Comida Pet de Verdade!
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Rotina Alimentar e Estilo de Vida

Enriquecimento Ambiental na vida moderna dos nossos pets

O que mudou no estilo de vida:

Apesar de nossos cães e gatos terem sido “domesticados” ao longo dos últimos 10 a 15 mil de anos, seus estilos de vida, hábitos e rotina alimentar não sofreram grandes mudanças até bem pouco tempo atrás.

Mas últimos 50 ou 60 anos, eles vieram conosco das antigas casas e sítios em que morávamos, para nossos novos apartamentos. Com isso restringimos seu acesso a ambientes externos e a outros animais, e limitamos sua quantidade exercícios. Depois passamos a oferecer ração seca como alimento principal, e a alimentá-los sem que eles precisem fazer nada para isso. Raros são os cães que “trabalham” ou os gatos que caçam hoje em dia.

 

 

O bom da vida moderna:

Por um lado, isso é muito bom, eles estão mais seguros e amados do que nunca e a medicina veterinária evoluiu enormemente. Hoje temos mais exames e especialistas veterinários do que jamais tivemos. além de vacinas e remédios para muitas doenças que antigamente comumente levavam nossos amados cães e gatos de repente.

Por outro lado …

 

O ruim da vida moderna:

Doenças como obesidade, diabetes, problemas renais, cardiopatias, alergias  e problemas articulares, entre outros, foram aumentando e recentemente explodiram em nossos pets.

Cada vez mais, veterinários e pesquisadores chegam à conclusão que muitos desses problemas têm ligação direta com a alimentação e estilo de vida que temos dados a eles. Pouco exercício, pouco estímulo mental, pouco “sol, água fresca e terra”, e uma rotina alimentar com muitas calorias biologicamente inadequadas, altamente glicêmicas e poucos micronutrientes aparecem cada vez mais como os vilões dessa história.

 

 

Como ilustração, temos o fato interessante de que os 9 cachorros mais velhos do mundo hoje em dia têm 3 coisas em comum – alimentação natural, alta carga de exercícios e muito estímulo mental.

 

 

 

Felizmente hoje temos conhecimento e tecnologia suficientes para melhorar a saúde dos nossos peludos sem abrir mão do nosso estilo de vida e da praticidade à qual nos acostumamos.

 

Aqui vão algumas dicas para isso:

 

1. Aderir à alimentação natural, ou pelo menos inserir 1/3 de alimentos frescos na rotina alimentar do pet.

Nós somos suspeitos para falar de alimentação fresca, né? Não temos dúvidas que é a melhor opção! O que muita gente não sabe é que um estudo publicado nos EUA em 2018 mostrou que adicionar 1/3 de alimentos frescos à ração industrializada dos pets já trás benefícios para a sua saúde. Pode ser misturando na ração, alternando com ela ou complementando-a. O alimento fresco e variado estimula o olfato, o paladar e até mesmo a curiosidade e instinto de investigação do peludo. Dê uma olhada no nosso artigo 8 super alimentos que você pode oferecer para seu pet para algumas inspirações!

E enfim, não, alimentação natural não dá trabalho! É só entrar no site da Okena PetChef, escolher seu pacote e ela chegará prontinha na sua casa 😀

 
2.    Estimulá-lo a trabalhar um pouco pela refeição, para que tenha estímulos mentais e valorize a hora de comer.

Ensinar o mínimo de obediência é muito importante para todos os cães. Reforça a hierarquia, ensina a ouvir, a ter foco e vontade de colaborar. Se você não se anima a fazer aulas “formais” com seu pet, a hora das refeições pode ser uma alternativa para o mínimo de treino. Ela é perfeita para isso, já que interação social aliada a regras para comer são naturais nas matilhas. O líder define a hora de comer/caçar/treinar, define as regras e no final todos são premiados com a comida. Só precisamos copiar o modelo e adaptar para a nossa realidade.

Você pode começar com um simples “vem”, e “senta”, na hora de comer. A cada comando bem executado você dá uma pequena porção da comida que já estará previamente dividida (pode ser uma colher de cada vez). Com isso exercício pode ser repetido algumas vezes. Quando estiver perfeito, pode-se entrar com o “deita” e até o “andar junto”. Sempre premiados com uma porção/colher da comida.

 

 

 

 

E quando você estiver sem tempo?

Uma opção é exercitar a caça usando potinhos escondidos pela casa, que o cão tem que procurar, achar e abrir para comer. As primeiras vezes você terá que mostrar a ele como fazer. É impressionante como eles aprendem rápido a fazer sozinhos. Uma cliente nossa enche um “Kong” (cone de borracha oco) com a comida, congela e dá para o seu cachorro antes de sair. Ela botou uma câmera e viu que o peludo se diverte lambendo e comendo conforme o gelo vai derretendo. Dica dela: amarrar o Kong no pé da mesa da cozinha para ele não levar para a sala! Afinal, você não quer “aguinha” de comida no seu tapete …

Já no caso dos gatos, as caçadas eram solitárias e essa coisa de liderança é meio relativa … então eles se adaptam melhor ao modelo da caixinha, adoram! Você também pode prender a caixinha numa vara e estimulá-lo a caçá-la! Existem no mercado hoje vários brinquedos que fazem esse papel, verdadeiros quebra-cabeças para os peludos chegarem até a refeição.   

Se você ainda usa ração seca (tsic, tsic, tsic), uma garrafa pet com furos vira um bom “dispenser”, para a refeição ao ser rolada com as patas e focinho. Caso prefira algo mais rebuscado, existem bolinhas, bastões e outros brinquedos especiais que fazem o mesmo serviço. A opção dos potinhos escondidos também funciona.

 
3.    Dar a ele estímulos físicos.

No caso dos cães, nada como um bom passeio antes das refeições para simular a movimentação de caça, migração, pastoreio, ou outras das atividades que eles fizeram por milênios. Seja qual for seu tamanho, todo cachorro precisa passear.

Contudo, depois da cheirada inicial e daquele xixi que estava apertado, uma parte da caminhada deve ser metódica e ritmada, tipo marcha mesmo, para fazer o coraçãozinho acelerar, os músculos trabalharem e o sistema todo funcionar. Ele precisa ter a sensação de caminhar em matilha, patrulhar seu território, ver novidades, sentir cheiros, ouvir barulhos, pegar um ventinho no focinho e cheirar as fofocas da vizinhança nas árvores e postes.

Mesmo o menor dos Chihuahuas é um honrado descendente dos antigos cães de trabalho! Não tire isso dele! Mas lembre-se que depois de um passeio vigoroso, é importante esperar que a respiração dele volte ao normal e o corpo esfrie antes de oferecer a comida.

Já no caso dos gatos, que normalmente não gostam de passeios, temos que usar a imaginação em casa mesmo. A “gatificação” de partes da casa é última moda. São móveis, prateleiras, nichos e redes para darmos aos felinos domésticos um espaço mais verticalizado e interessante. Juntando a isso uma ponteira de laser ou aquela varinha com a pena na ponta, é só começar a botar o pancinha para correr, pular e caçar.  Dê uma olhada no nosso artigo sobre enriquecimento ambiental para gatos para mais dicas.

 

 

 

 

4.    Se seu pet ainda come ração, melhorar sua hidratação.

Uma presa tem em torno de 80% de água em seu corpo, uma boa alimentação natural também. As Raçoes de em torno de 7%. Então, mesmo bebendo bastante água, um peludo que come somente ração estará cronicamente desidratado pois ele dificilmente beberá o suficiente para transformar 7% de umidade em 80%.

Um paliativo é molhar a ração antes de dar, deixando que absorva a água por em torno de meia hora até virar uma esponjinha. Porém, no Brasil temos que tomar cuidado com isso nos dias mais quentes, por perigo de fermentação. Então se você optar por essa técnica, é melhor deixar na geladeira. Outra opção é botar água na hora, fazendo tipo um sopão, mas alguns pets, principalmente os gatos, rejeitam a ração dessa forma. Resta então induzir o consumo de água entre as refeições, o que pode ser feito usando fontes, dando gelo para lamber, misturando um pouco de água de côco ou outra coisa na água ou qualquer outra forma que vocês possam pensar. Mas o melhor mesmo, é mudar o peludo para uma comida biologicamente adequada.

 

Concluindo

 

Todo estilo de vida tem seus prós e seus contras, mas felizmente vivemos numa época em que podemos proporcionar aos nossos cães e gatos o melhor dos 2 mundos! Trazermos de volta uma rotina alimentar e um estilo de vida mais saudáveis e biologicamente adequados enquanto continuarmos a amá-los loucamente!

 

 

 

 

Para entender melhor as vantagens da Alimentação Natural para cães e gatos, temos esse post: https://blog.petchef.com.br/alimentacao-e-saude/por-que-trocar-a-racao-do-meu-pet-por-alimentacao-natural/.

Para informações sobre alimentação natural crua ou receitas para fazer em casa, dê uma olhada no site www.cachorroverde.com.br da Dra Sylvia Angélico . E para informações e idéias sobre gatificação de ambientes, tem o site https://ofazedor.com/ , que é bem legal.

8 Super Alimentos bons para Cachorro

Aditivos simples que podem melhorar a saúde do seu cachorro.

Você já ouviu falar em super alimentos, certo? São alimentos especiais, que oferecem alguns nutrientes muito valiosos que podem melhorar suas refeições e aprimorar ainda mais o padrão de uma alimentação saudável. E assim como isso vale para nós humanos, já está comprovado que vale para nossos peludos também! Vamos mostrar aqui as vantagens de 8 deles, e como você pode usá-los facilmente para melhorar a saúde do seu cão.

Não há mais dúvidas de que a alimentação natural balanceada é a melhor opção para nossos amigos de quatro patas. Quer você faça em casa (com ajuda de nutricionista e suplementação) ou compre versões comerciais de qualidade como nossas comidas, o abandono da ração é o melhor investimento que você pode fazer para saúde futura do seu peludo.

Se você já fez essa troca, parabéns! Mas se ainda não migrou 100% para a Alimentação Natural, não desanime! Esse artigo também é para você.

Pesquisas já comprovam que oferecer qualquer percentual de alimentação natural para seus pets é benéfico. Mesmo que somente 30% da quantidade diária de comida dele seja natural, isso já terá impactos positivos no organismo. Então, que tal começar com duas ou três vezes por semana? Quem sabe alternar uma refeição de alimentação natural com uma de ração seca? Muitas vezes começar aos poucos é a solução. O mais importante é dar para seus pets a melhor alimentação dentro das suas possibilidades.

Pensando nisso, reunimos aqui 8 super alimentos que você pode adicionar facilmente à rotina de alimentação do seu cachorro, quer ele já coma comida, quer ainda coma ração.

 

1. Kefir

O Kefir é uma bebida de leite fermentada que contém probióticos benéficos que ajudam o sistema imunológico e o digestivo. O leite de vaca comum pode irritar o trato digestivo do seu cão, mas o leite fermentado é diferente. Uma das melhores e mais baratas formas de adicionar bactérias saudáveis à dieta do seu pet é converter leite de vaca em kefir em casa. Coloque de uma a três colheres deste probiótico poderoso na comida do seu cão uma ou duas vezes por dia.

Você só precisa de alguns grãos de kefir. E o legal é que há uma tradição de doação de kefir, é só jogar nas suas redes que você quer que alguém vai doar para você! Você misturará os grãos em 1 Litro de leite e deixará em temperatura ambiente por 12 a 24 horas. Cubra o recipiente com um pano para que haja troca de ar mas ele fique protegido. Passado o tempo é só coar com uma peneira plástica para separar os grãos do kefir para serem usados novamente. O leite já fermentado deve ser guardado na geladeira. Os grãos de kefir reutilizados em seguida. Se você não for usar logo, pode congelá-los em um pouco de leite. Importante – nunca usar utensílios de metal, somente vidro ou plástico!

 

2. Mirtilos

Mirtilos são um ótimo petisco de treinamento para cães já que são pequenos e fáceis de levar para passeios e treinos. São ricos em fitoquímicos e antioxidantes e são uma boa fonte de fibras, magnésio e vitaminas C e E. Uma boa regra é de dois a quatro mirtilos por dia para cada 5kgs de peso do cão. Substituir petiscos industrializados por mirtilos frescos ou congelados é uma ótima forma de aumentar os antioxidantes na dieta do seu pet. No calor do verão carioca, os mirtilos congelados ainda dão uma refrescada!

 

3. Cogumelos

Alguns cogumelos são venenosos para os cães (e para os humanos), então obviamente é importante ter cuidado e atenção ao oferecer esses alimentos. As variedades benéficas para os cães são as mesmas que nós comemos e incluem Paris, Shitake, Reishi e Portobello. Todos os cogumelos que podem ser ingeridos por humanos são seguros para os cães.

Cogumelos podem ajudar a regular a função intestinal, mas o melhor é que eles contêm propriedades anti-neoplásicas poderosas e potencializam o sistema imunológico. Você pode cozinhar levemente os cogumelos no vapor ou óleo de coco antes de adicioná-los à comida do seu pet.

 

4. Sardinhas

Peixes marinhos são uma rica fonte de ácidos graxos, que são essenciais para o bem estar do seu peludo. De todos os peixes, as sardinhas são o melhor, sejam frescas ou em conservas em água ou óleo (jamais as condimentadas!). Sardinhas são abundantes nos oceanos, não sendo uma pesca predatória, e não vivem o suficiente para armazenar toxinas em seus corpos, sendo assim uma ótima fonte de proteínas e ômega 3.

 

5. Couve

A couve é um vegetal cheio de vitaminas (especialmente as K, A e C), ferro e antioxidantes. Ela ajuda a desintoxicar o fígado e também tem propriedades anti-inflamatórias. Adicione de uma a três colheres de sopa de couve picada à comida do seu cão como uma ótima fonte de fibras, nutrientes e antioxidantes. Que tal aproveitar o dia da feijoada no sábado e desviar um tantinho da couve para o peludo? Assim todo mundo aproveita a tradição!

 

6. Vegetais Fermentados

Alimentos fermentados são poderosos desintoxicantes com altos níveis de probióticos e vitaminas. As bactérias intestinais boas quebram e eliminam metais pesados e outras toxinas do corpo, e desempenham diversas outras funções importantes. O melhor é que é fácil e barato fazer vegetais fermentados em casa, você só precisa dos vegetais, água e sal. Na internet você acha diversas receitas e vídeos demonstrando o processo.

Adicionar apenas de uma a três colheres de chá de vegetais fermentados por dia à comida do seu cão é uma ótima forma de oferecer probióticos naturais através dos alimentos.

 

7. Chia

A chia é uma semente de uma planta que cresce em abundância no sul do México. Ela é uma excelente fonte de ácidos graxos ômegas 3 e antioxidantes. Ao contrário das sementes de linhaça, as sementes de chia não precisam ser moídas. Elas também contêm fibra, cálcio, fósforo, magnésio, cobre, ferro, molibdênio, niacina e zinco. Tente salpicar um pouco de sementes na comida do seu cão ou misture com óleo de coco para um ótimo lanche antes de dormir. Se você lembrar de deixá-las de molho na véspera, melhor ainda, facilita a digestão e ainda ajuda na saúde dos intestinos.

 

8. Abóbora

Abóboras frescas, cozidas no vapor ou assadas, tem uma quantidade de calorias relativamente baixa e muita fibra solúvel, o que é benéfico para cães com problemas gastrointestinais. A abóbora ajuda a regular a função intestinal, o que é benéfico em casos de diarréia ou de constipação. Abóboras também são uma excelente fonte de potássio.

Já que estamos falando de abóboras, não esqueça dos benefícios das sementes de abóboras, que são uma rica fonte de minerais, vitamina K e fitoesteróis. Elas também contêm L-triptofano e são uma boa fonte de zinco e vitaminas E e B. Sementes de abóbora também podem ajudar a prevenir pedras de oxalato de cálcio nos rins, reduzir inflamação causada por artrite e ajudar a saúde da próstata.

 

Dica Importante!

Lembre de sempre introduzir novos alimentos devagar, em pouca quantidade, de preferência um de cada vez. Outra questão importante é sempre checar com seu veterinário se seu cão tem alguma contraindicação a algum dos alimentos citados acima, principalmente se ele tiver alguma alergia, transtorno digestivo ou problema metabólico. Existem mais alimentos considerados “super”, esses são apenas alguns! Esperamos que vocês gostem dessas sugestões, e peçam mais :-). Depois de botar em prática, conta para a gente!

E leia também nossos artigos Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? , Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa? , Cachorro chato para comer e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade . Temos certeza que você vai gostar !

Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa?

Será que existe muita diferença entre a comida do cão e do gato?

 

Muitas pessoas que têm cães e gatos na mesma casa se fazem essa pergunta: será que faz mal o cachorro comer a comida do gato? ou o gato a do cachorro? Vai fazer mal dar um pouco da comida de um para o outro?

Em geral, um cão ou um gato saudável não vai ter problemas se ocasionalmente comer a comida da outra espécie. Mas é importante que isto seja exceção e não regra!

Uma diferença fundamental entre cães e gatos é o tipo de necessidade nutricional

A razão para isso é que cada espécie requer um perfil nutricional específico para se manter saudável. Felinos e caninos são carnívoros, mas com uma diferença chave. Gatos são carnívoros estritos, ou hípercarnívoros, enquanto os cães são mesocarnívoros.

 

Um hípercarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta possuí mais de 70% de carnes.
  • Eles podem comer frutas, grãos, fungos etc. mas precisam de carne para se desenvolverem bem.
  • Eles não têm a fisiologia necessária para digerir matéria vegetal de forma eficiente.
  • Alguns hípercarnívoros comem matéria vegetal especificamente para provocar o vômito.

 

Um mesocarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta consiste em 30% a 70% de carnes.
  • Podem comer frutas, grãos, fungos etc.
  • São capazes de digerir e aproveitar nutrientes de matéria vegetal.
  • Podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal.

 

Importante ressaltar aqui que “sobreviver” não quer dizer viver bem. Cães podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal, mas para se desenvolverem bem e viverem com o máximo de saúde eles precisam comer carnes. Muitas vezes vemos pessoas se referindo aos cães como sendo onívoros e não carnívoros, mas isso não é correto. Em termos da taxonomia (classificação biológica), cães pertencem à ordem Carnívora e à família Canidae junto com outros mamíferos carnívoros. A quantidade de amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido) na saliva do cão é quase insignificante, eles apresentam intestinos delgados curtos, inadequados para a digestão de carboidratos complexos, eles produzem sua própria vitamina C e possuem o pH estomacal extremamente ácido – todas características de carnívoros e não de onívoros como nós.

 

Gatos tem necessidades específicas de proteína animal, vitaminas e alimentos úmidos.

Como carnívoros estritos, gatos precisam comer carne e órgãos animais para satisfazerem suas necessidades nutricionais. Proteínas a base de plantas (grãos e legumes) não são substitutos adequados. Gatos não têm a enzima necessária para quebrar e usar a proteína vegetal de forma eficiente.

As proteínas derivadas de tecido animal contêm um perfil de aminoácidos completo para as necessidades dos carnívoros. Aminoácidos são os blocos que formam a proteína. As proteínas vegetais não contém todos os aminoácidos necessários para a saúde de um carnívoro estrito. Humanos, esses sim, onívoros, têm a capacidade fisiológica de transformar a proteína vegetal nos aminoácidos necessários à sua saúde, os cães conseguem até certo ponto, os gatos não conseguem.

Os gatos também precisam de muito mais proteína do que os outros animais. Filhotes de gatos precisam de 1.5 vezes mais proteína do que filhotes de cachorro. Gatos adultos precisam de duas a três vezes mais proteína do que um cão adulto. Os gatos também têm uma maior necessidade de um aminoácido específico que é encontrado apenas em tecido animal (cru) a Taurina.

Como os gatos evoluíram caçando presas diferentes dos cães, suas necessidades alimentares são diferentes. Por exemplo, eles têm necessidade elevada de vitamina A, que é naturalmente encontrada apenas em tecido animal,  e eles não têm a enzima necessária para converter o B-caroteno de plantas em vitamina A que é essencial para a visão, crescimento dos ossos e músculos, reprodução e saúde dos tecidos epiteliais.

Gatos também precisam de cinco vezes mais tiamina (vitamina B1) do que os cães. Um dado importante é que a tiamina não é estável nas rações comerciais comuns e seus níveis caem muito com tempo de armazenamento. Por isso muitos gatos que se alimentam somente de rações industrializadas têm deficiência de vitamina B1. O ideal é que tenham sempre grande parte da sua alimentação de comida fresca.

Outra característica biológica específica dos gatos é sua necessidade de consumir a maior parte da água através dos alimentos. Gatos domésticos, por terem evoluído de ancestrais que habitavam o deserto, não têm uma boa resposta às sensações de sede e desidratação quanto outros animais. Ou seja, eles não “sentem” sede, mesmo quando seu corpo precisa de água.

Diferente dos cães, que bebem água frequentemente, os gatos, mesmo quando alimentados com dieta seca, não sentem a necessidade de buscar outra fonte de água para compensar a diferença entre o que seus corpos necessitam e o que sua dieta fornece. Isso resulta em uma leve desidratação crônica, condição que eventualmente pode levar a doenças do trato urinário ou rins. Por isso é tão importante dar alimentos úmidos aos gatos diariamente.

 

Dietas específicas e de qualidade são a melhor opção para cães e gatos

O resumo da ópera é o seguinte:

  • Cães e gatos precisam de dietas específicas
  • Gatos não viverão bem comendo uma dieta para cães e vice versa.
  • A qualidade dos ingredientes é fundamental para que uma dieta aporte tudo o que um cão ou gato precisa. Por isso dietas fresca e com ingredientes de qualidade (igual aos para consumo humano) são as mais indicadas.
  • Como dificilmente conseguimos oferecer dietas totalmente naturais (teriam que ser cruas e com presas inteiras) é importante uma suplementação também específica para cada espécie. No caso dos gatos, é fundamental que a alimentação seja úmida.

Para saber mais sobre esse assunto e sobre alimentação de cães e gato, dê uma olhada nos links: Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?, Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade, Animais Carnívoros

Agility

Da Série Esportes para praticar com seu com seu cão

 

O Agility foi criado nos anos 70 como uma forma de aumentar o companheirismo entre cão e dono. Ele proporciona uma atividade educativa e esportiva que beneficia a todos os aspectos dessa relação. Não só ele fortalece o vínculo cão-dono, mas proporcionando um excelente exercício físico também.

As primeiras apresentações foram como entretenimento para o público que assistia ao “Crufts Dog Show” (a maior exposição de cães da Inglaterra). Mas com o tempo tornou-se um dos esportes com cães mais populares do mundo.

Regras do agility

Ele pode ser praticado por qualquer tipo e tamanho de cão, com ou sem raça definida. A ideia é que os cães ultrapassem diferentes obstáculos, com diversos tipos de dificuldades. O objetivo de aprimorar sua agilidade, saúde, obediência e inteligência. O cão precisa percorrer o circuito no menor tempo possível e com o menor número de faltas. Os circuitos são compostos por: salto, mesa, passarela, gangorra, rampa, slalom, túnel aberto, pneu, túnel fechado e muro. A quantidade e variedade de obstáculos, e o limite de tempo, determinam o grau de dificuldade da pista.

Um percurso de Agility oficial deve ter um espaço de pelo menos 24×40 metros. A pista no seu interior será de pelo menos 20×40 metros. O comprimento do percurso terá entre 100 a 200 metros e contará com 15 a 20 obstáculos. Pelo menos 7 desses serão barreiras.

O tamanho dos saltos e a distâncias entre os obstáculos serão proporcionais à categoria do cão que compete.

Categorias no agility

As categorias são:

  • Categoria S ou Pequena: cachorros abaixo dos 35 centímetros até a cernelha.
  • Categoria M ou Média: cachorros desta categoria situam-se entre os 35 a 43 centímetros até a cernelha.
  • Categoria L ou Grande: Cachorros que ultrapassem os 43 centímetros até a cernelha.

O Agility não é uma prova só de velocidade, mas sim de habilidade. Por isso, as faltas nos obstáculos são mais importantes do que as faltas de tempo. O cão deverá completar todos os obstáculos sem pular etapas respeitando o circuito definido pelo juiz.

Saúde física e mental

No quesito saúde, esse esporte pode ajudar muito na manutenção de musculatura e peso ideais, desenvolvimento aeróbico e de resistência e alívio de stress. Com isso ajuda a diminuir vários problemas físicos e comportamentais.

Outra característica é ser, como todo esporte que exige treinamento, repetição e concentração, uma prática que proporciona momento de atenção exclusiva entre condutor e pet, o que além de prazeroso reforça os laços afetivos e melhora a qualidade de vida de ambos.

Quer saber mais: http://www.cbkc.org , Como e escolher um cão: , porquePor que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade

Porque a Alimentação Natural é a melhor opção para seu gato e como introduzí-la com sucesso.

 

Gatos são carnívoros estritos, isso quer dizer que eles não vivem sem os nutrientes provenientes da carne. Na natureza, são predadores de pequenos animais, como passarinhos e pequenos roedores. Esses animais são formados basicamente por água, músculos, vísceras, ossos, pele/pêlos/penas e o que quer que esteja em seu intestino. Essas presas, assim como a maioria dos animais, têm em torno de 75% de umidade em seu corpo.

Então uma dieta biologicamente adequada para gatos deve chegar o mais próximo possível disso. Tem que ter muita umidade, proteínas e aminoácidos provenientes de carnes e vísceras, gorduras animais, fibras e poucos vegetais. Por isso, aqui na Okena PetChef optamos por receitas baseadas exclusivamente em proteínas animais de alta biodisponibilidade, com 80% de sua formulação crua sendo de carnes e vísceras. Para garantir a segurança alimentar e balanceamento ótimo para nossos pets, os ingredientes são cozidos lentamente no forno a vapor e depois entram os suplementos. Com isso investimos na longevidade saudável que queremos para nossos pets.

 

Prevenindo a desidratação e a obesidade

Sendo animais originários do deserto, os gatos não sentem sede naturalmente. Por isso o uso exclusivo de ração seca a longo prazo é tão danoso para eles. Eles nunca beberão água suficiente para compensar uma comida com 7% de umidade ao invés de 70%. Por isso é tão comum gatos que são alimentados basicamente com ração começarem a ter problemas renais ou urinários aos 10 ou 12 anos. Nos países em que a maioria dos gatos é alimentada com alimentos úmidos (alimentação natural em lata de boa qualidade) é comum eles viverem sem esses problemas até os 18 ou 20 anos.

Outro problema comum nos felinos, principalmente nos urbanos, é a obesidade. A falta de espaço e exercícios e a vida mansa que nós damos para eles têm uma parte da culpa aqui. Mas une-se a isso a altíssima densidade calórica das rações. Cheias de grãos e outros carboidratos de alta glicemia, elas usam ainda palatabilizantes poderosos para que os gatos “gostem” dela e comam bem aquela bolinha nada biologicamente adequada para ele. Os palatabilizantes modernos são verdadeiras drogas. Eles atuam diretamente nos centros de prazer do cérebro dos cães e gatos, fazendo com que eles “amem” a ração. Com isso eles comem muito mais calorias do que precisariam se tivessem comendo nutrientes de verdade.

Isso é um assunto importante, porque alguns gatos são tão suscetíveis à ação dos palatabilizantes, que rejeitam o alimento natural por esse não dar a mesma “onda” da química da ração a que estão acostumados. Nesses casos é preciso um detox gradual na transição para o alimento natural para ele desacostumar do estímulo do palatabilizante na hora de comer.

Agora que você já sabe a importância da alimentação natural na vida do seu felino, vamos a algumas dicas para a introdução do novo alimento.

 

Introduzindo a alimentação natural

Em média 2/3 dos gatos aceitam a alimentação natural de primeira, e adoram! Mas temos esses 33% que dão um pouco de trabalho … para eles é preciso um pouco de paciência e estratégia. Aqui vão algumas dicas:

  1. Tire a comida antes de dormir, para que ele não coma durante a noite.
  2. Deixe a Okena PetChef descongelando na geladeira a noite. Pela manhã retire e deixe um pouco fora para ficar em temperatura ambiente. Também pode servir morninha, para aumentar o cheirinho bom. Para isso pode-se usar banho Maria ou no microondas.
  3. Se ele não comer de primeira, teste esquentar mais um pouco, ou esfriar (alguns gostam gelada!). Se não funcionar, vale misturar na ração seca. Funciona bem fazer bolinhas com a comida e enfiar umas rações nelas, tipo um brigadeiro. Também pode misturar um pouco de água. Enfim, use a imaginação. Alguns clientes relatam que esqueceram o saquinho no banho Maria e ferveu, e os gatos amaram! (não, não tem explicação, mas quem entende gato ?!). O importante é tentar várias opções e associar a comida com algo que ele já goste, para que ele prove várias vezes. Aí com a repetição ele vai descobrindo que o novo sabor, novo cheiro e a nova textura são tudo de bom. Entãoestará feito o detox da ração e a transição para a comida! Num instante ele vai comer direto da geladeira !

 

Algumas observações

Alguns gatos têm mais dificuldade em aceitar comida nova, é uma barreira psicológica mesmo, que com o tempo vai cedendo. Tivemos um caso de uma gata que demorou 3 meses comendo com bolinhas de ração enfiadas na comida até passar para a comida pura. Mas hoje ela come com gosto ambas as nossas receitas no dia a dia e ração seca só nos fins de semana quando a mãe viaja. O importante é você saber que está fazendo o melhor pelo seu felino! E lembrar de quanto trabalho você deu para a sua mãe quando aprendeu a comer brócolis … 😊.

Muita gente não quer fazer uma transição total, e nós entendemos isso. Qualquer quantidade de alimento natural já é melhor que nada, então vale usar o que for confortável para cada um. Pelo menos uma boa refeição de comida de verdade por dia já fará uma grande diferença para seu gato.

Até hoje não tivemos nenhum caso em que o gato rejeitou a ração após a transição para a alimentação natural. Então não se preocupe, quando for preciso comer ração, ele vai comer numa boa.

Se tiver alguma dúvida ou bater o desespero, é só pedir socorro pelos nossos canais de contato que tentaremos ajudar!

Leia também Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

Cachorros chatos para comer

Falaremos hoje sobre os cães seletivos na alimentação, ou seja, os “cachorros chatos para comer”. Recebemos muitas ligações e mensagens de pessoas preocupadas com a falta de apetite dos seus peludos. São muitos os nomes usados: “ruim de boca”, “seletivos”, “chato pra comer”, “caprichoso”, “cheio de manias” e por aí vai. Seus humanos vivem preocupados, e querem saber se isso “vai passar” com a nossa comida, ou se com o tempo ele vai “enjoar” dela também. Em outros casos a queixa é que o peludo já é cliente, começou comendo bem, mas com o tempo passou a escolher receitas e só comer as que prefere. E tem aqueles que já não querem mais nenhuma receita.

Quando um cachorro não quer comer, a primeira coisa que devemos fazer é checar com nosso veterinário de confiança se está tudo bem com ele. Um exame clínico acompanhado de um hemograma ou outro exame complementar pode descartar causas físicas como doenças de carrapato, gastrites, doenças renais ou outras que afetam o apetite.

Constatado que não há problema físico, nos vemos diante de uma questão comportamental. É o quadro mais comum.

 

Impulso alimentar

Em todas as espécies, existem os indivíduos que comem para viver e os que vivem para comer. Se seu peludo nasceu para comer, você nunca terá problemas. Pode dar comida boa, comida ruim, ração e até “pedra moída” que o carinha cai de boca sem pensar duas vezes. Se esse aí parar de comer um dia, corra para o vet que a coisa é séria!

A maioria dos cães é assim, ou deveria ser, afinal, comer é um instinto básico. Quanto mais forte esse instinto, maior é a chance de sobrevivência desse indivíduo e de perpetuação da sua carga genética na natureza. Mas… a nossa seleção artificial de acasalamentos bagunçou muito esse instinto, perpetuando indivíduos, linhagens e até raças sem o chamado “impulso de comer”.

Então, se seu peludo é desses, e só come o necessário para se manter vivo, a hora das refeições pode ser meio frustrante para você. Afinal, a gente escolhe a melhor comida para nosso filhote e quer que ele tenha enorme prazer em comer! Aí ele olha o prato com aquela cara de “tédio”, ou come 3 bocadas e vai embora …

 

Podemos ter 2 desdobramentos para essa situação:

  1. Seu peludo precisa de menos comida do que está sendo oferecida a ele para se sentir saciado e estar saudável. Tem cão que pula refeição de vez em quando e continua super feliz e em forma, e não há problema nenhum nisso. Caberá a você “desencanar” do assunto e diminuir a quantidade de comida dele. Quando ele não comer, retire a comida que sobrar e só ofereça de novo na próxima refeição. E lembre-se: não tem problema ele ser magrinho! É até melhor. Nós humanos que tendemos a achar bonito o cachorro “cheinho”. Mas olhe o corpo dos animais na natureza, o normal é ser esbelto mesmo.
  2. Seu peludo percebeu que é importante para você que ele coma sempre, e tudo. Aí a coisa se complica, pois ele aprende pode usa isso para conseguir o que quer, e vira um pequeno manipulador. É uma situação bem chata, pois desvirtua esse impulso importante (comer para sobreviver), e por isso geralmente vem acompanhada de outros problemas de comportamento. Esse quadro normalmente começa quando por algum motivo ele não come, e você “faz de tudo” para ele acabar o prato. Troca a comida, mistura franguinho, dá na boca, etc. Tudo isso ensina a ele que você quer que ele coma, mesmo que ele esteja sem fome. Mais ainda, ensina que se ele quiser ganhar novidades ou atenção extra, não comer é uma boa estratégia. Percebeu a ironia da coisa? Sem querer, você o ensinou a não comer como ferramenta para conseguir atenção ou guloseimas. Dependendo do temperamento do peludo, ele pode levar essa queda de braço ao extremo e não comer nada que não seja escolhido por ele por dias.  É um exercício de controle, e não uma questão de apetite.

 

Então o que fazer? Como melhorar a vontade de comer de um cachorro “ruim de boca”?

 

A primeira coisa a fazer é tirar a pressão que nós humanos colocamos na comida e no ato de comer. Comer, ou não comer, é natural para a maioria dos animais, e deve ser encarado assim pelo cachorro, e por nós. Pular uma refeição de vez em quando não tem problema nenhum. Outra coisa importante de saber é que cachorros gostam de rotina, a repetição dá a eles segurança, e podemos usar isso a nosso favor. O terceiro fator é serem animais sociais, que dão valor à interação e aos laços sociais.

 

Com isso em mente, podemos organizar alguns passos:

  1. Defina dois horários para as refeições (3 se for filhote até 6 meses).
  2. Não demonstre muita atenção na preparação da comida, nem dê atenção excessiva a ele hora da refeição. Haja com naturalidade.
  3. Ensine a ele o comando “senta”. Depois acostume-o a esperar sentado que o prato seja colocado no chão/no suporte dele e ele autorizado a comer. Isso deve ser treinado em outros momentos, usando petiscos ou brinquedos, para não causar stress na hora da comida. Tem que ser uma coisa natural e fácil.
  4. Se ele não comer tudo na hora, retire naturalmente o que sobrar, e só ofereça comida de novo na próxima refeição. No início, você pode instituir uma refeição intermediária caso ele não coma nada, para ele não ficar muitas horas sem comer. Mas a rotina dessa refeição extra deve ser a mesma das principais.
  5. Não fale com ele, não mexa na comida nem misture coisas caso ele não coma. Haja naturalmente, tire o prato e vá fazer outra coisa. Nada de discursos ou reclamações! E nada de dar atenção se ele vier fazer gracinhas nessa hora. Carinhos e brincadeiras não cabem nesse momento.
  6. Diminua os petiscos e extras no período de reeducação, é importante ele estar com fome na hora de comer.
  7. Quando ele comer direitinho, aí sim pode ganhar carinhos, atenção e até um premiozinho “de sobremesa”.

 

Algumas dicas para o processo:

* As refeições podem ser junto com as da família, ou logo depois, num lugar específico para ele. E nunca dê nada da mesa.
* Se por acaso ele pedir a comida antes do horário, não dê! Espere até a hora que você determinou para oferecer a comida a ele. Isso não é malade. É importante ele aprender que comida é um recurso valioso e que não está à disposição dele a qualquer momento.
* Quando for ensinar o “senta”, procure fazê-lo de forma divertida e longe das refeições. Use petiscos saudáveis ou brinquedos como prêmio. Cuidado para não encher a barriga dele de petiscos! Dê preferência aos brinquedos se ele responder bem. Com o tempo, deixe-o cada vez mais tempo (máximo 1 min) sentado até premiar e liberar. Paciência e auto controle são importantes para os dois! Introduza a rotina de reeducação alimentar só quando esse comando estiver bom o suficiente para você colocar o petisco no chão sem presa. Não deixe ele “roubar” e pegar o petisco antes de autorizado.
* Tenha paciência e perseverança. Novos comportamentos demoram 3 semanas para serem aprendidos e até 16 semanas para serem internalizados pelos cães. Não desista !


Bom pessoal, essas são dicas bem básicas que esperamos que ajudem! Se seu peludo tiver questões mais sérias, o melhor é chamar um bom treinador para fazer um programa personalizado de modificação comportamental para ele.
Nós indicamos o site da LordCão Treinamento de Cães para mais artigos sobre o tema, é www.lordcao.com.br .
E para comprar o melhores petiscos para treinamento, 100% naturais e deliciosos, dê uma olhada na nossa loja! www.okena.pet/loja-online/petiscos

Como e escolher um cão:

Opções para ter o companheiro que você sempre sonhou.

 

Quase toda família passa por aquele momento complicado no qual a criança acorda de manhã e ao invés de dar bom dia solta um: Mãe, eu quero um cachorro!

Passado o pânico inicial, vem a dúvida: queremos um cachorro? Que cachorro? Como escolher o cachorro dos sonhos?

Por nossa tradição e cultura, quando a resposta à primeira pergunta é “sim”, o pensamento seguinte é: Que raça? Onde comprar?

Muitas vezes a pessoa não tem preferência por uma raça ou tipo, mas simplesmente acha que tem que escolher uma raça, já que quer um cachorro. Mais ainda, ela acha que além de escolher uma raça tem que comprar um filhote em algum lugar.

Pois é, um dos objetivos deste texto é mostrar que existem outras opções, opções estas que muitas vezes são melhores que a compra de um filhotinho para o Natal.

Para facilitar, vamos por tópicos:

O que é uma raça

As raças derivam das funções que os diferentes tipos de cães exerciam no passado, em suas regiões de origem. Por exemplo, na Escócia, o cão pastor de ovelhas era o Border Collie, na Inglaterra, o Old English Sheepdog, na região de Flandlers, o Bouvier. Na Alemanha, o boiadeiro era o Rottweiler, na Austrália o Australian Cattle Dog e por aí vamos. O mesmo acontecia com os cães que controlavam roedores (terriers), os de caça (hounds) e até mesmo os de combate.

Ou seja, as pessoas escolhiam os cães de acordo com o que queriam fazer com eles, e não por seu visual.

Com o tempo, muitas dessas funções foram desaparecendo e muitos criadores passaram a criar raças somente por seu aspecto físico (o que é um erro, mas isso é outro artigo). Contudo, os traços de comportamento que foram fixados ao longo de gerações durante a evolução da raça continuam lá. Um terrier será sempre um terrier, um sabujo será sempre um sabujo. Mesmo que não levemos isso em conta na hora de escolher nosso companheiro, teremos que lidar com as consequências. E muitas vezes essas consequências são: donos frustrados e cães infelizes, por simples incompatibilidade.

Ou seja, se você sonha com “aquela” raça, ou acha aquela outra liiiiiiinda, pesquise antes de decidir. Veja se a raça é compatível com seu modo de vida e suas expectativas antes de comprar seu cão. Se for, ótimo, se não for… procure uma que seja. Tentar mudar a natureza de um cão dificilmente funciona.

Cães para companhia

Mas e se você nunca sonhou com nenhuma raça em especial? E se, como a grande maioria de nós, você está pensando: Função? Que função? Só quero um cachorro para me fazer companhia e brincar com as crianças!

É fato que hoje, a grande maioria das pessoas tem cães apenas para companhia, no máximo para ser um incentivo para caminhadas ou corridas. Poucos querem cães para guarda ou para esportes como agility. A maioria de nós quer apenas um focinho gelado e um rabo abanando quando chegarmos em casa à noite.

 

Raça ou indivíduo?

Se você é uma dessas pessoas, você não precisa de uma raça, mas sim de um indivíduo. Você precisa de um cão que se adeque a seu estilo de vida, independente de raça. Esse indivíduo deve ser escolhido com cuidado, mas de forma pessoal, e não genérica.

Para isso, adotar um mestiço ou belo vira-lata pode ser a melhor solução. Vira-latas, ou SRDs (Sem Raça Definida) têm algumas vantagens. Primeiro, são geralmente mais saudáveis que os de raça, pois sua variedade genética é maior e por isso têm menos doenças de fundo genético como cardiopatias, displasia, epilepsia, alergias, etc. Segundo, cada um é diferente e único, o que, convenhamos, é um charme, você terá um modelo exclusivo! E terceiro, são de graça, existem muitos abrigos bacanas que entregam cães saudáveis, vacinados e até mesmo castrados, o que já é uma grande economia (lembrando que uma doação para o abrigo é sempre de bom tom, afinal eles poderão ajudar outros cães).

 

Mas existe diferença entre mestiço e vira-latas (srds)?

Existe. Comumente se chama de mestiço o cão que resulta do cruzamento de duas raças, ou de um cão de raça com um vira-lata.  Já vira-lata ou srd é o cão “sem raça definida”, aquele que pode até ter alguma raça no sangue, mas esta não é obvia ou não se sabe.

A diferença básica é que no mestiço, as características físicas e comportamentais das raças envolvidas estão presentes, enquanto que no vira-lata não, nele o que aparece são somente as características pessoais dos pais.

Comprar ou adotar?

Os parágrafos acima já respondem boa parte desta pergunta, mas não toda. Isso porque muitas vezes pode-se adotar um cão de raça. Muitos abrigos e até criadores responsáveis resgatam cães de raça, cuidam, castram e os colocam para adoção.

 

Comprar?

Ou seja, comprar é a opção se você deseja um filhote de uma determinada raça, seja por aparência, temperamento ou função. Neste caso, procure um bom criador. Tenha certeza que ele cuida bem de seus cães faz todos os testes e controles de saúde e temperamento necessários. Compre um legítimo exemplar da raça que escolheu, portador não só das características físicas, mas também do temperamento esperado. E sobretudo, que seja fruto de um trabalho de amor e dedicação, e não de exploração animal. Nesse caso, leia nosso artigo Encontrando um bom criador de cães.

 

Adotar?

Se a raça não for importante para você, ou sua opção for um cão adulto, adote. Pesquise abrigos e ONG. Visite mais de um e escolha com cuidado um indivíduo que seja compatível com sua rotina e estilo de vida. Leve em conta tamanho, grau de atividade e temperamento. Nos bons abrigos, os voluntários e tratadores conhecem o temperamento dos cães e podem ajudar na escolha. Faça muitas perguntas, converse, observe os cães juntos e separadamente. Quanto gostar de algum, dê uma volta com ele, fique um tempo sozinho com ele e veja como reage. Não seja impulsivo, nem tenha pena e leve o primeiro que pular no seu colo. Faça uma adoção consciente e responsável. Não podemos levar todos, então adote o que será mais feliz em sua casa e lhe fará mais feliz também.

Filhote ou adulto?

Essa é minha pergunta preferida. Trabalhando com cães há 25 anos, tendo escolhido, treinado, comprado, vendido e recolocado um monte de cães, fico muito à vontade para responder que geralmente um adulto é muito mais recomendado que um filhote. Já perdi a conta de quantos filhotes dados para avós e tias foram devolvidos ou doados porque as pobres senhoras viviam mordidas, arranhadas, derrubadas e com a casa suja. Quantos outros tiveram o mesmo destino porque seus donos tinham que trabalhar o dia todo e eles choravam quando deixados sozinhos até serem expulsos do prédio. E quantos outros cresceram presos nas cozinhas de seus donos porque mordiam as crianças e destruíam o apartamento.

Em todos esses casos, a compra do filhote foi feita com a melhor das intenções, mas sem levar em conta que filhotes são filhotes, e se comportarão como filhotes. A adoção (ou compra) de um adulto teria sido a melhor opção.

 

Adultos são tudo de bom!

Cães adultos são mais calmos, não mordem as mãos, não arranham, não pulam e não roem a casa. Existem exceções, é claro, mas são exceções, e voltamos à questão de escolher bem.  São mais fáceis de treinar para fazerem suas necessidades no lugar certo, para ficarem sozinhos, e, o mais importante: já tem sua personalidade definida. Quem não conhece um lindo filhote que cresceu e virou o Godzila? Pois é, a idéia de que um filhote será bonzinho e amigo das crianças só porque foi criado com elas é um grande engano.

Grande parte do temperamento dos cães é herança genética, mas só aparece com o amadurecimento. Muita gente acha que os cães “mudam” depois dos 2 anos. Mas não é isso, a verdade é que nessa idade eles deixam de ser filhotes e apresentam seu real temperamento. Ou seja, um adulto que goste de crianças vai sempre gostar, os que gostam de colo vão sempre gostar, os que são mal humorados continuarão sendo. Você já sabe o que tem em mãos, basta obter essas informações de quem estiver cuidando do cão.

Neste ponto você está pensando: mas e o apego? Um adulto não se apega da mesma forma. Ledo engano. Cães adultos se apegam tanto quanto filhotes, e se transformam em companheiros sensacionais. É claro que eles precisam de um tempo para conhecer as pessoas e ganhar confiança (assim como o filhote). Às vezes têm alguma mania ou medo que deverá ser trabalhada, mas nada que duas semanas de paciência e dedicação não resolvam. Especialmente no caso de cães para idosos, as vantagens de um adulto são inomináveis. Ele será um companheiro pronto, e não uma bolinha de pêlos que era para ser um prazer e vira um grande problema. Claro que existem casos em que deu tudo certo, mas garanto que teria dado com um adulto também.

 

Filhotes são tudo de bom também!

Mas então ninguém deve adotar/comprar um filhote? Claro que não! Se você tem tempo, disposição e condição física de educar e dar a atenção que o filhote precisa, vá em frente. Eu adoro filhotes, sua energia, suas artes e acompanhar seu crescimento são experiências deliciosas. Mas não é para todo mundo, e é importante que as pessoas saibam que existem opções.

Nosso objetivo com este artigo foi mostrar essas opções e explicar um pouco cada uma delas. Qualquer que seja sua escolha, ela seja consciente e traga muitos anos de felicidade para você e para seu novo companheiro!

Links relevantes: Confedereção Brasileira de Cinofolia, Brasil Kennel Klub, GARRA, Quatro Patinhas, Focinhos de Luz e outras ONGs.

Como encontrar um bom criador de cães

Em nosso texto Como Escolher um Cão, falamos sobre adoção ou compra de cães. Durante o texto, mencionamos que quando a opção é a compra, só se deve comprar filhotes em bons criadores. Aí vem a pergunta: O que é um bom criador, e como encontrá-lo?

 

Onde procurar?

 

Vou começar pelo mais fácil: como encontrá-lo. Isso já foi um grande problema, mas hoje em dia, com a facilidade de comunicação via internet, ficou bem mais fácil. Você pode pesquisar Clubes de raça, sites dos criadores, canais especializados e mídias sociais. E claro, pedir indicação para veterinários ou para donos de exemplares da raça que deseja. Nós não indicamos a compra de filhotes em pet shops ou feiras.

Uma vez encontrados alguns criadores (sempre contate mais de um), falta descobrir se são bons. Para isso vamos a algumas dicas:

 

1. Veja se ele tem conhecimento da raça.

 

Eu ia colocar em primeiro lugar “amor pela raça”, mas seria um erro. Quando falamos em “criação”, amor não basta. Muitas pessoas amam verdadeiramente a raça que possuem, mas por falta de conhecimento acabam prejudicando o futuro da mesma, fazendo cruzamentos errados ou cruzando exemplares que não deveriam reproduzir.

Um esclarecimento importante é que qualquer pessoa que cruze cães se torna um criador. Isso inclui aquela vizinha que cruza seu casalzinho de salsichas uma vez por ano e diz “eu não sou criadora, só cruzo porque gosto da raça”. Do momento em que nasceram filhotes, ela virou criadora sim. É importante que as pessoas se conscientizem disso. Colocar vidas no mundo é uma tremenda responsabilidade, e um ato que deve ser encarado com seriedade.

Quantas pessoas cheias de boas intenções cruzam labradores hiperativos? De cores que não se pode misturar (não é só estética, afeta saúde e temperamento)? Golden retrievers sem controle de displasia? Rottweilers agressivos? Cockers malucos? Poodles com cataratas? Terriers histéricos, dálmatas agitadíssimos? A lista é interminável. Essas pessoas são boas pessoas, geralmente até bons donos, mas péssimos criadores. Pois mesmo sem intenção, colaboram com a degeneração da raça que tanto amam. Quem tem mais de 40 anos lembra do que aconteceu com os pequineses nos anos 80 … Então, não basta ter amor, o criador tem que ter conhecimento e responsabilidade.

 

Pergunte tudo sobre a raça

Seu padrão físico e de comportamento, as doenças mais comuns, os defeitos, as qualidades, a quem ela se adapta ou não, os cuidados necessários. Um bom criador te mostrará sempre os dois lados, até mesmo enfatizando os defeitos e dificuldades, já que geralmente são estes os responsáveis por devoluções a abandonos. Raça perfeita não existe, todas têm seus prós e contras, e nenhuma serve para todo mundo.

Desconfie de criadores que criam muitas raças, ou que mudam de raça conforme a moda.

 

2. Veja se ele conhece sua linhagem e seus cães

 

Peça explicações sobre a linhagem que ele escolheu e sobre seus cães em particular.

Em todas as raças, existem várias linhagens de cães, que geralmente foram desenvolvidas pelos primeiros criadores da raça, e/ou por criadores que tinham algum objetivo específico. Muitas vezes a diferença é física, mas geralmente diz respeito ao temperamento, coisa que influenciará decisivamente a relação do filhote com seu novo dono. Um bom criador sabe as características da linhagem de seus cães, suas aptidões e possibilidades. Um criador que não saiba que linhagem possui (tem uns que nem sabem que isso existe…), nem explique porque a escolheu … esqueça! Você certamente conhece alguém que levou para casa um lindo filhote de labrador tendo em mente um obediente guia de cegos, quando na realidade comprou um caçador de patos cheio de energia!

 

Árvore genealógica importa

Nesta hora, o bom criador vai mostar e explicar os pedigrees dos pais da ninhada, dizer porque escolheu este cruzamento e o que espera dos filhotes. É a hora de checar os exames de saúde dos pais da ninhada. Os mais comuns hoje em dia são: radiografia coxo-femural e de cotovelos, exame de patela, exames cardíacos e exames oftálmicos. Mas isso varia de raça para raça, o melhor é pesquisar sobre a raça escolhida antes da visita para saber o que pedir.

 

Os indivíduos também

Também é importante que ele conheça bem seus próprios cães. Pode parecer estranho para o leigo, mas infelizmente ainda é comum criadores ruins terem cães que vivem em canis ou gaiolas, que não convivem com o dono nem com sua família. Nesse caso, como ele poderá saber como é seu temperamento? São muito agitados? São calmos? Algum é medroso? Mordem? Então peça para ver os cães, peça para que sejam soltos com você para que você possa observar seu comportamento e interação. E peça uma descrição de cada um. Isso vale tanto para raças pequenas como grandes, e mesmo para as raças de guarda. Cães de guarda não devem ser feras assassinas, devem ser cães seguros e sociáveis na presença do dono. Lembre-se que temperamento e saúde são genéticos, então os pais e a linhagem de seu futuro bebê são muito importantes.

 

3. Sinta se o criador está querendo se livrar logo dos filhotes

 

Um bom criador cria por amor à raça, e às suas qualidades. Desta forma, a última coisa que ele/ela quer é que um de seus filhotes vá para uma família aonde não irá se adaptar e ser amado e apreciado como deve. Bons filhotes são minoria em qualquer raça, então, quem cria bem tem sempre quem queira seus “bebês” e por isso, estará mais interessado em ter certeza de que você será um bom dono do que em te convencer a comprar o filhote.

Fora isso, ele também deve ter espaço e disposição para manter os filhotes até pelo menos os 50 dias de idade. Mesmo desmamado, nenhum filhote deve sair da companhia da mãe e dos irmãos antes disso, é muito importante para seu futuro desenvolvimento.

 

4. Tem que ter pedigree sim!

 

Muitas vezes a pessoa que quer somente um companheiro pensa: não preciso de pedigree, não quero criar nem fazer exposições. Grande engano. Se você está comprando um filhote de raça, o mínimo que o criador tem que fazer é registrar toda a ninhada. Um pedigree custa hoje (maio de 2023) R$63,00, sabia? Pois é, aquela conversa que pedigree é caro é mentira de criador ruim, que vende ninhadas que não poderiam ser registradas, mas não diz isso. Ele mente, diz que é caro e aí a pessoa abre mão, achando que não faz diferença.

Outra mentira comum é que o novo dono é que tem que registrar o filhote. É impossível, só o dono da cadela mãe da ninhada pode registrar os filhotes. Mesmo com cópia de todos os documentos, o comprador nunca poderá registrar seu cão, é uma regra internacional, válida em todos os órgãos da cinofilia.

Pedigree é o mínimo

Apesar isso tudo, o pedigree garante apenas que os filhotes são puros, filhos de pais daquela raça. Só isso. Ele não garante qualidade, nem saúde, nem temperamento. Por isso são necessários os outros controles e testes, o pedigree é apenas um registro genealógico. Por isso é barato. Então pense bem, você acha mesmo que um criador que não gasta R$63,00 por filhote para registrar, e com isso provar que seu filhote é puro, vai ter feito todos os exames de saúde e seleções de estrutura e temperamento que a raça exige? Ele vai ter gasto em vermífugos e vacinas de qualidade? Ele usa alimentação de qualidade? Será?

Outra situação é a da pessoa que não registra a ninhada porque acha que não é criador (aquela vizinha dos salsichas mencionada no início do texto, lembra?), que pedigree é bobagem, o que importa é o amor pelos bichinhos. Bom, a questão é que esta pessoa não deveria estar cruzando seus cães e vendendo filhotes, pois dificilmente terá feito os controles necessários, voltamos ao problema do item 1. Se tiver feito tudo certinho, menos o registro, tudo bem, mas sinceramente, até hoje eu nunca vi isso acontecer …

Mas se você realmente não faz questão de nada disso, tudo bem, realmente é muita coisa para checar só para ter um cãozinho em casa, mas então não compre um filhote teoricamente de raça, adote um focinho carente, ele te fará tão feliz quando o de raça e não dá esse trabalho todo para escolher. Mas, se é para ser de raça, que tenha tudo direitinho, se não, não faz sentido. Por que comprar um filhote sem nenhuma garantia de origem, saúde, estrutura ou temperamento da raça escolhida? Se é para ser sem histórico, volto a dizer, melhor não comprar.

 

5. Você poderá contar com o criador no futuro?

 

Por mais que você estude e pergunte, dúvidas surgirão, e imprevistos também. Um bom criador se mostra disponível para te ajudar e assessorar durante toda a vida de seu filhote. Alimentação, exercícios, treinamento, exposições, acasalamentos, você pode resolver fazer um monte de coisas com seu filhote, e precisará de alguém experiente para lhe ajudar a tomar decisões e escolher o melhor para ele. Os assuntos de saúde devem sempre ser tratados por seu veterinário de confiança, mas um criador experiente poderá te ajudar a enfrentar eventuais problemas com mais segurança. Fora o fato dele conhecer bem a linhagem e a família de seu cão e poder dar ao veterinário informações que de outra forma ele não teria acesso. Se você nunca precisar dele, ótimo, mas ele tem que ser disponível.

 

6. O preço dos filhotes condiz com tudo isso?

 

Agora você já tem uma idéia de como funciona uma criação correta. O criador correto e ético:

  • só usa cães dentro do padrão
  • faz os exames de saúde necessários
  • faz os testes de temperamento necessários
  • não acasala cães com faltas para a raça
  • registra e microchipa seus filhotes
  • usa uma boa alimentação
  • vermifuga e vacinas seus filhotes

Além disso, ele estuda a evolução da raça, vai a eventos, conversa com as pessoas, enfim, dedica uma parte de sua vida e seu tempo a seus cães.

Sabendo disso tudo, quando custa um filhote desses ?

Não dá para botar um preço fixo aqui, até porque tudo isso varia de raça para raça e até de estado para estado, mas leve em conta que esse filhote nunca poderá custar R$500,00, como aqueles do anúncio no Mercado Livre. O bom criador não vive da criação, mas sempre precisa pelo menos repor parte do investimento que faz e dos gastos que tem com seus cães, então deverá cobrar um preço justo por seus filhotes. Leve em conta que seu cão deverá viver uns 12 anos, então o preço de custo dele será o menor dos seus gastos …

 

Que tal adotar ?

Mais uma vez vou lembrar: você não quer nada disso? Achou tudo um exagero? Tudo bem, adote um filhote sem controle, mas não compre! Não ajude os fabricantes de cães a produzirem filhotes que muitas vezes terão problemas de sérios de saúde e/ou de temperamento para ganhar dinheiro fácil. Milhões de cães são sacrificados em abrigos todos os anos, e um grande número destes nasceu na casa de alguém ou num canil de fundo de quintal, não nas ruas. A única forma de acabar com a má criação e o comércio indiscriminados de cães é através da conscientização dos compradores. Bons criadores são necessários, pois sem eles as raças acabariam, aliás, sem eles as raças nem existiriam. São pessoas dedicadas, apaixonadas e perseverantes, que merecem todo apoio e respeito. Maus criadores têm que acabar, faça a sua parte.

Links relevantes: Confedereção Brasileira de Cinofolia, Brasil Kennel Klub, GARRA, Quatro Patinhas, Focinhos de Luz e outras ONGs.

Artigos imortantes para a saúde do seu filhote: Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Cachorro chato para comer

Canicross

Da série – Esportes para praticarmos com nossos cães

 

O Canicross foi criado na França em 1982 pelo veterinário Dr. Gilles Pernound. Seu objetivo inicial era desenvolver um método de socialização e exercício para o cão. Mas a técnica caiu na graça de todos, logo se transformando em um esporte.

O hoje famoso esporte de “Corrida Cross Country com Cães” é simples, saudável e muito divertido para você e seu melhor amigo.

Vocês correrão em terreno rústico juntos, atrelados por uma guia elástica. Em uma ponta ela estará conectada a um cinto na sua cintura. Na outra ponta, a um peitoral de tração colocado no peludo. Isso mesmo … de tração! Parte da emoção é que na maioria das vezes o cão é mais rápido que o condutor! Então … ele acaba dando uma boa ajuda, principalmente nas subidas!  Como a guia é elástica, nunca há tranco em nenhuma das partes e é possível curtir a natureza em harmonia com seu peludo no trajeto.

Mas tem que correr muito?

Já cansou só de ler? Calma, saiba que você pode só andar, não precisa correr! O esporte pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer idade. Só é preciso um mínimo de condição física já que você pode começar caminhando, ou seja, fazendo um bom passeio com seu peludo em meio à natureza. Conforme for pegando o jeito, você começa a correr um pouco, e vai correndo mais conforme se sentir confortável. Ou não. Tem gente que faz a prova toda andando e é a maior diversão do mesmo jeito! O importante é se divertir, se exercitar e exercitar o peludo, ao ar livre, curtindo a paisagem e a natureza.

Quem pode praticar Canicross?

Para competições, não existe um limite máximo de idade para condutores, mas a idade mínima é 7 anos para distâncias curtas. Já para os cães, a idade inicial é de 1 ano. A máxima não é estabelecida, deverá ser avaliada pelo condutor consciente e seu veterinário. O Canicross não requer pedigree e são permitidos cães de todas as raças incluindo cães sem raça definida. Hoje o esporte tem duas federações internacionais.

O que preciso ter para começar no Canicross?

Fora a sua disposição, apenas do kit, aquele composto da guia elástica, cinta para você e peitoral para o peludo. Existem várias marcas que vendem esse kit no mercado, é fácil de encontrar, procure na internet.

Saiba mais:
Associação Brasileira de Canicross e Esportes Similares (ABCAES)
http://www.abcaes.com

Quer ver mais esportes com cães? Leia nossos textos sobre Agility e SurfdogAgility .

Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

 
Olá gateiro!

No post de hoje vamos falar sobre a sua casa, e como fazê-la interessante e boa para a saúde e bem estar do seu gato, para que ele tenha uma vida longa e feliz ao seu lado! Aprenda o que é enriquecimento ambiental para gatos e como usá-lo em sua casa.

Segurança

A maioria de nós já sabe que, apesar de não ser “natural” para um gato morar dentro de um apartamento ou de uma casa, essa é a melhor opção para ele nos dias de hoje. Gatos que moram na rua, vivem soltos, ou “dando voltinhas”, têm expectativa de vida até 4 vezes menor que gatos de vida restrita, sendo muito mais expostos a vírus, outros agentes causadores de doenças, acidentes, brigas, atropelamentos, envenenamentos acidentais e à maldade humana em geral. Além disso, eles podem virar presas de cães ou animais selvagens, ou mesmo de outros gatos. Brigas feias entre gatos são comuns, e os perdedores tendem a ser os gatos “pet” que não tiveram tantas oportunidades de treinar suas habilidades de luta na vida de rua.

Por isso nós recomendamos que nossos pets felinos vivam 100% dentro de casa, com as janelas, varandas e muros telados, e tenham acesso externo apenas em áreas protegidas ou usando coleira e guia.

Tendo dito isso, não só é possível, mas muito importante, tornar a sua casa um ambiente agradável, estimulante e mais “natural” para seu gato, para que ele se mantenha ativo e feliz. Seu pequeno tigre precisa de estímulos físicos e mentais para se manter saudável, afinal, ele é fruto de milênios de evolução em ambientes inóspitos e altamente exigentes.

Então, a forma de ajudar seu pet a aproveitar a vida dentro de casa é através do enriquecimento ambiental.

O que é Enriquecimento Ambiental?

Enriquecimento Ambiental quer dizer aprimorar o ambiente dos animais para melhorar sua saúde e qualidade de vida, trazendo para seu dia a dia estímulos aos seus comportamentos naturais. Estudos mostram que enriquecer o ambiente de gatos saudáveis e dos gatos com doenças crônicas reduz comportamentos associados à somatização, e mesmo aos sintomas reais da doença.

Enriquecer o ambiente de um gato significa colocar ou mudar coisas na casa que o encorajem a realizar ou imitar atividades naturais de um felino, como escalar até um ponto mais elevado, calcular trajetórias, pular, se equilibrar ou caçar “presas” como brinquedos ou petiscos.

Outro ponto é que, como gatos são presas de outros animais na natureza, eles são naturalmente assustadiços e reativos, portanto deve-se focar também em criar um ambiente seguro, reduzindo eventos externos que causem ansiedade e medo, como mudanças bruscas em sua rotina ou casa. O objetivo é maximizar a sensação de controle do gato sob suas circunstâncias para que ele possa relaxar e exibir seus comportamentos naturais.

Por isso, mesmo no processo de enriquecimento, nunca tente forçar seu gato a aceitar nada. Caso você adicione algo novo ao ambiente, como um arranhador grande ou uma passarela, deixe que ele o descubra sozinho e no seu tempo. Uma ótima ideia é se utilizar de estímulos saudáveis para atraí-los para o novo playground como, por exemplo, borrifar catnip nas peças, brincar com varinhas perto do parquinho ou tentar despertar seu interesse colocando petiscos nos degraus no parquinho conforme ele for subindo.

Cinco áreas chave para o ambiente perfeito para o seu gato

Estes são os principais componentes do ambiente ideal de um gato:

  1. Uma área segura para se alimentar, beber água e ir ao banheiro. Na natureza gatos não apenas caçam presas, eles são presas para outros animais. Eles se sentem muito vulneráveis ao se alimentarem, beberem água ou quando fazem suas necessidades. Esta vulnerabilidade pode causar estresse se os comedouros ou caixa de área ficam em local barulhento ou movimentado da casa. Estes elementos básicos devem estar sempre localizados em locais calmos e silenciosos para que ele não fique nervoso ou ansioso.
  2. Um local para escalar e arranhar e um local para se esconder e descansar. Gatos são escaladores e arranhadores naturais. Estes são comportamentos instintivos para eles. Seu gato também precisa de um local para descansar e se esconder onde ele se sinta protegido e seguro. Isso é importante para que ele se sinta em controle do seu ambiente.
  3. A consistência na interação com humanos também é uma forma de enriquecimento ambiental. Seu gato se sente melhor quando sua rotina diária é previsível. Realizar pequenos rituais, quando você sai de casa, epode ajudar o seu gato a se sentir mais confortável com suas as idas e vindas. Um ritual pode ser algo simples como dar um petisco ao sair e fazer um afago ao voltar. A hora de brincar também deve ser consistente. Descubra que tipo de brinquedo (presa) é a preferida e, no tempo dele, o estimule a brincar. Ao fim da brincadeira, premie seu gatinho com uma “presa” de petisco ou mesmo comida.
  4. Estímulos sensoriais apropriados. Pense nos sentidos da visão, audição e olfato. Alguns gatos amam olhar pela janela. Outros ficam hipnotizados por peixes em um aquário. Alguns até gostam de vídeos de gatos na televisão! Também é importante oferecer estímulos auditivos. Alguns prestam atenção em música, outros no som da televisão, ou em brinquedos que apitam. Já o olfato aguçado do seu gato pode ser estimulado com ervas (não tóxicas, é claro) ou feromônios sintéticos para gatos. Se você tiver uma varanda ou área externa telada e segura, ele certamente gostará de ficar lá fora. Eles adoram ver as novidades, ouvir sons diferentes e sentir novos cheiros. Se não tiver, pense em fazer um canto para ele com acesso seguro ao mundo exterior. Uma “gaiola” no burado do ar condicionado pode ser super legal. E não esqueça dos passeios de coleira, que não são apenas para os cachorros! Muitos gatos gostam de passear de peitoral e guia. O ideal é ir acostumando-os aos poucos e nunca forçar caso seu gato demonstre desconforto.
  5. A companhia de outros gatos. Ter 2 gatos em casa é geralmente melhor do que ter um só. Apesar de não serem animais de matilha e terem uma complexa estrutura social, a maioria dos felinos gosta de ter um “irmão”. As brincadeiras entre eles podem durar horas e são muito saudáveis. Também é bom para você! Você terá a tranquilidade de saber que seu bigodudo não estará sozinho em casa quando você for passar o fim de semana fora. A forma como gatos interagem uns com os outros é muito diferente dos cães. É mais difícil prever como dois gatos não criados juntos vão se dar, mas existem algumas estatísticas. Fêmeas tendem a se dar melhor com outros gatos do que machos. Machos não castrados podem ser bastante difíceis de socializar. Machos castrados e fêmeas geralmente se dão bem. Existem estratégias para minimizar problemas e ajudar na socialização quando se introduz um gato novo em casa. O ideal é conversar com um veterinário ou especialista em comportamento felino para indicações. Também existe muito material na internet com dicas valiosas.

O que é somatização?

Mais acima falamos de somatização, que é característica importante na saúda dos gatos. Gatos costumam demonstrar sintomas psicossomáticos quando não estão relaxados e felizes em seu meio ambiente. Esses são sintomas e comportamentos não específicos que podem incluir um ou mais dos seguintes:

  • Vômito ou diarreia;
  • Queda repentina de pelos;
  • Infecções como otites, gengivites e infecções urinárias;
  • Desinteresse por comida, higiene ou interação com outras pessoas ou pets;
  • Prostração, dormindo mais do que o normal;
  • Fazer as suas necessidades fora da caixa de areia;
  • Agir como se estivesse com dor.

Esses sintomas se desenvolvem quando um gato não consegue interagir de forma natural e satisfatória com seu meio ambiente e com isso se estressa. Aí, ao invés de ter um comportamento normal como caçar, brincar e explorar, eles parecem estar doentes ou se recuperando de uma doença, mesmo quando esta doença não existe. A mesma resposta fisiológica e comportamental que um gato teria a uma infecção pode se dar por mudanças indesejadas ou falta de estímulo no seu meio ambiente. Estudos recentes demonstraram que estresse psicológico pode causar uma real resposta imunológica nos gatos.

Então, se seu gatinho começar a apresentar alguns desses sintomas, leve-o para um check up com seu veterinário de confiança. Na falta de uma doença existente, pense que pode se tratar de um quadro psicossomático. Nesse caso, reveja seu ambiente e rotina com ele.

Esses são os pontos mais importantes sobre esse assunto. Mas, para dar aos nossos felinos uma vida saudável e divertida, vale usar a imaginação! Você tem alguma dica bacana de atividades, brinquedos ou outros elementos que seus gatos amam e que enriquecem o seu ambiente? Conta para a gente!

E não podemos esquecer que uma alimentação adequada também é muito importante para uma vida saudável e feliz! Opte uma comida de verdade, natural e biologicamente apropriada para ele. Indicamos a leitura de dois artigos nossos sobre o assunto:
Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade.