer em comer! Aí ele olha o prato com aquela cara de “tédio”, ou come 3 bocadas e vai embora …

 

Podemos ter 2 desdobramentos para essa situação:

  1. Seu peludo precisa de menos comida do que está sendo oferecida a ele para se sentir saciado e estar saudável.
    Tem cão que pula refeição de vez em quando e continua super feliz e em forma, e não há problema nenhum nisso. Caberá a você “desencanar” do assunto e diminuir a quantidade de comida dele. Quando ele não comer, retire a comida que sobrar e só ofereça de novo na próxima refeição. E lembre-se: não tem problema ele ser magro, desde que esteja saudável! É até melhor. Nós humanos que tendemos a achar bonito cachorro “cheinho”. Mas olhe o corpo dos animais na natureza, o normal é ser esbelto mesmo.
  2. Seu peludo percebeu que é importante para você que ele coma sempre, e tudo.
    Aí a coisa se complica, pois ele aprende que pode usar isso para conseguir o que quer, e vira um pequeno manipulador. É uma situação bem chata, pois desvirtua esse impulso importante (comer para sobreviver), e por isso geralmente vem acompanhada de outros problemas de comportamento.
    Esse quadro normalmente começa quando por algum motivo ele não come, e você “faz de tudo” para ele acabar o prato. Troca a comida, mistura franguinho, dá na boca, etc. Isso ensina a ele que você quer que ele coma, mesmo que ele esteja sem fome. Mais ainda, ensina que se ele quiser ganhar novidades ou atenção extra, não comer é uma boa estratégia. Percebeu a ironia da coisa? Sem querer, você o ensinou a não comer como ferramenta para conseguir atenção ou guloseimas. Dependendo do temperamento do peludo, ele pode levar essa queda de braço ao extremo e não comer nada que não seja escolhido por ele por dias.  É um exercício de controle, e não uma questão de apetite.

 

Então o que fazer? Como melhorar a vontade de comer de um cachorro “ruim de boca” ou mal acostumado?

 

A primeira coisa a fazer é tirar a pressão que nós humanos colocamos na comida e no ato de comer. Comer, ou não comer, é natural para a maioria dos animais, e deve ser encarado assim pelo cachorro, e por nós. Pular uma refeição de vez em quando não tem problema nenhum. Outra coisa importante de saber é que cachorros gostam de rotina, a repetição dá a eles segurança, e podemos usar isso a nosso favor. O terceiro fator é serem animais sociais, que dão valor à interação e aos laços sociais.

 

Com isso em mente, podemos organizar alguns passos:

  • Defina dois horários para as refeições (3 se for filhote até 6 meses).
  • Não demonstre muita atenção na preparação da comida, nem dê atenção excessiva a ele hora da refeição. Aja com naturalidade.
  • Ensine a ele o comando “senta”. Depois acostume-o a esperar sentado que o prato seja colocado no chão/no suporte, etc, e ele autorizado a comer. Isso deve ser treinado em outros momentos, usando petiscos ou brinquedos, para não causar stress na hora da comida. Tem que ser uma coisa natural e fácil.
  • Se ele não comer tudo na hora, retire naturalmente o que sobrar, e só ofereça comida de novo na próxima refeição. No início, você pode instituir uma refeição intermediária caso ele não coma nada, para ele não ficar muitas horas sem comer. Mas a rotina dessa refeição extra deve ser a mesma das principais.
  • Não fale com ele, não mexa na comida nem misture coisas caso ele não coma. Aja naturalmente, tire o prato e vá fazer outra coisa. Nada de discursos ou reclamações! E nada de dar atenção se ele vier fazer gracinhas nessa hora. Carinhos e brincadeiras não cabem nesse momento.
  • Diminua os petiscos e extras no período de reeducação, é importante ele estar com fome na hora de comer.
  • Quando ele comer direitinho, aí sim pode ganhar carinhos, atenção e até um premiozinho “de sobremesa”.

 

Algumas dicas para o processo:

* As refeições podem ser junto com as da família, ou logo depois, num lugar específico para ele. E nunca dê nada da mesa para ele, isso atrapalha todo o processo.

* Se por acaso ele pedir a comida antes do horário, não dê! Espere até a hora que você determinou para oferecer a comida a ele. Isso não é maldade. É importante ele aprender que comida é um recurso valioso e que não está à disposição dele a qualquer momento.

* Quando for ensinar o “senta”, procure fazê-lo de forma divertida e longe das refeições. Use petiscos saudáveis ou brinquedos como prêmio. Cuidado para não encher a barriga dele de petiscos! Dê preferência aos brinquedos se ele responder bem. Com o tempo, deixe-o cada vez mais tempo (máximo 1 min) sentado até premiar e liberar. Paciência e auto controle são importantes para os dois! Introduza a rotina de reeducação alimentar só quando esse comando estiver bom o suficiente para você colocar o petisco no chão sem presa e ele esperar a autorização tranquilamente. Nunca deixe-o “roubar” e pegar o petisco antes de autorizado.

* Tenha paciência e perseverança. Novos comportamentos demoram 3 semanas para serem aprendidos e até 16 semanas para serem internalizados pelos cães. Não desista!

 

Bom pessoal, essas são dicas bem básicas que esperamos que ajudem!

Se seu peludo tiver questões mais sérias, relacionadas ou não à comida, o melhor é chamar um bom treinador para fazer um programa personalizado de modificação comportamental para ele.

Nós indicamos o site da LordCão Treinamento de Cães para mais artigos sobre o tema, é www.lordcao.com.br .
E para comprar o melhores petiscos para treinamento, 100% naturais e deliciosos, dê uma olhada na nossa loja! www.okena.pet/loja-online/petiscos

 

Como e escolher um cão:

Opções para ter o companheiro que você sempre sonhou.

 

Quase toda família passa por aquele momento complicado no qual a criança acorda de manhã e ao invés de dar bom dia solta um: Mãe, eu quero um cachorro!

Passado o pânico inicial, vem a dúvida: queremos um cachorro? Que cachorro? Como escolher o cachorro dos sonhos?

Por nossa tradição e cultura, quando a resposta à primeira pergunta é “sim”, o pensamento seguinte é: Que raça? Onde comprar?

Muitas vezes a pessoa não tem preferência por uma raça ou tipo, mas simplesmente acha que tem que escolher uma raça, já que quer um cachorro. Mais ainda, ela acha que além de escolher uma raça tem que comprar um filhote em algum lugar.

Pois é, um dos objetivos deste texto é mostrar que existem outras opções, opções estas que muitas vezes são melhores que a compra de um filhotinho para o Natal.

Para facilitar, vamos por tópicos:

O que é uma raça

As raças derivam das funções que os diferentes tipos de cães exerciam no passado, em suas regiões de origem. Por exemplo, na Escócia, o cão pastor de ovelhas era o Border Collie, na Inglaterra, o Old English Sheepdog, na região de Flandlers, o Bouvier. Na Alemanha, o boiadeiro era o Rottweiler, na Austrália o Australian Cattle Dog e por aí vamos. O mesmo acontecia com os cães que controlavam roedores (terriers), os de caça (hounds) e até mesmo os de combate.

Ou seja, as pessoas escolhiam os cães de acordo com o que queriam fazer com eles, e não por seu visual.

Com o tempo, muitas dessas funções foram desaparecendo e muitos criadores passaram a criar raças somente por seu aspecto físico (o que é um erro, mas isso é outro artigo). Contudo, os traços de comportamento que foram fixados ao longo de gerações durante a evolução da raça continuam lá. Um terrier será sempre um terrier, um sabujo será sempre um sabujo. Mesmo que não levemos isso em conta na hora de escolher nosso companheiro, teremos que lidar com as consequências. E muitas vezes essas consequências são: donos frustrados e cães infelizes, por simples incompatibilidade.

Ou seja, se você sonha com “aquela” raça, ou acha aquela outra liiiiiiinda, pesquise antes de decidir. Veja se a raça é compatível com seu modo de vida e suas expectativas antes de comprar seu cão. Se for, ótimo, se não for… procure uma que seja. Tentar mudar a natureza de um cão dificilmente funciona.

Cães para companhia

Mas e se você nunca sonhou com nenhuma raça em especial? E se, como a grande maioria de nós, você está pensando: Função? Que função? Só quero um cachorro para me fazer companhia e brincar com as crianças!

É fato que hoje, a grande maioria das pessoas tem cães apenas para companhia, no máximo para ser um incentivo para caminhadas ou corridas. Poucos querem cães para guarda ou para esportes como agility. A maioria de nós quer apenas um focinho gelado e um rabo abanando quando chegarmos em casa à noite.

 

Raça ou indivíduo?

Se você é uma dessas pessoas, você não precisa de uma raça, mas sim de um indivíduo. Você precisa de um cão que se adeque a seu estilo de vida, independente de raça. Esse indivíduo deve ser escolhido com cuidado, mas de forma pessoal, e não genérica.

Para isso, adotar um mestiço ou belo vira-lata pode ser a melhor solução. Vira-latas, ou SRDs (Sem Raça Definida) têm algumas vantagens. Primeiro, são geralmente mais saudáveis que os de raça, pois sua variedade genética é maior e por isso têm menos doenças de fundo genético como cardiopatias, displasia, epilepsia, alergias, etc. Segundo, cada um é diferente e único, o que, convenhamos, é um charme, você terá um modelo exclusivo! E terceiro, são de graça, existem muitos abrigos bacanas que entregam cães saudáveis, vacinados e até mesmo castrados, o que já é uma grande economia (lembrando que uma doação para o abrigo é sempre de bom tom, afinal eles poderão ajudar outros cães).

 

Mas existe diferença entre mestiço e vira-latas (srds)?

Existe. Comumente se chama de mestiço o cão que resulta do cruzamento de duas raças, ou de um cão de raça com um vira-lata.  Já vira-lata ou srd é o cão “sem raça definida”, aquele que pode até ter alguma raça no sangue, mas esta não é obvia ou não se sabe.

A diferença básica é que no mestiço, as características físicas e comportamentais das raças envolvidas estão presentes, enquanto que no vira-lata não, nele o que aparece são somente as características pessoais dos pais.

Comprar ou adotar?

Os parágrafos acima já respondem boa parte desta pergunta, mas não toda. Isso porque muitas vezes pode-se adotar um cão de raça. Muitos abrigos e até criadores responsáveis resgatam cães de raça, cuidam, castram e os colocam para adoção.

 

Comprar?

Ou seja, comprar é a opção se você deseja um filhote de uma determinada raça, seja por aparência, temperamento ou função. Neste caso, procure um bom criador. Tenha certeza que ele cuida bem de seus cães faz todos os testes e controles de saúde e temperamento necessários. Compre um legítimo exemplar da raça que escolheu, portador não só das características físicas, mas também do temperamento esperado. E sobretudo, que seja fruto de um trabalho de amor e dedicação, e não de exploração animal. Nesse caso, leia nosso artigo Encontrando um bom criador de cães.

 

Adotar?

Se a raça não for importante para você, ou sua opção for um cão adulto, adote. Pesquise abrigos e ONG. Visite mais de um e escolha com cuidado um indivíduo que seja compatível com sua rotina e estilo de vida. Leve em conta tamanho, grau de atividade e temperamento. Nos bons abrigos, os voluntários e tratadores conhecem o temperamento dos cães e podem ajudar na escolha. Faça muitas perguntas, converse, observe os cães juntos e separadamente. Quanto gostar de algum, dê uma volta com ele, fique um tempo sozinho com ele e veja como reage. Não seja impulsivo, nem tenha pena e leve o primeiro que pular no seu colo. Faça uma adoção consciente e responsável. Não podemos levar todos, então adote o que será mais feliz em sua casa e lhe fará mais feliz também.

Filhote ou adulto?

Essa é minha pergunta preferida. Trabalhando com cães há 25 anos, tendo escolhido, treinado, comprado, vendido e recolocado um monte de cães, fico muito à vontade para responder que geralmente um adulto é muito mais recomendado que um filhote. Já perdi a conta de quantos filhotes dados para avós e tias foram devolvidos ou doados porque as pobres senhoras viviam mordidas, arranhadas, derrubadas e com a casa suja. Quantos outros tiveram o mesmo destino porque seus donos tinham que trabalhar o dia todo e eles choravam quando deixados sozinhos até serem expulsos do prédio. E quantos outros cresceram presos nas cozinhas de seus donos porque mordiam as crianças e destruíam o apartamento.

Em todos esses casos, a compra do filhote foi feita com a melhor das intenções, mas sem levar em conta que filhotes são filhotes, e se comportarão como filhotes. A adoção (ou compra) de um adulto teria sido a melhor opção.

 

Adultos são tudo de bom!

Cães adultos são mais calmos, não mordem as mãos, não arranham, não pulam e não roem a casa. Existem exceções, é claro, mas são exceções, e voltamos à questão de escolher bem.  São mais fáceis de treinar para fazerem suas necessidades no lugar certo, para ficarem sozinhos, e, o mais importante: já tem sua personalidade definida. Quem não conhece um lindo filhote que cresceu e virou o Godzila? Pois é, a idéia de que um filhote será bonzinho e amigo das crianças só porque foi criado com elas é um grande engano.

Grande parte do temperamento dos cães é herança genética, mas só aparece com o amadurecimento. Muita gente acha que os cães “mudam” depois dos 2 anos. Mas não é isso, a verdade é que nessa idade eles deixam de ser filhotes e apresentam seu real temperamento. Ou seja, um adulto que goste de crianças vai sempre gostar, os que gostam de colo vão sempre gostar, os que são mal humorados continuarão sendo. Você já sabe o que tem em mãos, basta obter essas informações de quem estiver cuidando do cão.

Neste ponto você está pensando: mas e o apego? Um adulto não se apega da mesma forma. Ledo engano. Cães adultos se apegam tanto quanto filhotes, e se transformam em companheiros sensacionais. É claro que eles precisam de um tempo para conhecer as pessoas e ganhar confiança (assim como o filhote). Às vezes têm alguma mania ou medo que deverá ser trabalhada, mas nada que duas semanas de paciência e dedicação não resolvam. Especialmente no caso de cães para idosos, as vantagens de um adulto são inomináveis. Ele será um companheiro pronto, e não uma bolinha de pêlos que era para ser um prazer e vira um grande problema. Claro que existem casos em que deu tudo certo, mas garanto que teria dado com um adulto também.

 

Filhotes são tudo de bom também!

Mas então ninguém deve adotar/comprar um filhote? Claro que não! Se você tem tempo, disposição e condição física de educar e dar a atenção que o filhote precisa, vá em frente. Eu adoro filhotes, sua energia, suas artes e acompanhar seu crescimento são experiências deliciosas. Mas não é para todo mundo, e é importante que as pessoas saibam que existem opções.

Nosso objetivo com este artigo foi mostrar essas opções e explicar um pouco cada uma delas. Qualquer que seja sua escolha, ela seja consciente e traga muitos anos de felicidade para você e para seu novo companheiro!

Links relevantes: Confedereção Brasileira de Cinofolia, Brasil Kennel Klub, GARRA, Quatro Patinhas, Focinhos de Luz e outras ONGs.

Como encontrar um bom criador de cães

Em nosso texto Como Escolher um Cão, falamos sobre adoção ou compra de cães. Durante o texto, mencionamos que quando a opção é a compra, só se deve comprar filhotes em bons criadores. Aí vem a pergunta: O que é um bom criador, e como encontrá-lo?

 

Onde procurar?

 

Vou começar pelo mais fácil: como encontrá-lo. Isso já foi um grande problema, mas hoje em dia, com a facilidade de comunicação via internet, ficou bem mais fácil. Você pode pesquisar Clubes de raça, sites dos criadores, canais especializados e mídias sociais. E claro, pedir indicação para veterinários ou para donos de exemplares da raça que deseja. Nós não indicamos a compra de filhotes em pet shops ou feiras.

Uma vez encontrados alguns criadores (sempre contate mais de um), falta descobrir se são bons. Para isso vamos a algumas dicas:

 

1. Veja se ele tem conhecimento da raça.

 

Eu ia colocar em primeiro lugar “amor pela raça”, mas seria um erro. Quando falamos em “criação”, amor não basta. Muitas pessoas amam verdadeiramente a raça que possuem, mas por falta de conhecimento acabam prejudicando o futuro da mesma, fazendo cruzamentos errados ou cruzando exemplares que não deveriam reproduzir.

Um esclarecimento importante é que qualquer pessoa que cruze cães se torna um criador. Isso inclui aquela vizinha que cruza seu casalzinho de salsichas uma vez por ano e diz “eu não sou criadora, só cruzo porque gosto da raça”. Do momento em que nasceram filhotes, ela virou criadora sim. É importante que as pessoas se conscientizem disso. Colocar vidas no mundo é uma tremenda responsabilidade, e um ato que deve ser encarado com seriedade.

Quantas pessoas cheias de boas intenções cruzam labradores hiperativos? De cores que não se pode misturar (não é só estética, afeta saúde e temperamento)? Golden retrievers sem controle de displasia? Rottweilers agressivos? Cockers malucos? Poodles com cataratas? Terriers histéricos, dálmatas agitadíssimos? A lista é interminável. Essas pessoas são boas pessoas, geralmente até bons donos, mas péssimos criadores. Pois mesmo sem intenção, colaboram com a degeneração da raça que tanto amam. Quem tem mais de 40 anos lembra do que aconteceu com os pequineses nos anos 80 … Então, não basta ter amor, o criador tem que ter conhecimento e responsabilidade.

 

Pergunte tudo sobre a raça

Seu padrão físico e de comportamento, as doenças mais comuns, os defeitos, as qualidades, a quem ela se adapta ou não, os cuidados necessários. Um bom criador te mostrará sempre os dois lados, até mesmo enfatizando os defeitos e dificuldades, já que geralmente são estes os responsáveis por devoluções a abandonos. Raça perfeita não existe, todas têm seus prós e contras, e nenhuma serve para todo mundo.

Desconfie de criadores que criam muitas raças, ou que mudam de raça conforme a moda.

 

2. Veja se ele conhece sua linhagem e seus cães

 

Peça explicações sobre a linhagem que ele escolheu e sobre seus cães em particular.

Em todas as raças, existem várias linhagens de cães, que geralmente foram desenvolvidas pelos primeiros criadores da raça, e/ou por criadores que tinham algum objetivo específico. Muitas vezes a diferença é física, mas geralmente diz respeito ao temperamento, coisa que influenciará decisivamente a relação do filhote com seu novo dono. Um bom criador sabe as características da linhagem de seus cães, suas aptidões e possibilidades. Um criador que não saiba que linhagem possui (tem uns que nem sabem que isso existe…), nem explique porque a escolheu … esqueça! Você certamente conhece alguém que levou para casa um lindo filhote de labrador tendo em mente um obediente guia de cegos, quando na realidade comprou um caçador de patos cheio de energia!

 

Árvore genealógica importa

Nesta hora, o bom criador vai mostar e explicar os pedigrees dos pais da ninhada, dizer porque escolheu este cruzamento e o que espera dos filhotes. É a hora de checar os exames de saúde dos pais da ninhada. Os mais comuns hoje em dia são: radiografia coxo-femural e de cotovelos, exame de patela, exames cardíacos e exames oftálmicos. Mas isso varia de raça para raça, o melhor é pesquisar sobre a raça escolhida antes da visita para saber o que pedir.

 

Os indivíduos também

Também é importante que ele conheça bem seus próprios cães. Pode parecer estranho para o leigo, mas infelizmente ainda é comum criadores ruins terem cães que vivem em canis ou gaiolas, que não convivem com o dono nem com sua família. Nesse caso, como ele poderá saber como é seu temperamento? São muito agitados? São calmos? Algum é medroso? Mordem? Então peça para ver os cães, peça para que sejam soltos com você para que você possa observar seu comportamento e interação. E peça uma descrição de cada um. Isso vale tanto para raças pequenas como grandes, e mesmo para as raças de guarda. Cães de guarda não devem ser feras assassinas, devem ser cães seguros e sociáveis na presença do dono. Lembre-se que temperamento e saúde são genéticos, então os pais e a linhagem de seu futuro bebê são muito importantes.

 

3. Sinta se o criador está querendo se livrar logo dos filhotes

 

Um bom criador cria por amor à raça, e às suas qualidades. Desta forma, a última coisa que ele/ela quer é que um de seus filhotes vá para uma família aonde não irá se adaptar e ser amado e apreciado como deve. Bons filhotes são minoria em qualquer raça, então, quem cria bem tem sempre quem queira seus “bebês” e por isso, estará mais interessado em ter certeza de que você será um bom dono do que em te convencer a comprar o filhote.

Fora isso, ele também deve ter espaço e disposição para manter os filhotes até pelo menos os 50 dias de idade. Mesmo desmamado, nenhum filhote deve sair da companhia da mãe e dos irmãos antes disso, é muito importante para seu futuro desenvolvimento.

 

4. Tem que ter pedigree sim!

 

Muitas vezes a pessoa que quer somente um companheiro pensa: não preciso de pedigree, não quero criar nem fazer exposições. Grande engano. Se você está comprando um filhote de raça, o mínimo que o criador tem que fazer é registrar toda a ninhada. Um pedigree custa hoje (maio de 2023) R$63,00, sabia? Pois é, aquela conversa que pedigree é caro é mentira de criador ruim, que vende ninhadas que não poderiam ser registradas, mas não diz isso. Ele mente, diz que é caro e aí a pessoa abre mão, achando que não faz diferença.

Outra mentira comum é que o novo dono é que tem que registrar o filhote. É impossível, só o dono da cadela mãe da ninhada pode registrar os filhotes. Mesmo com cópia de todos os documentos, o comprador nunca poderá registrar seu cão, é uma regra internacional, válida em todos os órgãos da cinofilia.

Pedigree é o mínimo

Apesar isso tudo, o pedigree garante apenas que os filhotes são puros, filhos de pais daquela raça. Só isso. Ele não garante qualidade, nem saúde, nem temperamento. Por isso são necessários os outros controles e testes, o pedigree é apenas um registro genealógico. Por isso é barato. Então pense bem, você acha mesmo que um criador que não gasta R$63,00 por filhote para registrar, e com isso provar que seu filhote é puro, vai ter feito todos os exames de saúde e seleções de estrutura e temperamento que a raça exige? Ele vai ter gasto em vermífugos e vacinas de qualidade? Ele usa alimentação de qualidade? Será?

Outra situação é a da pessoa que não registra a ninhada porque acha que não é criador (aquela vizinha dos salsichas mencionada no início do texto, lembra?), que pedigree é bobagem, o que importa é o amor pelos bichinhos. Bom, a questão é que esta pessoa não deveria estar cruzando seus cães e vendendo filhotes, pois dificilmente terá feito os controles necessários, voltamos ao problema do item 1. Se tiver feito tudo certinho, menos o registro, tudo bem, mas sinceramente, até hoje eu nunca vi isso acontecer …

Mas se você realmente não faz questão de nada disso, tudo bem, realmente é muita coisa para checar só para ter um cãozinho em casa, mas então não compre um filhote teoricamente de raça, adote um focinho carente, ele te fará tão feliz quando o de raça e não dá esse trabalho todo para escolher. Mas, se é para ser de raça, que tenha tudo direitinho, se não, não faz sentido. Por que comprar um filhote sem nenhuma garantia de origem, saúde, estrutura ou temperamento da raça escolhida? Se é para ser sem histórico, volto a dizer, melhor não comprar.

 

5. Você poderá contar com o criador no futuro?

 

Por mais que você estude e pergunte, dúvidas surgirão, e imprevistos também. Um bom criador se mostra disponível para te ajudar e assessorar durante toda a vida de seu filhote. Alimentação, exercícios, treinamento, exposições, acasalamentos, você pode resolver fazer um monte de coisas com seu filhote, e precisará de alguém experiente para lhe ajudar a tomar decisões e escolher o melhor para ele. Os assuntos de saúde devem sempre ser tratados por seu veterinário de confiança, mas um criador experiente poderá te ajudar a enfrentar eventuais problemas com mais segurança. Fora o fato dele conhecer bem a linhagem e a família de seu cão e poder dar ao veterinário informações que de outra forma ele não teria acesso. Se você nunca precisar dele, ótimo, mas ele tem que ser disponível.

 

6. O preço dos filhotes condiz com tudo isso?

 

Agora você já tem uma idéia de como funciona uma criação correta. O criador correto e ético:

  • só usa cães dentro do padrão
  • faz os exames de saúde necessários
  • faz os testes de temperamento necessários
  • não acasala cães com faltas para a raça
  • registra e microchipa seus filhotes
  • usa uma boa alimentação
  • vermifuga e vacinas seus filhotes

Além disso, ele estuda a evolução da raça, vai a eventos, conversa com as pessoas, enfim, dedica uma parte de sua vida e seu tempo a seus cães.

Sabendo disso tudo, quando custa um filhote desses ?

Não dá para botar um preço fixo aqui, até porque tudo isso varia de raça para raça e até de estado para estado, mas leve em conta que esse filhote nunca poderá custar R$500,00, como aqueles do anúncio no Mercado Livre. O bom criador não vive da criação, mas sempre precisa pelo menos repor parte do investimento que faz e dos gastos que tem com seus cães, então deverá cobrar um preço justo por seus filhotes. Leve em conta que seu cão deverá viver uns 12 anos, então o preço de custo dele será o menor dos seus gastos …

 

Que tal adotar ?

Mais uma vez vou lembrar: você não quer nada disso? Achou tudo um exagero? Tudo bem, adote um filhote sem controle, mas não compre! Não ajude os fabricantes de cães a produzirem filhotes que muitas vezes terão problemas de sérios de saúde e/ou de temperamento para ganhar dinheiro fácil. Milhões de cães são sacrificados em abrigos todos os anos, e um grande número destes nasceu na casa de alguém ou num canil de fundo de quintal, não nas ruas. A única forma de acabar com a má criação e o comércio indiscriminados de cães é através da conscientização dos compradores. Bons criadores são necessários, pois sem eles as raças acabariam, aliás, sem eles as raças nem existiriam. São pessoas dedicadas, apaixonadas e perseverantes, que merecem todo apoio e respeito. Maus criadores têm que acabar, faça a sua parte.

Links relevantes: Confedereção Brasileira de Cinofolia, Brasil Kennel Klub, GARRA, Quatro Patinhas, Focinhos de Luz e outras ONGs.

Artigos imortantes para a saúde do seu filhote: Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Cachorro chato para comer

Canicross

Da série – Esportes para praticarmos com nossos cães

 

O Canicross foi criado na França em 1982 pelo veterinário Dr. Gilles Pernound. Seu objetivo inicial era desenvolver um método de socialização e exercício para o cão. Mas a técnica caiu na graça de todos, logo se transformando em um esporte.

O hoje famoso esporte de “Corrida Cross Country com Cães” é simples, saudável e muito divertido para você e seu melhor amigo.

Vocês correrão em terreno rústico juntos, atrelados por uma guia elástica. Em uma ponta ela estará conectada a um cinto na sua cintura. Na outra ponta, a um peitoral de tração colocado no peludo. Isso mesmo … de tração! Parte da emoção é que na maioria das vezes o cão é mais rápido que o condutor! Então … ele acaba dando uma boa ajuda, principalmente nas subidas!  Como a guia é elástica, nunca há tranco em nenhuma das partes e é possível curtir a natureza em harmonia com seu peludo no trajeto.

Mas tem que correr muito?

Já cansou só de ler? Calma, saiba que você pode só andar, não precisa correr! O esporte pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer idade. Só é preciso um mínimo de condição física já que você pode começar caminhando, ou seja, fazendo um bom passeio com seu peludo em meio à natureza. Conforme for pegando o jeito, você começa a correr um pouco, e vai correndo mais conforme se sentir confortável. Ou não. Tem gente que faz a prova toda andando e é a maior diversão do mesmo jeito! O importante é se divertir, se exercitar e exercitar o peludo, ao ar livre, curtindo a paisagem e a natureza.

Quem pode praticar Canicross?

Para competições, não existe um limite máximo de idade para condutores, mas a idade mínima é 7 anos para distâncias curtas. Já para os cães, a idade inicial é de 1 ano. A máxima não é estabelecida, deverá ser avaliada pelo condutor consciente e seu veterinário. O Canicross não requer pedigree e são permitidos cães de todas as raças incluindo cães sem raça definida. Hoje o esporte tem duas federações internacionais.

O que preciso ter para começar no Canicross?

Fora a sua disposição, apenas do kit, aquele composto da guia elástica, cinta para você e peitoral para o peludo. Existem várias marcas que vendem esse kit no mercado, é fácil de encontrar, procure na internet.

Saiba mais:
Associação Brasileira de Canicross e Esportes Similares (ABCAES)
http://www.abcaes.com

Quer ver mais esportes com cães? Leia nossos textos sobre Agility e SurfdogAgility .

Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

 
Olá gateiro!

No post de hoje vamos falar sobre a sua casa, e como fazê-la interessante e boa para a saúde e bem estar do seu gato, para que ele tenha uma vida longa e feliz ao seu lado! Aprenda o que é enriquecimento ambiental para gatos e como usá-lo em sua casa.

Segurança

A maioria de nós já sabe que, apesar de não ser “natural” para um gato morar dentro de um apartamento ou de uma casa, essa é a melhor opção para ele nos dias de hoje. Gatos que moram na rua, vivem soltos, ou “dando voltinhas”, têm expectativa de vida até 4 vezes menor que gatos de vida restrita, sendo muito mais expostos a vírus, outros agentes causadores de doenças, acidentes, brigas, atropelamentos, envenenamentos acidentais e à maldade humana em geral. Além disso, eles podem virar presas de cães ou animais selvagens, ou mesmo de outros gatos. Brigas feias entre gatos são comuns, e os perdedores tendem a ser os gatos “pet” que não tiveram tantas oportunidades de treinar suas habilidades de luta na vida de rua.

Por isso nós recomendamos que nossos pets felinos vivam 100% dentro de casa, com as janelas, varandas e muros telados, e tenham acesso externo apenas em áreas protegidas ou usando coleira e guia.

Tendo dito isso, não só é possível, mas muito importante, tornar a sua casa um ambiente agradável, estimulante e mais “natural” para seu gato, para que ele se mantenha ativo e feliz. Seu pequeno tigre precisa de estímulos físicos e mentais para se manter saudável, afinal, ele é fruto de milênios de evolução em ambientes inóspitos e altamente exigentes.

Então, a forma de ajudar seu pet a aproveitar a vida dentro de casa é através do enriquecimento ambiental.

O que é Enriquecimento Ambiental?

Enriquecimento Ambiental quer dizer aprimorar o ambiente dos animais para melhorar sua saúde e qualidade de vida, trazendo para seu dia a dia estímulos aos seus comportamentos naturais. Estudos mostram que enriquecer o ambiente de gatos saudáveis e dos gatos com doenças crônicas reduz comportamentos associados à somatização, e mesmo aos sintomas reais da doença.

Enriquecer o ambiente de um gato significa colocar ou mudar coisas na casa que o encorajem a realizar ou imitar atividades naturais de um felino, como escalar até um ponto mais elevado, calcular trajetórias, pular, se equilibrar ou caçar “presas” como brinquedos ou petiscos.

Outro ponto é que, como gatos são presas de outros animais na natureza, eles são naturalmente assustadiços e reativos, portanto deve-se focar também em criar um ambiente seguro, reduzindo eventos externos que causem ansiedade e medo, como mudanças bruscas em sua rotina ou casa. O objetivo é maximizar a sensação de controle do gato sob suas circunstâncias para que ele possa relaxar e exibir seus comportamentos naturais.

Por isso, mesmo no processo de enriquecimento, nunca tente forçar seu gato a aceitar nada. Caso você adicione algo novo ao ambiente, como um arranhador grande ou uma passarela, deixe que ele o descubra sozinho e no seu tempo. Uma ótima ideia é se utilizar de estímulos saudáveis para atraí-los para o novo playground como, por exemplo, borrifar catnip nas peças, brincar com varinhas perto do parquinho ou tentar despertar seu interesse colocando petiscos nos degraus no parquinho conforme ele for subindo.

Cinco áreas chave para o ambiente perfeito para o seu gato

Estes são os principais componentes do ambiente ideal de um gato:

  1. Uma área segura para se alimentar, beber água e ir ao banheiro. Na natureza gatos não apenas caçam presas, eles são presas para outros animais. Eles se sentem muito vulneráveis ao se alimentarem, beberem água ou quando fazem suas necessidades. Esta vulnerabilidade pode causar estresse se os comedouros ou caixa de área ficam em local barulhento ou movimentado da casa. Estes elementos básicos devem estar sempre localizados em locais calmos e silenciosos para que ele não fique nervoso ou ansioso.
  2. Um local para escalar e arranhar e um local para se esconder e descansar. Gatos são escaladores e arranhadores naturais. Estes são comportamentos instintivos para eles. Seu gato também precisa de um local para descansar e se esconder onde ele se sinta protegido e seguro. Isso é importante para que ele se sinta em controle do seu ambiente.
  3. A consistência na interação com humanos também é uma forma de enriquecimento ambiental. Seu gato se sente melhor quando sua rotina diária é previsível. Realizar pequenos rituais, quando você sai de casa, epode ajudar o seu gato a se sentir mais confortável com suas as idas e vindas. Um ritual pode ser algo simples como dar um petisco ao sair e fazer um afago ao voltar. A hora de brincar também deve ser consistente. Descubra que tipo de brinquedo (presa) é a preferida e, no tempo dele, o estimule a brincar. Ao fim da brincadeira, premie seu gatinho com uma “presa” de petisco ou mesmo comida.
  4. Estímulos sensoriais apropriados. Pense nos sentidos da visão, audição e olfato. Alguns gatos amam olhar pela janela. Outros ficam hipnotizados por peixes em um aquário. Alguns até gostam de vídeos de gatos na televisão! Também é importante oferecer estímulos auditivos. Alguns prestam atenção em música, outros no som da televisão, ou em brinquedos que apitam. Já o olfato aguçado do seu gato pode ser estimulado com ervas (não tóxicas, é claro) ou feromônios sintéticos para gatos. Se você tiver uma varanda ou área externa telada e segura, ele certamente gostará de ficar lá fora. Eles adoram ver as novidades, ouvir sons diferentes e sentir novos cheiros. Se não tiver, pense em fazer um canto para ele com acesso seguro ao mundo exterior. Uma “gaiola” no burado do ar condicionado pode ser super legal. E não esqueça dos passeios de coleira, que não são apenas para os cachorros! Muitos gatos gostam de passear de peitoral e guia. O ideal é ir acostumando-os aos poucos e nunca forçar caso seu gato demonstre desconforto.
  5. A companhia de outros gatos. Ter 2 gatos em casa é geralmente melhor do que ter um só. Apesar de não serem animais de matilha e terem uma complexa estrutura social, a maioria dos felinos gosta de ter um “irmão”. As brincadeiras entre eles podem durar horas e são muito saudáveis. Também é bom para você! Você terá a tranquilidade de saber que seu bigodudo não estará sozinho em casa quando você for passar o fim de semana fora. A forma como gatos interagem uns com os outros é muito diferente dos cães. É mais difícil prever como dois gatos não criados juntos vão se dar, mas existem algumas estatísticas. Fêmeas tendem a se dar melhor com outros gatos do que machos. Machos não castrados podem ser bastante difíceis de socializar. Machos castrados e fêmeas geralmente se dão bem. Existem estratégias para minimizar problemas e ajudar na socialização quando se introduz um gato novo em casa. O ideal é conversar com um veterinário ou especialista em comportamento felino para indicações. Também existe muito material na internet com dicas valiosas.

O que é somatização?

Mais acima falamos de somatização, que é característica importante na saúda dos gatos. Gatos costumam demonstrar sintomas psicossomáticos quando não estão relaxados e felizes em seu meio ambiente. Esses são sintomas e comportamentos não específicos que podem incluir um ou mais dos seguintes:

  • Vômito ou diarreia;
  • Queda repentina de pelos;
  • Infecções como otites, gengivites e infecções urinárias;
  • Desinteresse por comida, higiene ou interação com outras pessoas ou pets;
  • Prostração, dormindo mais do que o normal;
  • Fazer as suas necessidades fora da caixa de areia;
  • Agir como se estivesse com dor.

Esses sintomas se desenvolvem quando um gato não consegue interagir de forma natural e satisfatória com seu meio ambiente e com isso se estressa. Aí, ao invés de ter um comportamento normal como caçar, brincar e explorar, eles parecem estar doentes ou se recuperando de uma doença, mesmo quando esta doença não existe. A mesma resposta fisiológica e comportamental que um gato teria a uma infecção pode se dar por mudanças indesejadas ou falta de estímulo no seu meio ambiente. Estudos recentes demonstraram que estresse psicológico pode causar uma real resposta imunológica nos gatos.

Então, se seu gatinho começar a apresentar alguns desses sintomas, leve-o para um check up com seu veterinário de confiança. Na falta de uma doença existente, pense que pode se tratar de um quadro psicossomático. Nesse caso, reveja seu ambiente e rotina com ele.

Esses são os pontos mais importantes sobre esse assunto. Mas, para dar aos nossos felinos uma vida saudável e divertida, vale usar a imaginação! Você tem alguma dica bacana de atividades, brinquedos ou outros elementos que seus gatos amam e que enriquecem o seu ambiente? Conta para a gente!

E não podemos esquecer que uma alimentação adequada também é muito importante para uma vida saudável e feliz! Opte uma comida de verdade, natural e biologicamente apropriada para ele. Indicamos a leitura de dois artigos nossos sobre o assunto:
Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade.

Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Com o aumento da popularidade de Alimentação Natural para cães e gatos, temos recebido cada vez mais a pergunta: Por que trocar a ração por comida de verdade?

É fato que a ração facilita a nossa vida. É fácil de guardar e de servir e nos dá a falsa sensação de dever cumprido. Ficamos tranquilos ao escolher “a melhor ração”, “completa, balanceada e desenvolvida por especialistas” para o nosso querido pet.

 

Mas será que isso é mesmo verdade?

Realmente as rações melhoraram o nível nutricional de muitos cães e gatos, notadamente os de população de baixa renda. Também dos animais de abrigos e os de rua. Antes de existirem as rações, eles comiam restos de comida ou alimentos inadequados como angu ou arroz com linguiça. Então, apesar de passarem a ter apenas um aporte mínimo dos nutrientes essenciais, isso é mais do que tinham antes.

 

Mas e os outros? E os nossos cães e gatos de “dentro de casa”?

O que vemos hoje, depois de 30 anos de hegemonia das rações como principal alimento para pets no Brasil? Com algumas gerações de cães e gatos tendo comido só ração desde filhotes, como está a saúde nos nossos pets? O que vemos nos consultórios veterinários atualmente é uma verdadeira epidemia de doenças crônicas, e começando cada vez mais cedo. Problemas renais, hepáticos, alergias, diabetes, hemogramas desequilibrados, obesidade, tumores e outros, aparecendo em animais cada vez mais jovens.

A ciência já comprovou que o consumo de alimentos industrializados é prejudicial à nossa saúde. Ele aumenta a inscidência de diversas doenças crônica e degenerativas. Também já provou que a variedade é importante na alimentação, por conta dos micro nutrientes que cada alimento trás. E também a importância da boa hidratação e do consumo de alimentos não inflamatórios, frescos, nutritivos e de fácil digestão.

Ou seja, não há dúvidas sobre os benefícios de se fugir dos industrializados em prol de uma alimentação natural e saudável. Alguém acha que essas conclusões não ultrapassam as barreiras entre espécies e se aplicam também aos nossos amigos animais?

 

Vamos levar em conta a dieta original de cães e gatos.

Ela é naturalmente úmida (alimentos naturais têm em torno de 75% de umidade), relativamente variada, pobre em carboidratos, predominantemente carnívora e complementada por ovos, gramíneas, frutas e o que mais eles encontrarem em seu habitat.

Como, sabendo disso, podemos achar que uma mono dieta (formula sempre igual), com menos de 10% de umidade, à base de grãos (milho, soja, trigo) e farinha de subprodutos de carnes, que não estraga num saco por meses pode ser a melhor opção para eles?

 

Pois é …

Para terminar, segue parte de um artigo da Dra.Sylvia Angélico, veterinária, nutricionista e responsável pelo site Cachorro Verde:

Consulte a composição de uma ração seca, na embalagem do produto, e você possivelmente encontrará ao menos alguns dos suspeitos itens abaixo:

• Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).

• Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).

• Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados  alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.

• Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.

• Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental.

Apesar do que prega a (altamente suspeita) campanha anti-dietas caseiras, lá no fundo você sabe: “nós somos o que comemos” – e com seu pet não é diferente. Se nossos nutricionistas nos alertam a maneirar em alimentícios prontos e nos educam a preferir comida fresca, variada e preparada em casa, por que consideramos saudável agir de forma diametralmente oposta em relação aos nossos cães e gatos? Voltemos à composição de uma ração seca convencional. Saiba que você está contando com os ingredientes dela – com farinhas de subprodutos, com derivados de grãos etc – para nutrir e manter saudável o seu pet; e não com carnes variadas, fígado, ovos frescos, legumes, frutas etc. Sinceramente, o lhe que parece mais nutricionalmente sensato? *

Deixamos você com essa pergunta. Lembrando que além da alimentação, a saúde dos nossos pets também depende de um estilo de vida saudável e feliz. Dá uma olhada nos nossos textos sobre esportes com cães, e sobre como tornar sua casa boa para seu gato!

* Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Sylvia Angélico | 22 Feb, 2013 | Artigos, Dieta Caseira X Raçãowww.cachorroverde.com.br