Comida Pet de Verdade!
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O passeio perfeito, existe ?

Este fim de semana eu estava vendo uns vídeos de “vida na fazenda” (sim, eu vejo essas coisas…), e prestando atenção nos cães, claro. Eles corriam, nadavam, sassaricavam o dia todo atrás dos humanos, até cansarem e se jogarem cada um num canto para repor as energias para o dia seguinte. É, assim é fácil ficarem em forma, saudáveis e felizes, pensei (com um ponta de inveja, admito), mas …  e a gente que mora “na Capital”? Gastar a energia e manter nossos cães saudáveis é um desafio diário.

É fácil dizer – tem que passear com o cachorro – mas como fazer disso um momento efetivo para ele e agradável para todos, no meio dessas selvas de pedra em que vivemos? Será que existe o passeio perfeito?

Comecemos entendendo que o passeio tem várias funções: gastar energia, gerar condicionamento físico, reforçar o senso de matilha e a hierarquia interna desta, relaxar a cabeça, e proporcionar estímulos mentais. É um momento de conexão, aprendizado e enriquecimento físico e mental.

“Passeio” pode ser desde a famosa “volta no quarteirão”, até uma corridinha matinal, uma bela caminhada no parque, sair para almoçar na beira da praia com amigos ou visitar aquela tia no domingo à tarde. Tudo isso pode trazer todos os benefícios que listamos no parágrafo anterior, principalmente porque, no dia a dia, provavelmente você fará uma mistura disso tudo. Caminhar no parque ou na praia todo dia é um privilégio para poucos, mas nos fim de semana ou feriados pode ser um super programa – passeio no parque ou praia, emendando com almoço com amigos no restaurante pet friendly e depois um filme na casa da tia! Dia perfeito para você e seu cão!

Não existe o “passeio logo demais”, o peludo pode passar literalmente o dia inteiro na rua com você, será ótimo para ele. Só é preciso, claro, bom senso em relação a aonde ir, e se é viável para o seu cachorro. A temperatura ambiente, por exemplo, pode ser um impeditivo dependendo do cão ou da época do ano, excesso de barulho também. Use o bom senso.

Mas não importa para qual tipo de passeio, precisamos começar pelo começo, já que para que o passeio com seu peludo traga todos esses benefícios, o é preciso que algumas etapas aconteçam:

* Preparo

Essa etapa é muito importante, pois ela define para o cachorro o “tom” do que vai acontecer. Se a gente agita o ambiente, sai sem regras, fazendo bagunça, ele sairá de casa todo agitado e sem controle, em excitação pura e será muito difícil reverter esse estado de espírito depois. Na maioria dos casos, o melhor a fazer é ter uma saída focada e organizada.

1. Colocação da coleira e guia

O ideal é ensinar o peludo a sentar para colocar a coleira e guia. Se ele ainda não souber, e você não quiser ensinar, pelo menos use um petisco para chamar a sua atenção, e só coloque a coleira quando ele estiver quieto. Mantenha-se com uma postura tranquila e paciente, pois pode demorar um pouco para ele sossegar no início, se já está acostumado a ficar agitado e você dando um jeito para colocar a coleira no meio da confusão. Rapidamente ele vai aprender que este é o início previsível de uma atividade prazerosa, que para ir a diante ele precisa ficar quieto, e ficará.

2. Saída do apartamento/casa

Não permita que o cachorro saia correndo pela porta. Peça para sentar, espere que ele esteja calmo e só então abra a porta. Uma vez a porta aberta, ele deve esperar que você dê o primeiro passo para sair, e sair com você de forma “civilizada”. Repita esse procedimento até que ele espere calmamente mesmo diante de estímulos externos, como outros moradores ou sons no corredor. Esta rotina ensina autocontrole e mostra que, para avançar, ele precisa estar tranquilo. Também reforça o seu papel de líder desse time, e tomador de decisões durante o passeio.

3. Elevador e saída do prédio

Ao esperar e entrar no elevador, faça a mesma rotina de saída do apartamento. Aqui ela é especialmente importante, já que ao abrir a porta do elevador você precisa ver se está ok para ele entrar. Pode ter morador que tem medo, outro cachorro, carrinhos de bebê, feira, bicicleta … enfim, elevadores são eternas surpresas e ele tem que esperar você dizer que pode entrar. No hall ou nas áreas comuns do prédio, mantenha o controle e esteja atento para evitar, ou manejar adequadamente, encontros com pessoas ou outros animais.

* Durante o Passeio

Ao sair do prédio, leve-o logo a um lugar adequado (canteiro, meio fio, etc) para aquele primeiro e esperado xixi. Deixe que cheire um pouco em volta e se alivie o quanto precisar. Não esqueça o saquinho coletor de fezes e evite que ele faça xixi onde as pessoas passam. Feito isso, é hora de começar a caminhar.

1. Ritmo e foco

Defina um primeiro estirão de caminhada, ou seja, até onde vocês caminharão sem pausar. Pode ser um quarteirão, ou dois, ou mais, vai depender de você e do seu peludo. Para um Chihuahua, um quarteirão já é um tanto, para um Labrador é quase nada.

Caminhe com ritmo até onde definiu, sem paradas para cheirar ou marcar todos os postes do caminho. Se ele tentar parar, não deixe, agora é hora de focar em você e no exercício e não no mundo a volta. Ele deve andar ao seu lado, nem na frente, nem atrás, e sem zigue zagues. Isso não significa rigidez, mas estrutura e segurança, já que você verá coisas no chão, ou mesmo outros cães ou pessoas que surjam no caminho ao mesmo tempo que ele, e não só depois como acontece quando ele vai lá na frente. Isso também reforça o sentido de companheirismo e conexão, afinal, vocês estão passeando juntos! Não se deixe arrastar, nem o arraste, se ele não sabe ainda andar ao lado, procure um treinador para te ensinar como fazer.

Dica: Fazer meia volta sempre que ele adiantar, muitas vezes ajuda. Nos primeiros dias você parecerá meio doido(a), indo e vindo vinte vezes no mesmo caminho, e pode demorar para o passeio avançar, mas é um bom investimento no futuro.

2. Momentos para cheirar

Chegando ao ponto pré determinado por você, é hora de relaxar um pouco e cheirar em volta, fazer mais um xixi e quem sabe socializar um pouco. O olfato é a principal forma dele interpretar o mundo, então respeite esses momentos de exploração, eles o ajudarão a relaxar e aumentam sua satisfação.

Você pode intercalar vários períodos de caminhada com de relaxamento, ou pode ter uma grande caminhada, por exemplo até o “Parcão”, e lá ele vai cheirar e relaxar por um tempão. O importante é ter ambas as fases no passeio.

Dica: Estabeleça sinais claros: um comando como “vamos” na hora de andar, e “pode cheirar” quando for a hora, para que ele saiba o que você espera dele.

3. Interações sociais

A socialização, tanto com humanos quanto com outros cães é muito importante, desde que de forma controlada e respeitosa. Observe a linguagem corporal do seu cão. Ele gosta de estranhos? Gosta de outros cães? Se ele gosta, ótimo, nos momentos de relaxamento, ele deve interagir o máximo possível, tanto com humanos como com outros cães. Mas sempre observe o outro cão antes de permitir aproximação, e pergunte ao seu tutor se a interação é bem-vinda, já que pode ser que o outro cão não seja sociável. Principalmente para cães jovens socializar é muito importante. Porém, essas experiências devem ser tranquilas e positivas, então evite situações que possam assustá-lo e gerar uma resposta agressiva, tanto com humanos quanto com outros animais.

Mas se seu cão não gosta de estranhos, nem de outros cães, respeite-o. Avise as pessoas que ele não gosta de ser tocado ou cheirado. Não force interações que o deixem com medo ou agressivo. Mas ao mesmo tempo ensine-o a tolerar a presença de pessoas e outros cães ao seu redor. Ele não precisa interagir, mas não pode agredir, isso é educação e ele tem que aprender, já que só assim poderá ir com você a qualquer lugar.

Dica final: O passeio ideal é aquele que equilibra exercício, disciplina, cooperação e a possibilidade do cão exercer seus comportamentos naturais. Lembrando que cada cão é um indivíduo, seja observador, paciente e consistente. Esse momento, além de essencial para a saúde física e mental do cão, é uma oportunidade valiosa para estreitar os laços de confiança e respeito e amor entre vocês, aproveite!

Se a gente não pode … eles podem?!

Essa semana me peguei, mais uma vez, lendo rótulos no supermercado e tendo um trabalhão para decidir o que comprar ou não, pensando o que quero ou não colocar para dentro do meu corpo, já tão exigido nessa vida corrida e estressada que levo hoje. Siglas e nomes estranhos para conservantes, corantes e açucares disfarçados … que coisa cansativa! Comecei a pensar em como anda difícil comer nos tempos atuais …

Quando o assunto é nutrição, para qualquer espécie, existem várias linhas de pensamento diferentes: onívoros, carnívoros, vegetarianos, veganos, keto, low carb, paleo, grain free, plant based e muito mais. Cada linha tem seus defensores e detratores, mas tem um ponto no qual todo mundo concorda: o maior mal da alimentação atual são os ultraprocessados. Ninguém discorda que a nossa saúde precisa de mais comida de verdade e de menos caixinhas e latinhas. Existe até o lema – escasque mais, desembale menos.

Então por que quando falamos dos nossos amados pets, ainda achamos normal que eles passem a vida comendo ultra processados feitos com subprodutos rejeitados no mercado humano e cheios de siglas e nomes misteriosos? O que nos levou a aceitar tão facilmente que bolinhas secas fossem a melhor opção para nossos cães e gatos?

Eu tenho um pensamento sobre isso, que vou dividir aqui com vocês.

Acho que tudo começou com uma informação verdadeira e importante: cães e gatos têm necessidades nutricionais diferentes das nossas e por isso a comida deles precisa ser feita especificamente para eles. Restos da nossa comida não podem ser dados aos nossos pets, a não ser que seus pets sejam as minhocas na composteira … e mesmo assim tem coisa que não pode.

Há uns 30 anos, quando houve o boom das rações, essa informação genuína foi usada para criar uma grande insegurança em relação a se fazer a comida dos pets em casa. Por certo ângulo, isso foi bom, já que é um ponto muito importante e que era pouco falado. Mas por outro foi muito conveniente para essa grande indústria que começava sua expansão.

Junto com isso houve a grande migração das pessoas de casas para apartamentos, a diminuição dos núcleos familiares, dos espaços, o aumento de gente morando sozinha e a falta de tempo ou mão de obra em casa para cozinhar para si, quanto mais para o pet. Eu mesma, quando tive meus primeiros gatos e depois os cães, levei em conta que comeriam uma boa ração, e eu não precisaria pensar em comida para eles. É prático demais ter um saco de uma coisa que não estraga num cantinho, e servir uma caneca de manhã e outra a noite para os peludos.

O tempo passou, as rações foram se desenvolvendo e especializando cada vez mais, o marketing foi ficando mais atrativo, as fórmulas também, e nós esquecendo que todo ser vivo precisa de comida de verdade, não só de premix vitamínico-mineral, para viver bem.

Isso durou até uns 15 anos atrás, quando alguns veterinários e tutores começaram a questionar se o grande aumento das doenças em pets e o fato de aparecerem cada vez mais cedo, poderia ter relação não só com o “estilo de vida moderno” que os pets passaram a ter, mas também com a sua alimentação. Nutricionistas veterinários foram aparecendo e se multiplicando nas clínicas (eles sempre existiram, mas trabalhavam para as fábricas de rações), o assunto alimentação natural tomando força e os resultados positivos aparecendo aos montes.  

Surgiram as primeiras empresas de alimentação natural para cães e gatos, com estudos e pesquisa sérias, contratando nutricionistas de ponta para formularem receitas completas e adequadas para seus clientes. Nós da Okena PetChef estamos nesse grupo pioneiro, e orgulhosas de fazermos parte desse lindo movimento de volta à saúde alimentar. Se você quiser saber mais dessa história, dá uma olhada nesse link.https://blog.petchef.com.br/diversos/conhecer-para-cuidar-sobre-lendas-e-porque-eu-resolvi-fazer-alimentacao-natural-para-pets/

Quando à praticidade, depois de inventado o ultra congelamento a vácuo e a entrega em casa … tudo resolvido. Tirar um saquinho da geladeira, abrir, servir metade e guardar o resto para depois é fácil demais! E com isso nossos pets ganham ingredientes frescos, como os da nossa comida, cozidos no vapor, sem conservantes, sem corantes e sem siglas ou números misteriosos. Somente o máximo de sabor e nutrição. Parece uma escolha óbvia, não?

Mas uma questão ainda continua … por que muita gente ainda tem resistência em trocar as bolinhas secas por comida de verdade? Por que as grandes marcas ainda geram mais confiança que os profissionais da nutrição ou as empresas menores que os contratam?   

Eu acho que é um processo. Assim como nos anos 80 muita gente acreditava no discurso marketeiro de que “fórmula” era melhor que leite materno, e papinha Nestlé tinha tudo de bom para os bebês, nós resistimos a aceitar que o saco da empresa famosa alí no canto não é a melhor comida para o meu pet. E ainda temos desconfianças em relação a empresas pequenas e profissionais autônomos, que curiosamente não temos em relação às grandes indústrias impessoais.

Ah, e ainda tem a questão que para nós, humanos, tem a parte do apego às porcarias, que é grande e difícil de mudar. É praticamente impossível alguém preferir um prato de salada a uma boa pizza, é fato! Mas para os pets … nem isso! É fácil demais mudar, pois eles adoram comida de verdade!

Preciso fazer uma ressalva em relação a tudo isso que falei. É o caso muito especial dos abrigos, ONGs de resgate, cuidadores de animais de rua ou comunitários e outros que manejam um grande número de animais. Nesses casos, a máxima “o ótimo é inimigo do bom” é verdadeira. As rações secas acabam viabilizando uma nutrição mínima, mas adequada, para essas populações. As chamadas “rações de combate” já salvaram da fome milhares de animais. Mas isso é outro assunto, que merece ser tratado com a devida atenção em outro momento.  

Então, para finalizar, deixo esse pensamento: Até onde a resistência a mudanças, aliada ao comodismo, pode estar custando a saúde dos nossos amados companheiros de 4 patas? Vamos pensar nisso?


Rio, abril de 2025
Daniela Prado
Sócia Fundadora Okena PetChef
Especialista em Comportantento LordCão Treinamento de Cães

Gostou desse texto? Quer saber mais sobre longevidade para seu pet? Ou sobre superalimentos fáceis de oferecer para seu pet? Ou aprender a manejar um peludo “ruim de boca”? Temos tudo isso aqui no Blog, divirta-se!

Conhecer para Cuidar: sobre lendas e porque eu resolvi fazer alimentação natural para Pets

Há 12 anos, a Okena nasceu de um desejo muito claro: mudar a forma como alimentamos os nossos pets.

Mas essa história começou anos antes, com duas perdas dolorosas que me fizeram questionar o que eu achava que sabia sobre alimentação para cães. Eu sempre cuidei de bichos, (sim, fui uma daquelas que ganhou o pintinho na feira que virou galo em casa…). Sempre segui as recomendações tradicionais, oferecia ração de qualidade, não misturava nada, e confiava que aquilo era o certo, o melhor. Mas a vida me ensinou de um jeito difícil que o “tradicional” nem sempre é o melhor.

Tem tantos mitos nos quais a gente acredita sem questionar … quando fiz minha formação de treinadora comportamentalista na LordCão, aprendi sobre vários, e por anos ajudei meus clientes a superarem essas falsas crenças que tanto atrapalham a vida dos cães e suas famílias. Mas de alguma forma, o mito da ração  industrializada permaneceu, as informações passadas pela indústria da alimentação animal sendo aceitas sem questionamentos.

Em 2005, eu tinha 5 cães, e de repente, em 2 anos perdi dois para o câncer, e a terceira acabava de ser diagnosticada. Todos com menos de 10 anos. Companheiros incríveis, para quem eu achava que dava tudo do bom e do melhor … não fazia sentido. Como cães tão bem cuidados poderiam desenvolver doenças tão graves tão cedo? Não podia ser “só genética”. Foi quando resolvi questionar o que sempre aceitei como verdade e a virar noites pesquisando e estudando.

Achei muita coisa interessante sobre o impacto da alimentação natural, mas tudo “lá fora”, até que … caí num grupo de alimentação natural para cães no Oktuk! Criado pela maior autoridade no assunto do Brasil, a Veterinária e Prof. Flávia Saad, da Universidade Federal de Lavras, era um fórum onde ela dividia estudos e dados, e ajudava quem queria fazer comida em casa. Eram verdadeiras aulas!

Não existiam empresas desse ramo no Brasil, então cada um tinha que se virar. Rapidamente eu, vegetariana, estava comprando não só o dobro dos meus legumes, mas também coração bovino, pescoço de frango, músculo, fígado, mocotó, sardinha …  eu ria para não chorar olhando meu carrinho. Mas Boneca merecia, todos mereciam. Ela ficou super bem, não emagreceu, não enjoou, e ficou linda e feliz até o dia em que São Francisco a quis como companhia, 3 anos depois.

A essa altura eu já tinha entendido que a conversa de “tecnologia na alimentação” era bem questionável e a alimentação natural tinha passado a ser regra em casa, para cães e gatos. Comprei um freezer, um belo processador e uns panelões. 3 horas dos meus domingos eram dedicadas a fazer comida para meus bichos, para a semana toda. Os resultados foram incríveis! Gita, que lutava com a obesidade desde sempre, àquela altura comida um pingo de ração e vivia com fome, entrou em forma em 3 meses, comendo um pratão e feliz da vida. Ludwig foi para a Exposição Nacional do Rottweiler e as pessoas ficaram loucas com sua forma física. Nessie e Vidya, ainda filhotas cresciam lindas e felizes. E os gatos … bom, na época tinham 12 anos. Uma viveu até os 20 anos, e o outro até os 21 … isso diz tudo, né?

Nas minhas consultorias comportamentais o tema central era sempre o bem estar do cachorro, além da harmonia na família. Eu ensinava as pessoas a ensinarem seus cães a conviverem na família e em sociedade, para que tivessem uma vida plena e feliz. Falávamos de todos os aspectos importantes, treinamento, educação, exercícios, afeto e … alimentação.

Na hora de falar de comida, eu dizia que fazia em casa e era um reboliço. Todo mundo achava o máximo, queria fazer também, mas … não tinha tempo, não tinha espaço, não tinha receita, etc, etc.

– “Abre uma empresa, Dani, abre!” Era o que eu mais ouvia. E morria de pena dos cachorros. Eu via a diferença na minha casa e queria espalhar a ideia. 

Então fui pensando: Eu abri a primeira hospedagem-spa do Rio, com espaço, interação, piscina e felicidade ao invés de canis ou gaiolas. Com a LordCão revolucionamos o conceito de adestramento, introduzimos aulas em grupo e a prática de ensinar ao dono, e não ao cão. Porque não “inventar moda” de novo e criar  a primeira cozinha de alimentação natural da cidade? Quem sabe …

E aí, como as coisas acontecem quanto têm que acontecer, apareceu na minha aula em grupo uma moça chama Antonia com uma filhote de Akita. Conversando, ela disse que só tinha conseguido controlar as alergias da Okami fazendo comida em casa … e então … alguns almoços depois …  nascia a PetChef. Foram meses de planejamento, obras, contratação de nutricionista, testes de receitas, sistema, site e todo o resto, até que em março de 2013 abrimos nossas portas!

E o resto é história! Crescemos, amadurecemos, pessoas saíram, outras entraram, nos mudamos, trouxemos dois dos melhores nutricionistas para nosso time, as melhores máquinas e os processos mais seguros, inovando sempre. Tudo isso sempre com cuidado e atenção de gente que gosta de verdade de animais e de fazer comida!

Depois de 12 anos, é muito bom ver como essa decisão impactou tantas famílias. Cada mensagem que recebemos, cada pet que ganha mais saúde e vitalidade, me confirma que esse caminho faz sentido.

Se há algo que aprendi nessa jornada, é que precisamos conhecer para poder cuidar. A Okena existe para quem, como eu, acredita que nossos animais merecem mais do que o básico. Eles merecem respeito, amor e escolhas conscientes.

Celebrar esses 12 anos é celebrar cada cliente que decidiu olhar além, que entendeu que saúde começa no prato e que optou fazer parte dessa mudança. Obrigada por fazer parte dessa história! Seguimos juntos, sempre aprendendo, sempre evoluindo.

Rio, março de 2025
Daniela Prado
Sócia Fundadora Okena PetChef

Cuidando deles e de você

Coisas que só acontecem com quem tem pets…
Eu ontem ouvi do meu médico o seguinte; “se você fizesse com você o que faz com seus cachorros e gatos, seus exames estariam melhores …” :-/ .

Acho que vou bloqueá-lo no Instagram …

Mas passada a piada, fiquei pensando … é verdade, né? Se olharmos bem, nós e nossos pets temos necessidades bem parecidas para uma vida longa, saudável e feliz.

Se pegarmos o livro “The Forever Dog” da Dra. Karen Becker e Rodney Habib, veremos que os pontos principais das pesquisas deles sobre longevidade dos pets são os mesmos que ouvimos dos nossos médicos sobre as pesquisas para humanos. Mas será que no nosso dia a dia, nós prestamos a atenção devida a esses pontos tão importantes? Tanto para eles, quanto para nós? Vamos ver:

1. Nutrição: A Base da Saúde

São 3 pontos principais:

1.1. A importância de uma dieta baseada em “comida de verdade”: alimentos integrais e minimamente processados, proteínas de alta qualidade, gorduras saudáveis, vegetais e ervas.

1.2. Os riscos de rações/alimentos ultra processados e com alto teor de carboidratos ruins, que contribuem para a inflamação crônica do organismo e para o aparecimento de doenças como obesidade, diabetes e alguns tipos de tumores.

1.3. A variedade na dieta é destacada como fundamental, pois fornece um espectro mais amplo de micronutrientes e pode prevenir deficiências e alergias alimentares.

Bom, meus pets estão 100% dentro desses quesitos, já que as comidas da Okena PetChef resolvem todos os itens acima lindamente. Já eu … estou bem no 1, sou vegetariana e no geral eu “como bem”, só escorrego na pizza e massas mas não é tanto assim, então ok. No 2 estou bem, raramente como ultraprocessados e evito farinhas. No 3 … tem espaço para melhora … variedade não é meu forte.

2. Estilo de Vida Ativo, física e mentalmente.

2.1. Regularidade de atividades físicas diárias adequadas para a raça, idade e condição do cão. Elas ajudam a manter o peso ideal, fortalecem o sistema cardiovascular, imunológico e aumentam a expectativa de vida.

2.2. Exercícios mentais são importantes para a saúde cognitiva. Aqui entram treinamentos de obediência, brincadeiras interativas, e atividades que ofereçam estímulos visuais, olfativos e táteis, além de resolução de problemas.

2.3. Evite o sobrepeso, ele reduz a longevidade.

Aqui, com exceção da Piolha (minha gata neuropata com problema de locomoção) que dorme literalmente 2/3 do dia, o resto está super bem. Os cães jogam bolinha todos os dias, nadam todo fim de semana, fazem aulinha LordCão de obediência e treinos de faro de objetos. E a dieta Okena mantém todo mundo no corpinho certo.  E eu? Bom, se a gente considerar “adequadas à raça e idade” uma buldogue de 17 anos … eu tô bem à beça, hehehe. Jogar bolinha para eles, será que qualifica? Netflix é exercício mental se o filme for de mistério? O item 2.3 vou ignorar. Ou seja, reprovada com louvor … 

3. Cuidados Preventivos

3.1. Check-ups regulares com um veterinário são essenciais para a detecção precoce de problemas de saúde.
3.2. Protocolo de vacinação personalizado com teste de titulação e acompanhamento individual.
3.3. Utilização de tratamentos integrativos como acupuntura, quiropraxia, fitoterapia, etc, sempre que possível.

Nesse ponto estamos todos bem😊. Cães, gatas e humana têm excelentes médicos e fazem todo o resto. Aleluia!

4. Redução da exposição a toxinas:

4.1. Minimize o uso de pesticidas, herbicidas e produtos químicos de limpeza.

4.2. Opte por produtos naturais sempre que possível.

4.3. Use água filtrada, em filtro de qualidade, que além de impurezas e químicos reduza também metais pesados.

Isso é o obvio, né? Não só para nós e nossos pets, mas para o meio ambientes e todos os seres que nos cercam. Respeite a vida, não polua sua casa, seus pets, nem seu planeta. Nesse item também estamos aprovados aqui em casa 😊.

5. O Papel do Amor e do Compromisso

Por fim, mas não menos importante, o amor e o compromisso que dedicamos aos nossos pets têm um impacto imensurável em suas vidas. A conexão emocional, o carinho e o tempo de qualidade que passamos com eles são fundamentais para seu bem-estar geral. E para o nosso!

Esse talvez seja o ponto mais simbiótico dessa relação. Toda a atenção, carinho e companheirismo que oferecemos aos nossos pets reflete diretamente em nossa vida também, no nosso bem estar e na nossa longevidade. Todos os estudos para humanos falam da importância da conexão, da empatia e das amizades para a nossa longevidade. Muitos até mostram como os pets nos ajudam nisso. Então nunca esqueçamos que essa relação tem 2 lados, e eles também precisam sentir essa conexão e compromisso. E compromisso significa fazer tempo, criar circunstâncias para estar com seu pet. Vai almoçar com amigos? Marca onde tenha varanda e seu cão possa ir, e sai mais cedo para uma volta extra com ele antes do pessoal chegar. Vai ver um filme em casa? Traz a almofada preferida do gato para o seu lado e faz um cafuné, ou brinca com a varinha de penas dele enquanto olha seu feed no celular. Vai jantar na casa de alguém que não tem pets? Pergunta se pode levar seu cachorro. Você vai se surpreender com quanta gente adora uma visita canina!

Nesse item fico feliz em dizer que estamos super bem lá em casa, e espero que você também esteja!
Nos anteriores … sempre dá para melhorar, para eles e para a gente! E você que é cliente Okena já sai na frente 😊. 

Espero que este artigo te inspire a integrar esses princípios na rotina do seu pet, e na sua, para que ambos tenham uma vida longa, saudável e feliz! Se precisar de alguma ajuda para descobrir mais sobre como ajudar seu pet a viver a melhor vida possível, estamos sempre por aqui para dar um apoio!

Daniela Prado, sócia fundadora da Okena PetChef e treinadora especializada em distúrbios comportamentais pela LordCão Treinamento de Cães desde 2002.

Rio de Janeiro de 2025

Rotina Alimentar e Estilo de Vida

Enriquecimento Ambiental na vida moderna dos nossos pets

O que mudou no estilo de vida:

Apesar de nossos cães e gatos terem sido “domesticados” ao longo dos últimos 10 a 15 mil de anos, seus estilos de vida, hábitos e rotina alimentar não sofreram grandes mudanças até bem pouco tempo atrás.

Mas últimos 50 ou 60 anos, eles vieram conosco das antigas casas e sítios em que morávamos, para nossos novos apartamentos. Com isso restringimos seu acesso a ambientes externos e a outros animais, e limitamos sua quantidade exercícios. Depois passamos a oferecer ração seca como alimento principal, e a alimentá-los sem que eles precisem fazer nada para isso. Raros são os cães que “trabalham” ou os gatos que caçam hoje em dia.

 

 

O bom da vida moderna:

Por um lado, isso é muito bom, eles estão mais seguros e amados do que nunca e a medicina veterinária evoluiu enormemente. Hoje temos mais exames e especialistas veterinários do que jamais tivemos. além de vacinas e remédios para muitas doenças que antigamente comumente levavam nossos amados cães e gatos de repente.

Por outro lado …

 

O ruim da vida moderna:

Doenças como obesidade, diabetes, problemas renais, cardiopatias, alergias  e problemas articulares, entre outros, foram aumentando e recentemente explodiram em nossos pets.

Cada vez mais, veterinários e pesquisadores chegam à conclusão que muitos desses problemas têm ligação direta com a alimentação e estilo de vida que temos dados a eles. Pouco exercício, pouco estímulo mental, pouco “sol, água fresca e terra”, e uma rotina alimentar com muitas calorias biologicamente inadequadas, altamente glicêmicas e poucos micronutrientes aparecem cada vez mais como os vilões dessa história.

 

 

Como ilustração, temos o fato interessante de que os 9 cachorros mais velhos do mundo hoje em dia têm 3 coisas em comum – alimentação natural, alta carga de exercícios e muito estímulo mental.

 

 

 

Felizmente hoje temos conhecimento e tecnologia suficientes para melhorar a saúde dos nossos peludos sem abrir mão do nosso estilo de vida e da praticidade à qual nos acostumamos.

 

Aqui vão algumas dicas para isso:

 

1. Aderir à alimentação natural, ou pelo menos inserir 1/3 de alimentos frescos na rotina alimentar do pet.

Nós somos suspeitos para falar de alimentação fresca, né? Não temos dúvidas que é a melhor opção! O que muita gente não sabe é que um estudo publicado nos EUA em 2018 mostrou que adicionar 1/3 de alimentos frescos à ração industrializada dos pets já trás benefícios para a sua saúde. Pode ser misturando na ração, alternando com ela ou complementando-a. O alimento fresco e variado estimula o olfato, o paladar e até mesmo a curiosidade e instinto de investigação do peludo. Dê uma olhada no nosso artigo 8 super alimentos que você pode oferecer para seu pet para algumas inspirações!

E enfim, não, alimentação natural não dá trabalho! É só entrar no site da Okena PetChef, escolher seu pacote e ela chegará prontinha na sua casa 😀

 
2.    Estimulá-lo a trabalhar um pouco pela refeição, para que tenha estímulos mentais e valorize a hora de comer.

Ensinar o mínimo de obediência é muito importante para todos os cães. Reforça a hierarquia, ensina a ouvir, a ter foco e vontade de colaborar. Se você não se anima a fazer aulas “formais” com seu pet, a hora das refeições pode ser uma alternativa para o mínimo de treino. Ela é perfeita para isso, já que interação social aliada a regras para comer são naturais nas matilhas. O líder define a hora de comer/caçar/treinar, define as regras e no final todos são premiados com a comida. Só precisamos copiar o modelo e adaptar para a nossa realidade.

Você pode começar com um simples “vem”, e “senta”, na hora de comer. A cada comando bem executado você dá uma pequena porção da comida que já estará previamente dividida (pode ser uma colher de cada vez). Com isso exercício pode ser repetido algumas vezes. Quando estiver perfeito, pode-se entrar com o “deita” e até o “andar junto”. Sempre premiados com uma porção/colher da comida.

 

 

 

 

E quando você estiver sem tempo?

Uma opção é exercitar a caça usando potinhos escondidos pela casa, que o cão tem que procurar, achar e abrir para comer. As primeiras vezes você terá que mostrar a ele como fazer. É impressionante como eles aprendem rápido a fazer sozinhos. Uma cliente nossa enche um “Kong” (cone de borracha oco) com a comida, congela e dá para o seu cachorro antes de sair. Ela botou uma câmera e viu que o peludo se diverte lambendo e comendo conforme o gelo vai derretendo. Dica dela: amarrar o Kong no pé da mesa da cozinha para ele não levar para a sala! Afinal, você não quer “aguinha” de comida no seu tapete …

Já no caso dos gatos, as caçadas eram solitárias e essa coisa de liderança é meio relativa … então eles se adaptam melhor ao modelo da caixinha, adoram! Você também pode prender a caixinha numa vara e estimulá-lo a caçá-la! Existem no mercado hoje vários brinquedos que fazem esse papel, verdadeiros quebra-cabeças para os peludos chegarem até a refeição.   

Se você ainda usa ração seca (tsic, tsic, tsic), uma garrafa pet com furos vira um bom “dispenser”, para a refeição ao ser rolada com as patas e focinho. Caso prefira algo mais rebuscado, existem bolinhas, bastões e outros brinquedos especiais que fazem o mesmo serviço. A opção dos potinhos escondidos também funciona.

 
3.    Dar a ele estímulos físicos.

No caso dos cães, nada como um bom passeio antes das refeições para simular a movimentação de caça, migração, pastoreio, ou outras das atividades que eles fizeram por milênios. Seja qual for seu tamanho, todo cachorro precisa passear.

Contudo, depois da cheirada inicial e daquele xixi que estava apertado, uma parte da caminhada deve ser metódica e ritmada, tipo marcha mesmo, para fazer o coraçãozinho acelerar, os músculos trabalharem e o sistema todo funcionar. Ele precisa ter a sensação de caminhar em matilha, patrulhar seu território, ver novidades, sentir cheiros, ouvir barulhos, pegar um ventinho no focinho e cheirar as fofocas da vizinhança nas árvores e postes.

Mesmo o menor dos Chihuahuas é um honrado descendente dos antigos cães de trabalho! Não tire isso dele! Mas lembre-se que depois de um passeio vigoroso, é importante esperar que a respiração dele volte ao normal e o corpo esfrie antes de oferecer a comida.

Já no caso dos gatos, que normalmente não gostam de passeios, temos que usar a imaginação em casa mesmo. A “gatificação” de partes da casa é última moda. São móveis, prateleiras, nichos e redes para darmos aos felinos domésticos um espaço mais verticalizado e interessante. Juntando a isso uma ponteira de laser ou aquela varinha com a pena na ponta, é só começar a botar o pancinha para correr, pular e caçar.  Dê uma olhada no nosso artigo sobre enriquecimento ambiental para gatos para mais dicas.

 

 

 

 

4.    Se seu pet ainda come ração, melhorar sua hidratação.

Uma presa tem em torno de 80% de água em seu corpo, uma boa alimentação natural também. As Raçoes de em torno de 7%. Então, mesmo bebendo bastante água, um peludo que come somente ração estará cronicamente desidratado pois ele dificilmente beberá o suficiente para transformar 7% de umidade em 80%.

Um paliativo é molhar a ração antes de dar, deixando que absorva a água por em torno de meia hora até virar uma esponjinha. Porém, no Brasil temos que tomar cuidado com isso nos dias mais quentes, por perigo de fermentação. Então se você optar por essa técnica, é melhor deixar na geladeira. Outra opção é botar água na hora, fazendo tipo um sopão, mas alguns pets, principalmente os gatos, rejeitam a ração dessa forma. Resta então induzir o consumo de água entre as refeições, o que pode ser feito usando fontes, dando gelo para lamber, misturando um pouco de água de côco ou outra coisa na água ou qualquer outra forma que vocês possam pensar. Mas o melhor mesmo, é mudar o peludo para uma comida biologicamente adequada.

 

Concluindo

 

Todo estilo de vida tem seus prós e seus contras, mas felizmente vivemos numa época em que podemos proporcionar aos nossos cães e gatos o melhor dos 2 mundos! Trazermos de volta uma rotina alimentar e um estilo de vida mais saudáveis e biologicamente adequados enquanto continuarmos a amá-los loucamente!

 

 

 

 

Para entender melhor as vantagens da Alimentação Natural para cães e gatos, temos esse post: https://blog.petchef.com.br/alimentacao-e-saude/por-que-trocar-a-racao-do-meu-pet-por-alimentacao-natural/.

Para informações sobre alimentação natural crua ou receitas para fazer em casa, dê uma olhada no site www.cachorroverde.com.br da Dra Sylvia Angélico . E para informações e idéias sobre gatificação de ambientes, tem o site https://ofazedor.com/ , que é bem legal.

8 Super Alimentos bons para Cachorro

Aditivos simples que podem melhorar a saúde do seu cachorro.

Você já ouviu falar em super alimentos, certo? São alimentos especiais, que oferecem alguns nutrientes muito valiosos que podem melhorar suas refeições e aprimorar ainda mais o padrão de uma alimentação saudável. E assim como isso vale para nós humanos, já está comprovado que vale para nossos peludos também! Vamos mostrar aqui as vantagens de 8 deles, e como você pode usá-los facilmente para melhorar a saúde do seu cão.

Não há mais dúvidas de que a alimentação natural balanceada é a melhor opção para nossos amigos de quatro patas. Quer você faça em casa (com ajuda de nutricionista e suplementação) ou compre versões comerciais de qualidade como nossas comidas, o abandono da ração é o melhor investimento que você pode fazer para saúde futura do seu peludo.

Se você já fez essa troca, parabéns! Mas se ainda não migrou 100% para a Alimentação Natural, não desanime! Esse artigo também é para você.

Pesquisas já comprovam que oferecer qualquer percentual de alimentação natural para seus pets é benéfico. Mesmo que somente 30% da quantidade diária de comida dele seja natural, isso já terá impactos positivos no organismo. Então, que tal começar com duas ou três vezes por semana? Quem sabe alternar uma refeição de alimentação natural com uma de ração seca? Muitas vezes começar aos poucos é a solução. O mais importante é dar para seus pets a melhor alimentação dentro das suas possibilidades.

Pensando nisso, reunimos aqui 8 super alimentos que você pode adicionar facilmente à rotina de alimentação do seu cachorro, quer ele já coma comida, quer ainda coma ração.

 

1. Kefir

O Kefir é uma bebida de leite fermentada que contém probióticos benéficos que ajudam o sistema imunológico e o digestivo. O leite de vaca comum pode irritar o trato digestivo do seu cão, mas o leite fermentado é diferente. Uma das melhores e mais baratas formas de adicionar bactérias saudáveis à dieta do seu pet é converter leite de vaca em kefir em casa. Coloque de uma a três colheres deste probiótico poderoso na comida do seu cão uma ou duas vezes por dia.

Você só precisa de alguns grãos de kefir. E o legal é que há uma tradição de doação de kefir, é só jogar nas suas redes que você quer que alguém vai doar para você! Você misturará os grãos em 1 Litro de leite e deixará em temperatura ambiente por 12 a 24 horas. Cubra o recipiente com um pano para que haja troca de ar mas ele fique protegido. Passado o tempo é só coar com uma peneira plástica para separar os grãos do kefir para serem usados novamente. O leite já fermentado deve ser guardado na geladeira. Os grãos de kefir reutilizados em seguida. Se você não for usar logo, pode congelá-los em um pouco de leite. Importante – nunca usar utensílios de metal, somente vidro ou plástico!

 

2. Mirtilos

Mirtilos são um ótimo petisco de treinamento para cães já que são pequenos e fáceis de levar para passeios e treinos. São ricos em fitoquímicos e antioxidantes e são uma boa fonte de fibras, magnésio e vitaminas C e E. Uma boa regra é de dois a quatro mirtilos por dia para cada 5kgs de peso do cão. Substituir petiscos industrializados por mirtilos frescos ou congelados é uma ótima forma de aumentar os antioxidantes na dieta do seu pet. No calor do verão carioca, os mirtilos congelados ainda dão uma refrescada!

 

3. Cogumelos

Alguns cogumelos são venenosos para os cães (e para os humanos), então obviamente é importante ter cuidado e atenção ao oferecer esses alimentos. As variedades benéficas para os cães são as mesmas que nós comemos e incluem Paris, Shitake, Reishi e Portobello. Todos os cogumelos que podem ser ingeridos por humanos são seguros para os cães.

Cogumelos podem ajudar a regular a função intestinal, mas o melhor é que eles contêm propriedades anti-neoplásicas poderosas e potencializam o sistema imunológico. Você pode cozinhar levemente os cogumelos no vapor ou óleo de coco antes de adicioná-los à comida do seu pet.

 

4. Sardinhas

Peixes marinhos são uma rica fonte de ácidos graxos, que são essenciais para o bem estar do seu peludo. De todos os peixes, as sardinhas são o melhor, sejam frescas ou em conservas em água ou óleo (jamais as condimentadas!). Sardinhas são abundantes nos oceanos, não sendo uma pesca predatória, e não vivem o suficiente para armazenar toxinas em seus corpos, sendo assim uma ótima fonte de proteínas e ômega 3.

 

5. Couve

A couve é um vegetal cheio de vitaminas (especialmente as K, A e C), ferro e antioxidantes. Ela ajuda a desintoxicar o fígado e também tem propriedades anti-inflamatórias. Adicione de uma a três colheres de sopa de couve picada à comida do seu cão como uma ótima fonte de fibras, nutrientes e antioxidantes. Que tal aproveitar o dia da feijoada no sábado e desviar um tantinho da couve para o peludo? Assim todo mundo aproveita a tradição!

 

6. Vegetais Fermentados

Alimentos fermentados são poderosos desintoxicantes com altos níveis de probióticos e vitaminas. As bactérias intestinais boas quebram e eliminam metais pesados e outras toxinas do corpo, e desempenham diversas outras funções importantes. O melhor é que é fácil e barato fazer vegetais fermentados em casa, você só precisa dos vegetais, água e sal. Na internet você acha diversas receitas e vídeos demonstrando o processo.

Adicionar apenas de uma a três colheres de chá de vegetais fermentados por dia à comida do seu cão é uma ótima forma de oferecer probióticos naturais através dos alimentos.

 

7. Chia

A chia é uma semente de uma planta que cresce em abundância no sul do México. Ela é uma excelente fonte de ácidos graxos ômegas 3 e antioxidantes. Ao contrário das sementes de linhaça, as sementes de chia não precisam ser moídas. Elas também contêm fibra, cálcio, fósforo, magnésio, cobre, ferro, molibdênio, niacina e zinco. Tente salpicar um pouco de sementes na comida do seu cão ou misture com óleo de coco para um ótimo lanche antes de dormir. Se você lembrar de deixá-las de molho na véspera, melhor ainda, facilita a digestão e ainda ajuda na saúde dos intestinos.

 

8. Abóbora

Abóboras frescas, cozidas no vapor ou assadas, tem uma quantidade de calorias relativamente baixa e muita fibra solúvel, o que é benéfico para cães com problemas gastrointestinais. A abóbora ajuda a regular a função intestinal, o que é benéfico em casos de diarréia ou de constipação. Abóboras também são uma excelente fonte de potássio.

Já que estamos falando de abóboras, não esqueça dos benefícios das sementes de abóboras, que são uma rica fonte de minerais, vitamina K e fitoesteróis. Elas também contêm L-triptofano e são uma boa fonte de zinco e vitaminas E e B. Sementes de abóbora também podem ajudar a prevenir pedras de oxalato de cálcio nos rins, reduzir inflamação causada por artrite e ajudar a saúde da próstata.

 

Dica Importante!

Lembre de sempre introduzir novos alimentos devagar, em pouca quantidade, de preferência um de cada vez. Outra questão importante é sempre checar com seu veterinário se seu cão tem alguma contraindicação a algum dos alimentos citados acima, principalmente se ele tiver alguma alergia, transtorno digestivo ou problema metabólico. Existem mais alimentos considerados “super”, esses são apenas alguns! Esperamos que vocês gostem dessas sugestões, e peçam mais :-). Depois de botar em prática, conta para a gente!

E leia também nossos artigos Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? , Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa? , Cachorro chato para comer e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade . Temos certeza que você vai gostar !

Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa?

Será que existe muita diferença entre a comida do cão e do gato?

 

Muitas pessoas que têm cães e gatos na mesma casa se fazem essa pergunta: será que faz mal o cachorro comer a comida do gato? ou o gato a do cachorro? Vai fazer mal dar um pouco da comida de um para o outro?

Em geral, um cão ou um gato saudável não vai ter problemas se ocasionalmente comer a comida da outra espécie. Mas é importante que isto seja exceção e não regra!

Uma diferença fundamental entre cães e gatos é o tipo de necessidade nutricional

A razão para isso é que cada espécie requer um perfil nutricional específico para se manter saudável. Felinos e caninos são carnívoros, mas com uma diferença chave. Gatos são carnívoros estritos, ou hípercarnívoros, enquanto os cães são mesocarnívoros.

 

Um hípercarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta possuí mais de 70% de carnes.
  • Eles podem comer frutas, grãos, fungos etc. mas precisam de carne para se desenvolverem bem.
  • Eles não têm a fisiologia necessária para digerir matéria vegetal de forma eficiente.
  • Alguns hípercarnívoros comem matéria vegetal especificamente para provocar o vômito.

 

Um mesocarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta consiste em 30% a 70% de carnes.
  • Podem comer frutas, grãos, fungos etc.
  • São capazes de digerir e aproveitar nutrientes de matéria vegetal.
  • Podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal.

 

Importante ressaltar aqui que “sobreviver” não quer dizer viver bem. Cães podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal, mas para se desenvolverem bem e viverem com o máximo de saúde eles precisam comer carnes. Muitas vezes vemos pessoas se referindo aos cães como sendo onívoros e não carnívoros, mas isso não é correto. Em termos da taxonomia (classificação biológica), cães pertencem à ordem Carnívora e à família Canidae junto com outros mamíferos carnívoros. A quantidade de amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido) na saliva do cão é quase insignificante, eles apresentam intestinos delgados curtos, inadequados para a digestão de carboidratos complexos, eles produzem sua própria vitamina C e possuem o pH estomacal extremamente ácido – todas características de carnívoros e não de onívoros como nós.

 

Gatos tem necessidades específicas de proteína animal, vitaminas e alimentos úmidos.

Como carnívoros estritos, gatos precisam comer carne e órgãos animais para satisfazerem suas necessidades nutricionais. Proteínas a base de plantas (grãos e legumes) não são substitutos adequados. Gatos não têm a enzima necessária para quebrar e usar a proteína vegetal de forma eficiente.

As proteínas derivadas de tecido animal contêm um perfil de aminoácidos completo para as necessidades dos carnívoros. Aminoácidos são os blocos que formam a proteína. As proteínas vegetais não contém todos os aminoácidos necessários para a saúde de um carnívoro estrito. Humanos, esses sim, onívoros, têm a capacidade fisiológica de transformar a proteína vegetal nos aminoácidos necessários à sua saúde, os cães conseguem até certo ponto, os gatos não conseguem.

Os gatos também precisam de muito mais proteína do que os outros animais. Filhotes de gatos precisam de 1.5 vezes mais proteína do que filhotes de cachorro. Gatos adultos precisam de duas a três vezes mais proteína do que um cão adulto. Os gatos também têm uma maior necessidade de um aminoácido específico que é encontrado apenas em tecido animal (cru) a Taurina.

Como os gatos evoluíram caçando presas diferentes dos cães, suas necessidades alimentares são diferentes. Por exemplo, eles têm necessidade elevada de vitamina A, que é naturalmente encontrada apenas em tecido animal,  e eles não têm a enzima necessária para converter o B-caroteno de plantas em vitamina A que é essencial para a visão, crescimento dos ossos e músculos, reprodução e saúde dos tecidos epiteliais.

Gatos também precisam de cinco vezes mais tiamina (vitamina B1) do que os cães. Um dado importante é que a tiamina não é estável nas rações comerciais comuns e seus níveis caem muito com tempo de armazenamento. Por isso muitos gatos que se alimentam somente de rações industrializadas têm deficiência de vitamina B1. O ideal é que tenham sempre grande parte da sua alimentação de comida fresca.

Outra característica biológica específica dos gatos é sua necessidade de consumir a maior parte da água através dos alimentos. Gatos domésticos, por terem evoluído de ancestrais que habitavam o deserto, não têm uma boa resposta às sensações de sede e desidratação quanto outros animais. Ou seja, eles não “sentem” sede, mesmo quando seu corpo precisa de água.

Diferente dos cães, que bebem água frequentemente, os gatos, mesmo quando alimentados com dieta seca, não sentem a necessidade de buscar outra fonte de água para compensar a diferença entre o que seus corpos necessitam e o que sua dieta fornece. Isso resulta em uma leve desidratação crônica, condição que eventualmente pode levar a doenças do trato urinário ou rins. Por isso é tão importante dar alimentos úmidos aos gatos diariamente.

 

Dietas específicas e de qualidade são a melhor opção para cães e gatos

O resumo da ópera é o seguinte:

  • Cães e gatos precisam de dietas específicas
  • Gatos não viverão bem comendo uma dieta para cães e vice versa.
  • A qualidade dos ingredientes é fundamental para que uma dieta aporte tudo o que um cão ou gato precisa. Por isso dietas fresca e com ingredientes de qualidade (igual aos para consumo humano) são as mais indicadas.
  • Como dificilmente conseguimos oferecer dietas totalmente naturais (teriam que ser cruas e com presas inteiras) é importante uma suplementação também específica para cada espécie. No caso dos gatos, é fundamental que a alimentação seja úmida.

Para saber mais sobre esse assunto e sobre alimentação de cães e gato, dê uma olhada nos links: Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?, Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade, Animais Carnívoros

Agility

Da Série Esportes para praticar com seu com seu cão

 

O Agility foi criado nos anos 70 como uma forma de aumentar o companheirismo entre cão e dono. Ele proporciona uma atividade educativa e esportiva que beneficia a todos os aspectos dessa relação. Não só ele fortalece o vínculo cão-dono, mas proporcionando um excelente exercício físico também.

As primeiras apresentações foram como entretenimento para o público que assistia ao “Crufts Dog Show” (a maior exposição de cães da Inglaterra). Mas com o tempo tornou-se um dos esportes com cães mais populares do mundo.

Regras do agility

Ele pode ser praticado por qualquer tipo e tamanho de cão, com ou sem raça definida. A ideia é que os cães ultrapassem diferentes obstáculos, com diversos tipos de dificuldades. O objetivo de aprimorar sua agilidade, saúde, obediência e inteligência. O cão precisa percorrer o circuito no menor tempo possível e com o menor número de faltas. Os circuitos são compostos por: salto, mesa, passarela, gangorra, rampa, slalom, túnel aberto, pneu, túnel fechado e muro. A quantidade e variedade de obstáculos, e o limite de tempo, determinam o grau de dificuldade da pista.

Um percurso de Agility oficial deve ter um espaço de pelo menos 24×40 metros. A pista no seu interior será de pelo menos 20×40 metros. O comprimento do percurso terá entre 100 a 200 metros e contará com 15 a 20 obstáculos. Pelo menos 7 desses serão barreiras.

O tamanho dos saltos e a distâncias entre os obstáculos serão proporcionais à categoria do cão que compete.

Categorias no agility

As categorias são:

  • Categoria S ou Pequena: cachorros abaixo dos 35 centímetros até a cernelha.
  • Categoria M ou Média: cachorros desta categoria situam-se entre os 35 a 43 centímetros até a cernelha.
  • Categoria L ou Grande: Cachorros que ultrapassem os 43 centímetros até a cernelha.

O Agility não é uma prova só de velocidade, mas sim de habilidade. Por isso, as faltas nos obstáculos são mais importantes do que as faltas de tempo. O cão deverá completar todos os obstáculos sem pular etapas respeitando o circuito definido pelo juiz.

Saúde física e mental

No quesito saúde, esse esporte pode ajudar muito na manutenção de musculatura e peso ideais, desenvolvimento aeróbico e de resistência e alívio de stress. Com isso ajuda a diminuir vários problemas físicos e comportamentais.

Outra característica é ser, como todo esporte que exige treinamento, repetição e concentração, uma prática que proporciona momento de atenção exclusiva entre condutor e pet, o que além de prazeroso reforça os laços afetivos e melhora a qualidade de vida de ambos.

Quer saber mais: http://www.cbkc.org , Como e escolher um cão: , porquePor que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade

Porque a Alimentação Natural é a melhor opção para seu gato e como introduzí-la com sucesso.

 

Gatos são carnívoros estritos, isso quer dizer que eles não vivem sem os nutrientes provenientes da carne. Na natureza, são predadores de pequenos animais, como passarinhos e pequenos roedores. Esses animais são formados basicamente por água, músculos, vísceras, ossos, pele/pêlos/penas e o que quer que esteja em seu intestino. Essas presas, assim como a maioria dos animais, têm em torno de 75% de umidade em seu corpo.

Então uma dieta biologicamente adequada para gatos deve chegar o mais próximo possível disso. Tem que ter muita umidade, proteínas e aminoácidos provenientes de carnes e vísceras, gorduras animais, fibras e poucos vegetais. Por isso, aqui na Okena PetChef optamos por receitas baseadas exclusivamente em proteínas animais de alta biodisponibilidade, com 80% de sua formulação crua sendo de carnes e vísceras. Para garantir a segurança alimentar e balanceamento ótimo para nossos pets, os ingredientes são cozidos lentamente no forno a vapor e depois entram os suplementos. Com isso investimos na longevidade saudável que queremos para nossos pets.

 

Prevenindo a desidratação e a obesidade

Sendo animais originários do deserto, os gatos não sentem sede naturalmente. Por isso o uso exclusivo de ração seca a longo prazo é tão danoso para eles. Eles nunca beberão água suficiente para compensar uma comida com 7% de umidade ao invés de 70%. Por isso é tão comum gatos que são alimentados basicamente com ração começarem a ter problemas renais ou urinários aos 10 ou 12 anos. Nos países em que a maioria dos gatos é alimentada com alimentos úmidos (alimentação natural em lata de boa qualidade) é comum eles viverem sem esses problemas até os 18 ou 20 anos.

Outro problema comum nos felinos, principalmente nos urbanos, é a obesidade. A falta de espaço e exercícios e a vida mansa que nós damos para eles têm uma parte da culpa aqui. Mas une-se a isso a altíssima densidade calórica das rações. Cheias de grãos e outros carboidratos de alta glicemia, elas usam ainda palatabilizantes poderosos para que os gatos “gostem” dela e comam bem aquela bolinha nada biologicamente adequada para ele. Os palatabilizantes modernos são verdadeiras drogas. Eles atuam diretamente nos centros de prazer do cérebro dos cães e gatos, fazendo com que eles “amem” a ração. Com isso eles comem muito mais calorias do que precisariam se tivessem comendo nutrientes de verdade.

Isso é um assunto importante, porque alguns gatos são tão suscetíveis à ação dos palatabilizantes, que rejeitam o alimento natural por esse não dar a mesma “onda” da química da ração a que estão acostumados. Nesses casos é preciso um detox gradual na transição para o alimento natural para ele desacostumar do estímulo do palatabilizante na hora de comer.

Agora que você já sabe a importância da alimentação natural na vida do seu felino, vamos a algumas dicas para a introdução do novo alimento.

 

Introduzindo a alimentação natural

Em média 2/3 dos gatos aceitam a alimentação natural de primeira, e adoram! Mas temos esses 33% que dão um pouco de trabalho … para eles é preciso um pouco de paciência e estratégia. Aqui vão algumas dicas:

  1. Tire a comida antes de dormir, para que ele não coma durante a noite.
  2. Deixe a Okena PetChef descongelando na geladeira a noite. Pela manhã retire e deixe um pouco fora para ficar em temperatura ambiente. Também pode servir morninha, para aumentar o cheirinho bom. Para isso pode-se usar banho Maria ou no microondas.
  3. Se ele não comer de primeira, teste esquentar mais um pouco, ou esfriar (alguns gostam gelada!). Se não funcionar, vale misturar na ração seca. Funciona bem fazer bolinhas com a comida e enfiar umas rações nelas, tipo um brigadeiro. Também pode misturar um pouco de água. Enfim, use a imaginação. Alguns clientes relatam que esqueceram o saquinho no banho Maria e ferveu, e os gatos amaram! (não, não tem explicação, mas quem entende gato ?!). O importante é tentar várias opções e associar a comida com algo que ele já goste, para que ele prove várias vezes. Aí com a repetição ele vai descobrindo que o novo sabor, novo cheiro e a nova textura são tudo de bom. Entãoestará feito o detox da ração e a transição para a comida! Num instante ele vai comer direto da geladeira !

 

Algumas observações

Alguns gatos têm mais dificuldade em aceitar comida nova, é uma barreira psicológica mesmo, que com o tempo vai cedendo. Tivemos um caso de uma gata que demorou 3 meses comendo com bolinhas de ração enfiadas na comida até passar para a comida pura. Mas hoje ela come com gosto ambas as nossas receitas no dia a dia e ração seca só nos fins de semana quando a mãe viaja. O importante é você saber que está fazendo o melhor pelo seu felino! E lembrar de quanto trabalho você deu para a sua mãe quando aprendeu a comer brócolis … 😊.

Muita gente não quer fazer uma transição total, e nós entendemos isso. Qualquer quantidade de alimento natural já é melhor que nada, então vale usar o que for confortável para cada um. Pelo menos uma boa refeição de comida de verdade por dia já fará uma grande diferença para seu gato.

Até hoje não tivemos nenhum caso em que o gato rejeitou a ração após a transição para a alimentação natural. Então não se preocupe, quando for preciso comer ração, ele vai comer numa boa.

Se tiver alguma dúvida ou bater o desespero, é só pedir socorro pelos nossos canais de contato que tentaremos ajudar!

Leia também Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Com o aumento da popularidade de Alimentação Natural para cães e gatos, temos recebido cada vez mais a pergunta: Por que trocar a ração por comida de verdade?

É fato que a ração facilita a nossa vida. É fácil de guardar e de servir e nos dá a falsa sensação de dever cumprido. Ficamos tranquilos ao escolher “a melhor ração”, “completa, balanceada e desenvolvida por especialistas” para o nosso querido pet.

 

Mas será que isso é mesmo verdade?

Realmente as rações melhoraram o nível nutricional de muitos cães e gatos, notadamente os de população de baixa renda. Também dos animais de abrigos e os de rua. Antes de existirem as rações, eles comiam restos de comida ou alimentos inadequados como angu ou arroz com linguiça. Então, apesar de passarem a ter apenas um aporte mínimo dos nutrientes essenciais, isso é mais do que tinham antes.

 

Mas e os outros? E os nossos cães e gatos de “dentro de casa”?

O que vemos hoje, depois de 30 anos de hegemonia das rações como principal alimento para pets no Brasil? Com algumas gerações de cães e gatos tendo comido só ração desde filhotes, como está a saúde nos nossos pets? O que vemos nos consultórios veterinários atualmente é uma verdadeira epidemia de doenças crônicas, e começando cada vez mais cedo. Problemas renais, hepáticos, alergias, diabetes, hemogramas desequilibrados, obesidade, tumores e outros, aparecendo em animais cada vez mais jovens.

A ciência já comprovou que o consumo de alimentos industrializados é prejudicial à nossa saúde. Ele aumenta a inscidência de diversas doenças crônica e degenerativas. Também já provou que a variedade é importante na alimentação, por conta dos micro nutrientes que cada alimento trás. E também a importância da boa hidratação e do consumo de alimentos não inflamatórios, frescos, nutritivos e de fácil digestão.

Ou seja, não há dúvidas sobre os benefícios de se fugir dos industrializados em prol de uma alimentação natural e saudável. Alguém acha que essas conclusões não ultrapassam as barreiras entre espécies e se aplicam também aos nossos amigos animais?

 

Vamos levar em conta a dieta original de cães e gatos.

Ela é naturalmente úmida (alimentos naturais têm em torno de 75% de umidade), relativamente variada, pobre em carboidratos, predominantemente carnívora e complementada por ovos, gramíneas, frutas e o que mais eles encontrarem em seu habitat.

Como, sabendo disso, podemos achar que uma mono dieta (formula sempre igual), com menos de 10% de umidade, à base de grãos (milho, soja, trigo) e farinha de subprodutos de carnes, que não estraga num saco por meses pode ser a melhor opção para eles?

 

Pois é …

Para terminar, segue parte de um artigo da Dra.Sylvia Angélico, veterinária, nutricionista e responsável pelo site Cachorro Verde:

Consulte a composição de uma ração seca, na embalagem do produto, e você possivelmente encontrará ao menos alguns dos suspeitos itens abaixo:

• Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).

• Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).

• Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados  alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.

• Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.

• Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental.

Apesar do que prega a (altamente suspeita) campanha anti-dietas caseiras, lá no fundo você sabe: “nós somos o que comemos” – e com seu pet não é diferente. Se nossos nutricionistas nos alertam a maneirar em alimentícios prontos e nos educam a preferir comida fresca, variada e preparada em casa, por que consideramos saudável agir de forma diametralmente oposta em relação aos nossos cães e gatos? Voltemos à composição de uma ração seca convencional. Saiba que você está contando com os ingredientes dela – com farinhas de subprodutos, com derivados de grãos etc – para nutrir e manter saudável o seu pet; e não com carnes variadas, fígado, ovos frescos, legumes, frutas etc. Sinceramente, o lhe que parece mais nutricionalmente sensato? *

Deixamos você com essa pergunta. Lembrando que além da alimentação, a saúde dos nossos pets também depende de um estilo de vida saudável e feliz. Dá uma olhada nos nossos textos sobre esportes com cães, e sobre como tornar sua casa boa para seu gato!

* Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Sylvia Angélico | 22 Feb, 2013 | Artigos, Dieta Caseira X Raçãowww.cachorroverde.com.br