Comida Pet de Verdade!
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Rotina Alimentar e Estilo de Vida

Enriquecimento Ambiental na vida moderna dos nossos pets

O que mudou no estilo de vida:

Apesar de nossos cães e gatos terem sido “domesticados” ao longo dos últimos 10 a 15 mil de anos, seus estilos de vida, hábitos e rotina alimentar não sofreram grandes mudanças até bem pouco tempo atrás.

Mas últimos 50 ou 60 anos, eles vieram conosco das antigas casas e sítios em que morávamos, para nossos novos apartamentos. Com isso restringimos seu acesso a ambientes externos e a outros animais, e limitamos sua quantidade exercícios. Depois passamos a oferecer ração seca como alimento principal, e a alimentá-los sem que eles precisem fazer nada para isso. Raros são os cães que “trabalham” ou os gatos que caçam hoje em dia.

 

 

O bom da vida moderna:

Por um lado, isso é muito bom, eles estão mais seguros e amados do que nunca e a medicina veterinária evoluiu enormemente. Hoje temos mais exames e especialistas veterinários do que jamais tivemos. além de vacinas e remédios para muitas doenças que antigamente comumente levavam nossos amados cães e gatos de repente.

Por outro lado …

 

O ruim da vida moderna:

Doenças como obesidade, diabetes, problemas renais, cardiopatias, alergias  e problemas articulares, entre outros, foram aumentando e recentemente explodiram em nossos pets.

Cada vez mais, veterinários e pesquisadores chegam à conclusão que muitos desses problemas têm ligação direta com a alimentação e estilo de vida que temos dados a eles. Pouco exercício, pouco estímulo mental, pouco “sol, água fresca e terra”, e uma rotina alimentar com muitas calorias biologicamente inadequadas, altamente glicêmicas e poucos micronutrientes aparecem cada vez mais como os vilões dessa história.

 

 

Como ilustração, temos o fato interessante de que os 9 cachorros mais velhos do mundo hoje em dia têm 3 coisas em comum – alimentação natural, alta carga de exercícios e muito estímulo mental.

 

 

 

Felizmente hoje temos conhecimento e tecnologia suficientes para melhorar a saúde dos nossos peludos sem abrir mão do nosso estilo de vida e da praticidade à qual nos acostumamos.

 

Aqui vão algumas dicas para isso:

 

1. Aderir à alimentação natural, ou pelo menos inserir 1/3 de alimentos frescos na rotina alimentar do pet.

Nós somos suspeitos para falar de alimentação fresca, né? Não temos dúvidas que é a melhor opção! O que muita gente não sabe é que um estudo publicado nos EUA em 2018 mostrou que adicionar 1/3 de alimentos frescos à ração industrializada dos pets já trás benefícios para a sua saúde. Pode ser misturando na ração, alternando com ela ou complementando-a. O alimento fresco e variado estimula o olfato, o paladar e até mesmo a curiosidade e instinto de investigação do peludo. Dê uma olhada no nosso artigo 8 super alimentos que você pode oferecer para seu pet para algumas inspirações!

E enfim, não, alimentação natural não dá trabalho! É só entrar no site da Okena PetChef, escolher seu pacote e ela chegará prontinha na sua casa 😀

 
2.    Estimulá-lo a trabalhar um pouco pela refeição, para que tenha estímulos mentais e valorize a hora de comer.

Ensinar o mínimo de obediência é muito importante para todos os cães. Reforça a hierarquia, ensina a ouvir, a ter foco e vontade de colaborar. Se você não se anima a fazer aulas “formais” com seu pet, a hora das refeições pode ser uma alternativa para o mínimo de treino. Ela é perfeita para isso, já que interação social aliada a regras para comer são naturais nas matilhas. O líder define a hora de comer/caçar/treinar, define as regras e no final todos são premiados com a comida. Só precisamos copiar o modelo e adaptar para a nossa realidade.

Você pode começar com um simples “vem”, e “senta”, na hora de comer. A cada comando bem executado você dá uma pequena porção da comida que já estará previamente dividida (pode ser uma colher de cada vez). Com isso exercício pode ser repetido algumas vezes. Quando estiver perfeito, pode-se entrar com o “deita” e até o “andar junto”. Sempre premiados com uma porção/colher da comida.

 

 

 

 

E quando você estiver sem tempo?

Uma opção é exercitar a caça usando potinhos escondidos pela casa, que o cão tem que procurar, achar e abrir para comer. As primeiras vezes você terá que mostrar a ele como fazer. É impressionante como eles aprendem rápido a fazer sozinhos. Uma cliente nossa enche um “Kong” (cone de borracha oco) com a comida, congela e dá para o seu cachorro antes de sair. Ela botou uma câmera e viu que o peludo se diverte lambendo e comendo conforme o gelo vai derretendo. Dica dela: amarrar o Kong no pé da mesa da cozinha para ele não levar para a sala! Afinal, você não quer “aguinha” de comida no seu tapete …

Já no caso dos gatos, as caçadas eram solitárias e essa coisa de liderança é meio relativa … então eles se adaptam melhor ao modelo da caixinha, adoram! Você também pode prender a caixinha numa vara e estimulá-lo a caçá-la! Existem no mercado hoje vários brinquedos que fazem esse papel, verdadeiros quebra-cabeças para os peludos chegarem até a refeição.   

Se você ainda usa ração seca (tsic, tsic, tsic), uma garrafa pet com furos vira um bom “dispenser”, para a refeição ao ser rolada com as patas e focinho. Caso prefira algo mais rebuscado, existem bolinhas, bastões e outros brinquedos especiais que fazem o mesmo serviço. A opção dos potinhos escondidos também funciona.

 
3.    Dar a ele estímulos físicos.

No caso dos cães, nada como um bom passeio antes das refeições para simular a movimentação de caça, migração, pastoreio, ou outras das atividades que eles fizeram por milênios. Seja qual for seu tamanho, todo cachorro precisa passear.

Contudo, depois da cheirada inicial e daquele xixi que estava apertado, uma parte da caminhada deve ser metódica e ritmada, tipo marcha mesmo, para fazer o coraçãozinho acelerar, os músculos trabalharem e o sistema todo funcionar. Ele precisa ter a sensação de caminhar em matilha, patrulhar seu território, ver novidades, sentir cheiros, ouvir barulhos, pegar um ventinho no focinho e cheirar as fofocas da vizinhança nas árvores e postes.

Mesmo o menor dos Chihuahuas é um honrado descendente dos antigos cães de trabalho! Não tire isso dele! Mas lembre-se que depois de um passeio vigoroso, é importante esperar que a respiração dele volte ao normal e o corpo esfrie antes de oferecer a comida.

Já no caso dos gatos, que normalmente não gostam de passeios, temos que usar a imaginação em casa mesmo. A “gatificação” de partes da casa é última moda. São móveis, prateleiras, nichos e redes para darmos aos felinos domésticos um espaço mais verticalizado e interessante. Juntando a isso uma ponteira de laser ou aquela varinha com a pena na ponta, é só começar a botar o pancinha para correr, pular e caçar.  Dê uma olhada no nosso artigo sobre enriquecimento ambiental para gatos para mais dicas.

 

 

 

 

4.    Se seu pet ainda come ração, melhorar sua hidratação.

Uma presa tem em torno de 80% de água em seu corpo, uma boa alimentação natural também. As Raçoes de em torno de 7%. Então, mesmo bebendo bastante água, um peludo que come somente ração estará cronicamente desidratado pois ele dificilmente beberá o suficiente para transformar 7% de umidade em 80%.

Um paliativo é molhar a ração antes de dar, deixando que absorva a água por em torno de meia hora até virar uma esponjinha. Porém, no Brasil temos que tomar cuidado com isso nos dias mais quentes, por perigo de fermentação. Então se você optar por essa técnica, é melhor deixar na geladeira. Outra opção é botar água na hora, fazendo tipo um sopão, mas alguns pets, principalmente os gatos, rejeitam a ração dessa forma. Resta então induzir o consumo de água entre as refeições, o que pode ser feito usando fontes, dando gelo para lamber, misturando um pouco de água de côco ou outra coisa na água ou qualquer outra forma que vocês possam pensar. Mas o melhor mesmo, é mudar o peludo para uma comida biologicamente adequada.

 

Concluindo

 

Todo estilo de vida tem seus prós e seus contras, mas felizmente vivemos numa época em que podemos proporcionar aos nossos cães e gatos o melhor dos 2 mundos! Trazermos de volta uma rotina alimentar e um estilo de vida mais saudáveis e biologicamente adequados enquanto continuarmos a amá-los loucamente!

 

 

 

 

Para entender melhor as vantagens da Alimentação Natural para cães e gatos, temos esse post: https://blog.petchef.com.br/alimentacao-e-saude/por-que-trocar-a-racao-do-meu-pet-por-alimentacao-natural/.

Para informações sobre alimentação natural crua ou receitas para fazer em casa, dê uma olhada no site www.cachorroverde.com.br da Dra Sylvia Angélico . E para informações e idéias sobre gatificação de ambientes, tem o site https://ofazedor.com/ , que é bem legal.

8 Super Alimentos bons para Cachorro

Aditivos simples que podem melhorar a saúde do seu cachorro.

Você já ouviu falar em super alimentos, certo? São alimentos especiais, que oferecem alguns nutrientes muito valiosos que podem melhorar suas refeições e aprimorar ainda mais o padrão de uma alimentação saudável. E assim como isso vale para nós humanos, já está comprovado que vale para nossos peludos também! Vamos mostrar aqui as vantagens de 8 deles, e como você pode usá-los facilmente para melhorar a saúde do seu cão.

Não há mais dúvidas de que a alimentação natural balanceada é a melhor opção para nossos amigos de quatro patas. Quer você faça em casa (com ajuda de nutricionista e suplementação) ou compre versões comerciais de qualidade como nossas comidas, o abandono da ração é o melhor investimento que você pode fazer para saúde futura do seu peludo.

Se você já fez essa troca, parabéns! Mas se ainda não migrou 100% para a Alimentação Natural, não desanime! Esse artigo também é para você.

Pesquisas já comprovam que oferecer qualquer percentual de alimentação natural para seus pets é benéfico. Mesmo que somente 30% da quantidade diária de comida dele seja natural, isso já terá impactos positivos no organismo. Então, que tal começar com duas ou três vezes por semana? Quem sabe alternar uma refeição de alimentação natural com uma de ração seca? Muitas vezes começar aos poucos é a solução. O mais importante é dar para seus pets a melhor alimentação dentro das suas possibilidades.

Pensando nisso, reunimos aqui 8 super alimentos que você pode adicionar facilmente à rotina de alimentação do seu cachorro, quer ele já coma comida, quer ainda coma ração.

 

1. Kefir

O Kefir é uma bebida de leite fermentada que contém probióticos benéficos que ajudam o sistema imunológico e o digestivo. O leite de vaca comum pode irritar o trato digestivo do seu cão, mas o leite fermentado é diferente. Uma das melhores e mais baratas formas de adicionar bactérias saudáveis à dieta do seu pet é converter leite de vaca em kefir em casa. Coloque de uma a três colheres deste probiótico poderoso na comida do seu cão uma ou duas vezes por dia.

Você só precisa de alguns grãos de kefir. E o legal é que há uma tradição de doação de kefir, é só jogar nas suas redes que você quer que alguém vai doar para você! Você misturará os grãos em 1 Litro de leite e deixará em temperatura ambiente por 12 a 24 horas. Cubra o recipiente com um pano para que haja troca de ar mas ele fique protegido. Passado o tempo é só coar com uma peneira plástica para separar os grãos do kefir para serem usados novamente. O leite já fermentado deve ser guardado na geladeira. Os grãos de kefir reutilizados em seguida. Se você não for usar logo, pode congelá-los em um pouco de leite. Importante – nunca usar utensílios de metal, somente vidro ou plástico!

 

2. Mirtilos

Mirtilos são um ótimo petisco de treinamento para cães já que são pequenos e fáceis de levar para passeios e treinos. São ricos em fitoquímicos e antioxidantes e são uma boa fonte de fibras, magnésio e vitaminas C e E. Uma boa regra é de dois a quatro mirtilos por dia para cada 5kgs de peso do cão. Substituir petiscos industrializados por mirtilos frescos ou congelados é uma ótima forma de aumentar os antioxidantes na dieta do seu pet. No calor do verão carioca, os mirtilos congelados ainda dão uma refrescada!

 

3. Cogumelos

Alguns cogumelos são venenosos para os cães (e para os humanos), então obviamente é importante ter cuidado e atenção ao oferecer esses alimentos. As variedades benéficas para os cães são as mesmas que nós comemos e incluem Paris, Shitake, Reishi e Portobello. Todos os cogumelos que podem ser ingeridos por humanos são seguros para os cães.

Cogumelos podem ajudar a regular a função intestinal, mas o melhor é que eles contêm propriedades anti-neoplásicas poderosas e potencializam o sistema imunológico. Você pode cozinhar levemente os cogumelos no vapor ou óleo de coco antes de adicioná-los à comida do seu pet.

 

4. Sardinhas

Peixes marinhos são uma rica fonte de ácidos graxos, que são essenciais para o bem estar do seu peludo. De todos os peixes, as sardinhas são o melhor, sejam frescas ou em conservas em água ou óleo (jamais as condimentadas!). Sardinhas são abundantes nos oceanos, não sendo uma pesca predatória, e não vivem o suficiente para armazenar toxinas em seus corpos, sendo assim uma ótima fonte de proteínas e ômega 3.

 

5. Couve

A couve é um vegetal cheio de vitaminas (especialmente as K, A e C), ferro e antioxidantes. Ela ajuda a desintoxicar o fígado e também tem propriedades anti-inflamatórias. Adicione de uma a três colheres de sopa de couve picada à comida do seu cão como uma ótima fonte de fibras, nutrientes e antioxidantes. Que tal aproveitar o dia da feijoada no sábado e desviar um tantinho da couve para o peludo? Assim todo mundo aproveita a tradição!

 

6. Vegetais Fermentados

Alimentos fermentados são poderosos desintoxicantes com altos níveis de probióticos e vitaminas. As bactérias intestinais boas quebram e eliminam metais pesados e outras toxinas do corpo, e desempenham diversas outras funções importantes. O melhor é que é fácil e barato fazer vegetais fermentados em casa, você só precisa dos vegetais, água e sal. Na internet você acha diversas receitas e vídeos demonstrando o processo.

Adicionar apenas de uma a três colheres de chá de vegetais fermentados por dia à comida do seu cão é uma ótima forma de oferecer probióticos naturais através dos alimentos.

 

7. Chia

A chia é uma semente de uma planta que cresce em abundância no sul do México. Ela é uma excelente fonte de ácidos graxos ômegas 3 e antioxidantes. Ao contrário das sementes de linhaça, as sementes de chia não precisam ser moídas. Elas também contêm fibra, cálcio, fósforo, magnésio, cobre, ferro, molibdênio, niacina e zinco. Tente salpicar um pouco de sementes na comida do seu cão ou misture com óleo de coco para um ótimo lanche antes de dormir. Se você lembrar de deixá-las de molho na véspera, melhor ainda, facilita a digestão e ainda ajuda na saúde dos intestinos.

 

8. Abóbora

Abóboras frescas, cozidas no vapor ou assadas, tem uma quantidade de calorias relativamente baixa e muita fibra solúvel, o que é benéfico para cães com problemas gastrointestinais. A abóbora ajuda a regular a função intestinal, o que é benéfico em casos de diarréia ou de constipação. Abóboras também são uma excelente fonte de potássio.

Já que estamos falando de abóboras, não esqueça dos benefícios das sementes de abóboras, que são uma rica fonte de minerais, vitamina K e fitoesteróis. Elas também contêm L-triptofano e são uma boa fonte de zinco e vitaminas E e B. Sementes de abóbora também podem ajudar a prevenir pedras de oxalato de cálcio nos rins, reduzir inflamação causada por artrite e ajudar a saúde da próstata.

 

Dica Importante!

Lembre de sempre introduzir novos alimentos devagar, em pouca quantidade, de preferência um de cada vez. Outra questão importante é sempre checar com seu veterinário se seu cão tem alguma contraindicação a algum dos alimentos citados acima, principalmente se ele tiver alguma alergia, transtorno digestivo ou problema metabólico. Existem mais alimentos considerados “super”, esses são apenas alguns! Esperamos que vocês gostem dessas sugestões, e peçam mais :-). Depois de botar em prática, conta para a gente!

E leia também nossos artigos Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? , Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa? , Cachorro chato para comer e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade . Temos certeza que você vai gostar !

Comida de Cão serve pra Gato e Vice-Versa?

Será que existe muita diferença entre a comida do cão e do gato?

 

Muitas pessoas que têm cães e gatos na mesma casa se fazem essa pergunta: será que faz mal o cachorro comer a comida do gato? ou o gato a do cachorro? Vai fazer mal dar um pouco da comida de um para o outro?

Em geral, um cão ou um gato saudável não vai ter problemas se ocasionalmente comer a comida da outra espécie. Mas é importante que isto seja exceção e não regra!

Uma diferença fundamental entre cães e gatos é o tipo de necessidade nutricional

A razão para isso é que cada espécie requer um perfil nutricional específico para se manter saudável. Felinos e caninos são carnívoros, mas com uma diferença chave. Gatos são carnívoros estritos, ou hípercarnívoros, enquanto os cães são mesocarnívoros.

 

Um hípercarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta possuí mais de 70% de carnes.
  • Eles podem comer frutas, grãos, fungos etc. mas precisam de carne para se desenvolverem bem.
  • Eles não têm a fisiologia necessária para digerir matéria vegetal de forma eficiente.
  • Alguns hípercarnívoros comem matéria vegetal especificamente para provocar o vômito.

 

Um mesocarnívoro é:

  • Um animal cuja dieta consiste em 30% a 70% de carnes.
  • Podem comer frutas, grãos, fungos etc.
  • São capazes de digerir e aproveitar nutrientes de matéria vegetal.
  • Podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal.

 

Importante ressaltar aqui que “sobreviver” não quer dizer viver bem. Cães podem sobreviver se alimentando apenas de matéria vegetal, mas para se desenvolverem bem e viverem com o máximo de saúde eles precisam comer carnes. Muitas vezes vemos pessoas se referindo aos cães como sendo onívoros e não carnívoros, mas isso não é correto. Em termos da taxonomia (classificação biológica), cães pertencem à ordem Carnívora e à família Canidae junto com outros mamíferos carnívoros. A quantidade de amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido) na saliva do cão é quase insignificante, eles apresentam intestinos delgados curtos, inadequados para a digestão de carboidratos complexos, eles produzem sua própria vitamina C e possuem o pH estomacal extremamente ácido – todas características de carnívoros e não de onívoros como nós.

 

Gatos tem necessidades específicas de proteína animal, vitaminas e alimentos úmidos.

Como carnívoros estritos, gatos precisam comer carne e órgãos animais para satisfazerem suas necessidades nutricionais. Proteínas a base de plantas (grãos e legumes) não são substitutos adequados. Gatos não têm a enzima necessária para quebrar e usar a proteína vegetal de forma eficiente.

As proteínas derivadas de tecido animal contêm um perfil de aminoácidos completo para as necessidades dos carnívoros. Aminoácidos são os blocos que formam a proteína. As proteínas vegetais não contém todos os aminoácidos necessários para a saúde de um carnívoro estrito. Humanos, esses sim, onívoros, têm a capacidade fisiológica de transformar a proteína vegetal nos aminoácidos necessários à sua saúde, os cães conseguem até certo ponto, os gatos não conseguem.

Os gatos também precisam de muito mais proteína do que os outros animais. Filhotes de gatos precisam de 1.5 vezes mais proteína do que filhotes de cachorro. Gatos adultos precisam de duas a três vezes mais proteína do que um cão adulto. Os gatos também têm uma maior necessidade de um aminoácido específico que é encontrado apenas em tecido animal (cru) a Taurina.

Como os gatos evoluíram caçando presas diferentes dos cães, suas necessidades alimentares são diferentes. Por exemplo, eles têm necessidade elevada de vitamina A, que é naturalmente encontrada apenas em tecido animal,  e eles não têm a enzima necessária para converter o B-caroteno de plantas em vitamina A que é essencial para a visão, crescimento dos ossos e músculos, reprodução e saúde dos tecidos epiteliais.

Gatos também precisam de cinco vezes mais tiamina (vitamina B1) do que os cães. Um dado importante é que a tiamina não é estável nas rações comerciais comuns e seus níveis caem muito com tempo de armazenamento. Por isso muitos gatos que se alimentam somente de rações industrializadas têm deficiência de vitamina B1. O ideal é que tenham sempre grande parte da sua alimentação de comida fresca.

Outra característica biológica específica dos gatos é sua necessidade de consumir a maior parte da água através dos alimentos. Gatos domésticos, por terem evoluído de ancestrais que habitavam o deserto, não têm uma boa resposta às sensações de sede e desidratação quanto outros animais. Ou seja, eles não “sentem” sede, mesmo quando seu corpo precisa de água.

Diferente dos cães, que bebem água frequentemente, os gatos, mesmo quando alimentados com dieta seca, não sentem a necessidade de buscar outra fonte de água para compensar a diferença entre o que seus corpos necessitam e o que sua dieta fornece. Isso resulta em uma leve desidratação crônica, condição que eventualmente pode levar a doenças do trato urinário ou rins. Por isso é tão importante dar alimentos úmidos aos gatos diariamente.

 

Dietas específicas e de qualidade são a melhor opção para cães e gatos

O resumo da ópera é o seguinte:

  • Cães e gatos precisam de dietas específicas
  • Gatos não viverão bem comendo uma dieta para cães e vice versa.
  • A qualidade dos ingredientes é fundamental para que uma dieta aporte tudo o que um cão ou gato precisa. Por isso dietas fresca e com ingredientes de qualidade (igual aos para consumo humano) são as mais indicadas.
  • Como dificilmente conseguimos oferecer dietas totalmente naturais (teriam que ser cruas e com presas inteiras) é importante uma suplementação também específica para cada espécie. No caso dos gatos, é fundamental que a alimentação seja úmida.

Para saber mais sobre esse assunto e sobre alimentação de cães e gato, dê uma olhada nos links: Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?, Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade, Animais Carnívoros

Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade

Porque a Alimentação Natural é a melhor opção para seu gato e como introduzí-la com sucesso.

 

Gatos são carnívoros estritos, isso quer dizer que eles não vivem sem os nutrientes provenientes da carne. Na natureza, são predadores de pequenos animais, como passarinhos e pequenos roedores. Esses animais são formados basicamente por água, músculos, vísceras, ossos, pele/pêlos/penas e o que quer que esteja em seu intestino. Essas presas, assim como a maioria dos animais, têm em torno de 75% de umidade em seu corpo.

Então uma dieta biologicamente adequada para gatos deve chegar o mais próximo possível disso. Tem que ter muita umidade, proteínas e aminoácidos provenientes de carnes e vísceras, gorduras animais, fibras e poucos vegetais. Por isso, aqui na Okena PetChef optamos por receitas baseadas exclusivamente em proteínas animais de alta biodisponibilidade, com 80% de sua formulação crua sendo de carnes e vísceras. Para garantir a segurança alimentar e balanceamento ótimo para nossos pets, os ingredientes são cozidos lentamente no forno a vapor e depois entram os suplementos. Com isso investimos na longevidade saudável que queremos para nossos pets.

 

Prevenindo a desidratação e a obesidade

Sendo animais originários do deserto, os gatos não sentem sede naturalmente. Por isso o uso exclusivo de ração seca a longo prazo é tão danoso para eles. Eles nunca beberão água suficiente para compensar uma comida com 7% de umidade ao invés de 70%. Por isso é tão comum gatos que são alimentados basicamente com ração começarem a ter problemas renais ou urinários aos 10 ou 12 anos. Nos países em que a maioria dos gatos é alimentada com alimentos úmidos (alimentação natural em lata de boa qualidade) é comum eles viverem sem esses problemas até os 18 ou 20 anos.

Outro problema comum nos felinos, principalmente nos urbanos, é a obesidade. A falta de espaço e exercícios e a vida mansa que nós damos para eles têm uma parte da culpa aqui. Mas une-se a isso a altíssima densidade calórica das rações. Cheias de grãos e outros carboidratos de alta glicemia, elas usam ainda palatabilizantes poderosos para que os gatos “gostem” dela e comam bem aquela bolinha nada biologicamente adequada para ele. Os palatabilizantes modernos são verdadeiras drogas. Eles atuam diretamente nos centros de prazer do cérebro dos cães e gatos, fazendo com que eles “amem” a ração. Com isso eles comem muito mais calorias do que precisariam se tivessem comendo nutrientes de verdade.

Isso é um assunto importante, porque alguns gatos são tão suscetíveis à ação dos palatabilizantes, que rejeitam o alimento natural por esse não dar a mesma “onda” da química da ração a que estão acostumados. Nesses casos é preciso um detox gradual na transição para o alimento natural para ele desacostumar do estímulo do palatabilizante na hora de comer.

Agora que você já sabe a importância da alimentação natural na vida do seu felino, vamos a algumas dicas para a introdução do novo alimento.

 

Introduzindo a alimentação natural

Em média 2/3 dos gatos aceitam a alimentação natural de primeira, e adoram! Mas temos esses 33% que dão um pouco de trabalho … para eles é preciso um pouco de paciência e estratégia. Aqui vão algumas dicas:

  1. Tire a comida antes de dormir, para que ele não coma durante a noite.
  2. Deixe a Okena PetChef descongelando na geladeira a noite. Pela manhã retire e deixe um pouco fora para ficar em temperatura ambiente. Também pode servir morninha, para aumentar o cheirinho bom. Para isso pode-se usar banho Maria ou no microondas.
  3. Se ele não comer de primeira, teste esquentar mais um pouco, ou esfriar (alguns gostam gelada!). Se não funcionar, vale misturar na ração seca. Funciona bem fazer bolinhas com a comida e enfiar umas rações nelas, tipo um brigadeiro. Também pode misturar um pouco de água. Enfim, use a imaginação. Alguns clientes relatam que esqueceram o saquinho no banho Maria e ferveu, e os gatos amaram! (não, não tem explicação, mas quem entende gato ?!). O importante é tentar várias opções e associar a comida com algo que ele já goste, para que ele prove várias vezes. Aí com a repetição ele vai descobrindo que o novo sabor, novo cheiro e a nova textura são tudo de bom. Entãoestará feito o detox da ração e a transição para a comida! Num instante ele vai comer direto da geladeira !

 

Algumas observações

Alguns gatos têm mais dificuldade em aceitar comida nova, é uma barreira psicológica mesmo, que com o tempo vai cedendo. Tivemos um caso de uma gata que demorou 3 meses comendo com bolinhas de ração enfiadas na comida até passar para a comida pura. Mas hoje ela come com gosto ambas as nossas receitas no dia a dia e ração seca só nos fins de semana quando a mãe viaja. O importante é você saber que está fazendo o melhor pelo seu felino! E lembrar de quanto trabalho você deu para a sua mãe quando aprendeu a comer brócolis … 😊.

Muita gente não quer fazer uma transição total, e nós entendemos isso. Qualquer quantidade de alimento natural já é melhor que nada, então vale usar o que for confortável para cada um. Pelo menos uma boa refeição de comida de verdade por dia já fará uma grande diferença para seu gato.

Até hoje não tivemos nenhum caso em que o gato rejeitou a ração após a transição para a alimentação natural. Então não se preocupe, quando for preciso comer ração, ele vai comer numa boa.

Se tiver alguma dúvida ou bater o desespero, é só pedir socorro pelos nossos canais de contato que tentaremos ajudar!

Leia também Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

Cachorros chatos para comer

“Agora entendo porque, quando eu era criança, um dia minha mãe virou o prato de macarrão na minha cabeça e saiu gritando!”. Essa foi a mensagem que recebi um dia pela manhã, do meu amigo Márcio.

Liguei para ele, claro, já imaginando do que se tratava … “Oi, o que houve? Bali ainda de greve?”.

Dito e feito, Bali, um rottweiler de quase 50kg, passava por mais um de seus períodos de “jejum intermitente”, numa época em que ninguém sabia o que seria isso … e seu dono estava desesperado, fazendo “qualquer negócio” para mudar a situação. Misturou carninha, trocou cardápio, deu na boca, rezou, e nada … o bezerro, ooops, cachorro, comia duas ou três bocadas e ia embora com a cara mais lavada do mundo, indiferente ao desespero dele. O Bali era magro, um pouco mais do que a média da raça, mas saudável. Vivia solto em casa, num quintal lindo, porém pequeno e sem exercício obrigatório, numa vida de paz e tranquilidade. Ele era um desses indivíduos que “come para viver”, e não dos que “vivem para comer”. Então para ele, estava tudo bem comer 1/3 da quantidade esperada para seu peso. Só para seus humanos é que isso era um problema.

Já eu, tenho o problema contrário … a Ópera, minha filha peluda, é capaz de comer indefinidamente se puder. Uma vez demos mole e ela comeu o jantar dos 4 cães da casa e um bolo de laranja inteiro como se fosse a coisa mais natural do mundo. E nem dor de barriga ela teve!

Então vou aproveitar a deixa para falar sobre esse assunto.

Recebemos muitas ligações e mensagens de pessoas preocupadas com a falta de apetite dos seus peludos. São muitos os nomes usados: “ruim de boca”, “seletivo”, “chato pra comer”, “caprichoso”, “cheio de manias” e por aí vai. Seus humanos vivem preocupados, e querem saber se isso “vai passar” com a nossa comida, ou se com o tempo ele vai “enjoar” dela também. Em outros casos a queixa é que o peludo já é cliente, começou comendo bem, mas com o tempo passou a escolher receitas e só comer as que prefere, e agora já não quer mais nenhuma.

Em qualquer dos casos, a primeira coisa que temos que fazer quando um cachorro para de comer é checar com nosso veterinário de confiança se está tudo bem com ele. Um exame clínico acompanhado de hemograma, ultrasom ou outro exame complementar pode descartar causas físicas, como doenças de carrapato, gastrites, doenças renais, tumores ou outras que afetem o apetite.

Constatado que não há problema físico, nos vemos diante de uma questão comportamental. É o quadro mais comum.

 

Impulso Alimentar

Em todas as espécies, existem os indivíduos que comem para viver e os que vivem para comer. Se seu peludo nasceu para comer, você nunca terá problemas (desde que guarde bem os bolos de laranja…). Pode dar comida boa, comida ruim, ração e até “pedra moída” que o carinha cai de boca sem pensar duas vezes. Se esse aí parar de comer um dia, corra para o vet que a coisa é séria!

A maioria dos cães é assim, afinal, comer é um instinto básico de sobrevivência. Quanto mais forte esse instinto, maior é a chance de sobrevivência desse indivíduo e de perpetuação da sua carga genética na natureza. Mas… viemos nós com a nossa seleção artificial de acasalamentos, e bagunçamos tudo. Desconsideramos esse instinto na seleção de muitas raças, perpetuando indivíduos, linhagens e até raças sem o chamado “impulso de comida”. E agora estamos pagando o preço.

Para quem tem um desses, que só come o necessário para se manter vivo, a hora das refeições pode ser frustrante. Afinal, a gente escolhe a melhor comida para nosso filhote e quer que ele tenha enorme prazer em comer! Aí ele olha o prato com aquela cara de “tédio”, ou come 3 bocadas e vai embora …

 

Podemos ter 2 desdobramentos para essa situação:

  1. Seu peludo precisa de menos comida do que está sendo oferecida a ele para se sentir saciado e estar saudável.
    Tem cão que pula refeição de vez em quando e continua super feliz e em forma, e não há problema nenhum nisso. Caberá a você “desencanar” do assunto e diminuir a quantidade de comida dele. Quando ele não comer, retire a comida que sobrar e só ofereça de novo na próxima refeição. E lembre-se: não tem problema ele ser magro, desde que esteja saudável! É até melhor. Nós humanos que tendemos a achar bonito cachorro “cheinho”. Mas olhe o corpo dos animais na natureza, o normal é ser esbelto mesmo.
  2. Seu peludo percebeu que é importante para você que ele coma sempre, e tudo.
    Aí a coisa se complica, pois ele aprende que pode usar isso para conseguir o que quer, e vira um pequeno manipulador. É uma situação bem chata, pois desvirtua esse impulso importante (comer para sobreviver), e por isso geralmente vem acompanhada de outros problemas de comportamento.
    Esse quadro normalmente começa quando por algum motivo ele não come, e você “faz de tudo” para ele acabar o prato. Troca a comida, mistura franguinho, dá na boca, etc. Isso ensina a ele que você quer que ele coma, mesmo que ele esteja sem fome. Mais ainda, ensina que se ele quiser ganhar novidades ou atenção extra, não comer é uma boa estratégia. Percebeu a ironia da coisa? Sem querer, você o ensinou a não comer como ferramenta para conseguir atenção ou guloseimas. Dependendo do temperamento do peludo, ele pode levar essa queda de braço ao extremo e não comer nada que não seja escolhido por ele por dias.  É um exercício de controle, e não uma questão de apetite.

 

Então o que fazer? Como melhorar a vontade de comer de um cachorro “ruim de boca” ou mal acostumado?

 

A primeira coisa a fazer é tirar a pressão que nós humanos colocamos na comida e no ato de comer. Comer, ou não comer, é natural para a maioria dos animais, e deve ser encarado assim pelo cachorro, e por nós. Pular uma refeição de vez em quando não tem problema nenhum. Outra coisa importante de saber é que cachorros gostam de rotina, a repetição dá a eles segurança, e podemos usar isso a nosso favor. O terceiro fator é serem animais sociais, que dão valor à interação e aos laços sociais.

 

Com isso em mente, podemos organizar alguns passos:

  • Defina dois horários para as refeições (3 se for filhote até 6 meses).
  • Não demonstre muita atenção na preparação da comida, nem dê atenção excessiva a ele hora da refeição. Aja com naturalidade.
  • Ensine a ele o comando “senta”. Depois acostume-o a esperar sentado que o prato seja colocado no chão/no suporte, etc, e ele autorizado a comer. Isso deve ser treinado em outros momentos, usando petiscos ou brinquedos, para não causar stress na hora da comida. Tem que ser uma coisa natural e fácil.
  • Se ele não comer tudo na hora, retire naturalmente o que sobrar, e só ofereça comida de novo na próxima refeição. No início, você pode instituir uma refeição intermediária caso ele não coma nada, para ele não ficar muitas horas sem comer. Mas a rotina dessa refeição extra deve ser a mesma das principais.
  • Não fale com ele, não mexa na comida nem misture coisas caso ele não coma. Aja naturalmente, tire o prato e vá fazer outra coisa. Nada de discursos ou reclamações! E nada de dar atenção se ele vier fazer gracinhas nessa hora. Carinhos e brincadeiras não cabem nesse momento.
  • Diminua os petiscos e extras no período de reeducação, é importante ele estar com fome na hora de comer.
  • Quando ele comer direitinho, aí sim pode ganhar carinhos, atenção e até um premiozinho “de sobremesa”.

 

Algumas dicas para o processo:

* As refeições podem ser junto com as da família, ou logo depois, num lugar específico para ele. E nunca dê nada da mesa para ele, isso atrapalha todo o processo.

* Se por acaso ele pedir a comida antes do horário, não dê! Espere até a hora que você determinou para oferecer a comida a ele. Isso não é maldade. É importante ele aprender que comida é um recurso valioso e que não está à disposição dele a qualquer momento.

* Quando for ensinar o “senta”, procure fazê-lo de forma divertida e longe das refeições. Use petiscos saudáveis ou brinquedos como prêmio. Cuidado para não encher a barriga dele de petiscos! Dê preferência aos brinquedos se ele responder bem. Com o tempo, deixe-o cada vez mais tempo (máximo 1 min) sentado até premiar e liberar. Paciência e auto controle são importantes para os dois! Introduza a rotina de reeducação alimentar só quando esse comando estiver bom o suficiente para você colocar o petisco no chão sem presa e ele esperar a autorização tranquilamente. Nunca deixe-o “roubar” e pegar o petisco antes de autorizado.

* Tenha paciência e perseverança. Novos comportamentos demoram 3 semanas para serem aprendidos e até 16 semanas para serem internalizados pelos cães. Não desista!

 

Bom pessoal, essas são dicas bem básicas que esperamos que ajudem!

Se seu peludo tiver questões mais sérias, relacionadas ou não à comida, o melhor é chamar um bom treinador para fazer um programa personalizado de modificação comportamental para ele.

Nós indicamos o site da LordCão Treinamento de Cães para mais artigos sobre o tema, é www.lordcao.com.br .
E para comprar o melhores petiscos para treinamento, 100% naturais e deliciosos, dê uma olhada na nossa loja! www.okena.pet/loja-online/petiscos

 

Enriquecimento ambiental – sua casa é boa para o seu gato ?

 
Olá gateiro!

No post de hoje vamos falar sobre a sua casa, e como fazê-la interessante e boa para a saúde e bem estar do seu gato, para que ele tenha uma vida longa e feliz ao seu lado! Aprenda o que é enriquecimento ambiental para gatos e como usá-lo em sua casa.

Segurança

A maioria de nós já sabe que, apesar de não ser “natural” para um gato morar dentro de um apartamento ou de uma casa, essa é a melhor opção para ele nos dias de hoje. Gatos que moram na rua, vivem soltos, ou “dando voltinhas”, têm expectativa de vida até 4 vezes menor que gatos de vida restrita, sendo muito mais expostos a vírus, outros agentes causadores de doenças, acidentes, brigas, atropelamentos, envenenamentos acidentais e à maldade humana em geral. Além disso, eles podem virar presas de cães ou animais selvagens, ou mesmo de outros gatos. Brigas feias entre gatos são comuns, e os perdedores tendem a ser os gatos “pet” que não tiveram tantas oportunidades de treinar suas habilidades de luta na vida de rua.

Por isso nós recomendamos que nossos pets felinos vivam 100% dentro de casa, com as janelas, varandas e muros telados, e tenham acesso externo apenas em áreas protegidas ou usando coleira e guia.

Tendo dito isso, não só é possível, mas muito importante, tornar a sua casa um ambiente agradável, estimulante e mais “natural” para seu gato, para que ele se mantenha ativo e feliz. Seu pequeno tigre precisa de estímulos físicos e mentais para se manter saudável, afinal, ele é fruto de milênios de evolução em ambientes inóspitos e altamente exigentes.

Então, a forma de ajudar seu pet a aproveitar a vida dentro de casa é através do enriquecimento ambiental.

O que é Enriquecimento Ambiental?

Enriquecimento Ambiental quer dizer aprimorar o ambiente dos animais para melhorar sua saúde e qualidade de vida, trazendo para seu dia a dia estímulos aos seus comportamentos naturais. Estudos mostram que enriquecer o ambiente de gatos saudáveis e dos gatos com doenças crônicas reduz comportamentos associados à somatização, e mesmo aos sintomas reais da doença.

Enriquecer o ambiente de um gato significa colocar ou mudar coisas na casa que o encorajem a realizar ou imitar atividades naturais de um felino, como escalar até um ponto mais elevado, calcular trajetórias, pular, se equilibrar ou caçar “presas” como brinquedos ou petiscos.

Outro ponto é que, como gatos são presas de outros animais na natureza, eles são naturalmente assustadiços e reativos, portanto deve-se focar também em criar um ambiente seguro, reduzindo eventos externos que causem ansiedade e medo, como mudanças bruscas em sua rotina ou casa. O objetivo é maximizar a sensação de controle do gato sob suas circunstâncias para que ele possa relaxar e exibir seus comportamentos naturais.

Por isso, mesmo no processo de enriquecimento, nunca tente forçar seu gato a aceitar nada. Caso você adicione algo novo ao ambiente, como um arranhador grande ou uma passarela, deixe que ele o descubra sozinho e no seu tempo. Uma ótima ideia é se utilizar de estímulos saudáveis para atraí-los para o novo playground como, por exemplo, borrifar catnip nas peças, brincar com varinhas perto do parquinho ou tentar despertar seu interesse colocando petiscos nos degraus no parquinho conforme ele for subindo.

Cinco áreas chave para o ambiente perfeito para o seu gato

Estes são os principais componentes do ambiente ideal de um gato:

  1. Uma área segura para se alimentar, beber água e ir ao banheiro. Na natureza gatos não apenas caçam presas, eles são presas para outros animais. Eles se sentem muito vulneráveis ao se alimentarem, beberem água ou quando fazem suas necessidades. Esta vulnerabilidade pode causar estresse se os comedouros ou caixa de área ficam em local barulhento ou movimentado da casa. Estes elementos básicos devem estar sempre localizados em locais calmos e silenciosos para que ele não fique nervoso ou ansioso.
  2. Um local para escalar e arranhar e um local para se esconder e descansar. Gatos são escaladores e arranhadores naturais. Estes são comportamentos instintivos para eles. Seu gato também precisa de um local para descansar e se esconder onde ele se sinta protegido e seguro. Isso é importante para que ele se sinta em controle do seu ambiente.
  3. A consistência na interação com humanos também é uma forma de enriquecimento ambiental. Seu gato se sente melhor quando sua rotina diária é previsível. Realizar pequenos rituais, quando você sai de casa, epode ajudar o seu gato a se sentir mais confortável com suas as idas e vindas. Um ritual pode ser algo simples como dar um petisco ao sair e fazer um afago ao voltar. A hora de brincar também deve ser consistente. Descubra que tipo de brinquedo (presa) é a preferida e, no tempo dele, o estimule a brincar. Ao fim da brincadeira, premie seu gatinho com uma “presa” de petisco ou mesmo comida.
  4. Estímulos sensoriais apropriados. Pense nos sentidos da visão, audição e olfato. Alguns gatos amam olhar pela janela. Outros ficam hipnotizados por peixes em um aquário. Alguns até gostam de vídeos de gatos na televisão! Também é importante oferecer estímulos auditivos. Alguns prestam atenção em música, outros no som da televisão, ou em brinquedos que apitam. Já o olfato aguçado do seu gato pode ser estimulado com ervas (não tóxicas, é claro) ou feromônios sintéticos para gatos. Se você tiver uma varanda ou área externa telada e segura, ele certamente gostará de ficar lá fora. Eles adoram ver as novidades, ouvir sons diferentes e sentir novos cheiros. Se não tiver, pense em fazer um canto para ele com acesso seguro ao mundo exterior. Uma “gaiola” no burado do ar condicionado pode ser super legal. E não esqueça dos passeios de coleira, que não são apenas para os cachorros! Muitos gatos gostam de passear de peitoral e guia. O ideal é ir acostumando-os aos poucos e nunca forçar caso seu gato demonstre desconforto.
  5. A companhia de outros gatos. Ter 2 gatos em casa é geralmente melhor do que ter um só. Apesar de não serem animais de matilha e terem uma complexa estrutura social, a maioria dos felinos gosta de ter um “irmão”. As brincadeiras entre eles podem durar horas e são muito saudáveis. Também é bom para você! Você terá a tranquilidade de saber que seu bigodudo não estará sozinho em casa quando você for passar o fim de semana fora. A forma como gatos interagem uns com os outros é muito diferente dos cães. É mais difícil prever como dois gatos não criados juntos vão se dar, mas existem algumas estatísticas. Fêmeas tendem a se dar melhor com outros gatos do que machos. Machos não castrados podem ser bastante difíceis de socializar. Machos castrados e fêmeas geralmente se dão bem. Existem estratégias para minimizar problemas e ajudar na socialização quando se introduz um gato novo em casa. O ideal é conversar com um veterinário ou especialista em comportamento felino para indicações. Também existe muito material na internet com dicas valiosas.

O que é somatização?

Mais acima falamos de somatização, que é característica importante na saúda dos gatos. Gatos costumam demonstrar sintomas psicossomáticos quando não estão relaxados e felizes em seu meio ambiente. Esses são sintomas e comportamentos não específicos que podem incluir um ou mais dos seguintes:

  • Vômito ou diarreia;
  • Queda repentina de pelos;
  • Infecções como otites, gengivites e infecções urinárias;
  • Desinteresse por comida, higiene ou interação com outras pessoas ou pets;
  • Prostração, dormindo mais do que o normal;
  • Fazer as suas necessidades fora da caixa de areia;
  • Agir como se estivesse com dor.

Esses sintomas se desenvolvem quando um gato não consegue interagir de forma natural e satisfatória com seu meio ambiente e com isso se estressa. Aí, ao invés de ter um comportamento normal como caçar, brincar e explorar, eles parecem estar doentes ou se recuperando de uma doença, mesmo quando esta doença não existe. A mesma resposta fisiológica e comportamental que um gato teria a uma infecção pode se dar por mudanças indesejadas ou falta de estímulo no seu meio ambiente. Estudos recentes demonstraram que estresse psicológico pode causar uma real resposta imunológica nos gatos.

Então, se seu gatinho começar a apresentar alguns desses sintomas, leve-o para um check up com seu veterinário de confiança. Na falta de uma doença existente, pense que pode se tratar de um quadro psicossomático. Nesse caso, reveja seu ambiente e rotina com ele.

Esses são os pontos mais importantes sobre esse assunto. Mas, para dar aos nossos felinos uma vida saudável e divertida, vale usar a imaginação! Você tem alguma dica bacana de atividades, brinquedos ou outros elementos que seus gatos amam e que enriquecem o seu ambiente? Conta para a gente!

E não podemos esquecer que uma alimentação adequada também é muito importante para uma vida saudável e feliz! Opte uma comida de verdade, natural e biologicamente apropriada para ele. Indicamos a leitura de dois artigos nossos sobre o assunto:
Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural? e Alimentação Natural para Gatos, o segredo da longevidade.

Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Com o aumento da popularidade de Alimentação Natural para cães e gatos, temos recebido cada vez mais a pergunta: Por que trocar a ração por comida de verdade?

É fato que a ração facilita a nossa vida. É fácil de guardar e de servir e nos dá a falsa sensação de dever cumprido. Ficamos tranquilos ao escolher “a melhor ração”, “completa, balanceada e desenvolvida por especialistas” para o nosso querido pet.

 

Mas será que isso é mesmo verdade?

Realmente as rações melhoraram o nível nutricional de muitos cães e gatos, notadamente os de população de baixa renda. Também dos animais de abrigos e os de rua. Antes de existirem as rações, eles comiam restos de comida ou alimentos inadequados como angu ou arroz com linguiça. Então, apesar de passarem a ter apenas um aporte mínimo dos nutrientes essenciais, isso é mais do que tinham antes.

 

Mas e os outros? E os nossos cães e gatos de “dentro de casa”?

O que vemos hoje, depois de 30 anos de hegemonia das rações como principal alimento para pets no Brasil? Com algumas gerações de cães e gatos tendo comido só ração desde filhotes, como está a saúde nos nossos pets? O que vemos nos consultórios veterinários atualmente é uma verdadeira epidemia de doenças crônicas, e começando cada vez mais cedo. Problemas renais, hepáticos, alergias, diabetes, hemogramas desequilibrados, obesidade, tumores e outros, aparecendo em animais cada vez mais jovens.

A ciência já comprovou que o consumo de alimentos industrializados é prejudicial à nossa saúde. Ele aumenta a inscidência de diversas doenças crônica e degenerativas. Também já provou que a variedade é importante na alimentação, por conta dos micro nutrientes que cada alimento trás. E também a importância da boa hidratação e do consumo de alimentos não inflamatórios, frescos, nutritivos e de fácil digestão.

Ou seja, não há dúvidas sobre os benefícios de se fugir dos industrializados em prol de uma alimentação natural e saudável. Alguém acha que essas conclusões não ultrapassam as barreiras entre espécies e se aplicam também aos nossos amigos animais?

 

Vamos levar em conta a dieta original de cães e gatos.

Ela é naturalmente úmida (alimentos naturais têm em torno de 75% de umidade), relativamente variada, pobre em carboidratos, predominantemente carnívora e complementada por ovos, gramíneas, frutas e o que mais eles encontrarem em seu habitat.

Como, sabendo disso, podemos achar que uma mono dieta (formula sempre igual), com menos de 10% de umidade, à base de grãos (milho, soja, trigo) e farinha de subprodutos de carnes, que não estraga num saco por meses pode ser a melhor opção para eles?

 

Pois é …

Para terminar, segue parte de um artigo da Dra.Sylvia Angélico, veterinária, nutricionista e responsável pelo site Cachorro Verde:

Consulte a composição de uma ração seca, na embalagem do produto, e você possivelmente encontrará ao menos alguns dos suspeitos itens abaixo:

• Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).

• Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).

• Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados  alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.

• Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.

• Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental.

Apesar do que prega a (altamente suspeita) campanha anti-dietas caseiras, lá no fundo você sabe: “nós somos o que comemos” – e com seu pet não é diferente. Se nossos nutricionistas nos alertam a maneirar em alimentícios prontos e nos educam a preferir comida fresca, variada e preparada em casa, por que consideramos saudável agir de forma diametralmente oposta em relação aos nossos cães e gatos? Voltemos à composição de uma ração seca convencional. Saiba que você está contando com os ingredientes dela – com farinhas de subprodutos, com derivados de grãos etc – para nutrir e manter saudável o seu pet; e não com carnes variadas, fígado, ovos frescos, legumes, frutas etc. Sinceramente, o lhe que parece mais nutricionalmente sensato? *

Deixamos você com essa pergunta. Lembrando que além da alimentação, a saúde dos nossos pets também depende de um estilo de vida saudável e feliz. Dá uma olhada nos nossos textos sobre esportes com cães, e sobre como tornar sua casa boa para seu gato!

* Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Sylvia Angélico | 22 Feb, 2013 | Artigos, Dieta Caseira X Raçãowww.cachorroverde.com.br