Comida Pet de Verdade!
Entregamos no RJ e em SP !

Alfabetizar o meu cachorro? Será?

Com a chegada do Dia Mundial da Alfabetização, me peguei pensando no quanto aprender a ler muda a vida de uma pessoa, e o que seria o paralelo disso para nossos cachorros.

A resposta foi bem fácil: treinamento básico.

Aprender o que as palavras significam, e como se comportar no dia a dia, abre um novo mundo para nossos cães, onde a comunicação conosco é mais clara, gerando uma relação mais forte e prazerosa e diminuindo o stress que a falta de comunicação muitas vezes trás para eles, obrigados a dividir conosco uma  vida urbana para a qual não foram criados.

Para um cão não é obvio que não se deve pular nas pessoas, correr atrás de pombos na rua, ou tentar matar skates com adolescentes em cima …

Numa vida mais “natural”, nas fazendas, cidade antigas ou onde quer que suas raças tenham sido selecionadas, a convivência entre cães e humanos era completamente diferente. Cães eram animais de trabalho, tinham funções a cumprir e eram criados a partir dos exemplares que cumpriam bem essas funções. Eram cães pastores, guardas de rebanhos e de casas, caçadores de roedores, caçadores de grandes animais (junto a seus condutores armados), farejadores, apontadores de aves, retrievers, etc.  A relação era íntima, mas ao mesmo tempo funcional.

Um Border Collie que atacasse ovelhas ou crianças, um Rottweiler que matasse bezerros ou um Jack Russel que avançasse no seu dono seriam descartados. Ninguém ia “perder tempo” corrigindo comportamentos errados em cães que deveriam estar ajudando no trabalho e não dando mais trabalho ainda. Era uma “seleção natural” nada natural … mas era. As raças “de companhia” surgiram bem mais tarde, nas cortes, e era mais ou menos a mesma coisa.

Com isso sobreviviam os exemplares que aprendiam rápido, gostavam de obedecer seus humanos e eram úteis. Assim a base da maioria das raças se formou.

Agora entremos numa máquina do tempo e desembarquemos em 2024 numa cidade como Rio ou São Paulo, como o nosso Labrador, Golden Retriever, ou Buldogue, na guia. Basicamente nada do que eles instintivamente querem fazer pode, rssss. Esta é a triste verdade.

Só que nós esquecemos do outro lado da máquina do tempo aquele camponês durão, que acordava, trabalhava, socializava e dormia com seu cão aos seus pés, interagindo, ensinando e corrigindo, e que deixava o filhote meio largado andando atrás dele e do cão adulto o dia todo para ele aprender.

Nós trabalhamos o dia todo, temos mil afazeres todos os dias, mas queremos que nosso cachorro seja um companheiro perfeito quando vamos passear no parque nos fins de semana. Mas … quem ensinou a ele o que é ser um companheiro adequado nos dias de hoje? Quem mostrou o que pode ou não pode? Ou como usar aqueles instintos e impulsos que sua genética trás há gerações? Quem ensinou que “não pula na vovó” significa “mantenha as 4 patas no chão ao chegar perto da vovó”, ou que a guia é uma segurança para ele e para os outros e não o cabo de um trenó ou carroça?

Ah, mas eu não tenho tempo! Não mesmo? Será? São precisos 20 minutos por dia, todos os dias, por 3 a 4 meses para “alfabetizar” um cachorro. Bem menos do que nós exigimos dos nossos pais e professores na nossa época, né?

Isso quer dizer 20 minutos por dia de interação, para ensinar a ele as 6 palavras básicas, com as quais fazemos frases que resolvem a maioria das situações quotidianas: “junto”, “senta”, “deita”, “fica”, “vem”, “não” e “ok”. Você pode usar outras palavras, mas a base, a “alfabetização” canina é essa. Se depois você quiser que ele vire Machado de Assis, é outra coisa. Pode ser super divertido, fará um bem enorme a ele, mas não é uma necessidade. O básico é.

A maioria dos cães aprende rapidamente em torno de 30 palavras. Com um pouco de ajuda e repetição chegam a 50, 100 sendo o recorde de Chaser, um Border Collie que sabia o nome de mais de mil brinquedos, fora as palavras do dia a dia.

Depois de alfabetizado, basta mostrar para ele como usar as palavras para moldar os comportamentos desejados no dia a dia. Assim como para sairmos do B+A = BA para ler nosso primeiro livro foi preciso tempo e treino, para ele também será, e esse processo pode ser tão fascinante quanto.

Aprender a ler muda a vida de uma pessoa, e deveria ser um direito de todos os humanos.
Aprender a língua dos humanos e a convivência no nosso mundo muda a vida de um cachorro, e deveria ser um direito de todos os cães.

Gostou deste texto? Dá uma olhada nos nossos outros! Tem sobre como escolher o cachorro mais adequado para você (usar link), sobre como lidar com seu cachorro se ele for
chato para comer e muito mais. E para ter ajuda na hora de treinar o seu peludo, indicamos a LordCão Treinamento de Cães 😊.