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Alfabetizar o meu cachorro? Será?

Com a chegada do Dia Mundial da Alfabetização, me peguei pensando no quanto aprender a ler muda a vida de uma pessoa, e o que seria o paralelo disso para nossos cachorros.

A resposta foi bem fácil: treinamento básico.

Aprender o que as palavras significam, e como se comportar no dia a dia, abre um novo mundo para nossos cães, onde a comunicação conosco é mais clara, gerando uma relação mais forte e prazerosa e diminuindo o stress que a falta de comunicação muitas vezes trás para eles, obrigados a dividir conosco uma  vida urbana para a qual não foram criados.

Para um cão não é obvio que não se deve pular nas pessoas, correr atrás de pombos na rua, ou tentar matar skates com adolescentes em cima …

Numa vida mais “natural”, nas fazendas, cidade antigas ou onde quer que suas raças tenham sido selecionadas, a convivência entre cães e humanos era completamente diferente. Cães eram animais de trabalho, tinham funções a cumprir e eram criados a partir dos exemplares que cumpriam bem essas funções. Eram cães pastores, guardas de rebanhos e de casas, caçadores de roedores, caçadores de grandes animais (junto a seus condutores armados), farejadores, apontadores de aves, retrievers, etc.  A relação era íntima, mas ao mesmo tempo funcional.

Um Border Collie que atacasse ovelhas ou crianças, um Rottweiler que matasse bezerros ou um Jack Russel que avançasse no seu dono seriam descartados. Ninguém ia “perder tempo” corrigindo comportamentos errados em cães que deveriam estar ajudando no trabalho e não dando mais trabalho ainda. Era uma “seleção natural” nada natural … mas era. As raças “de companhia” surgiram bem mais tarde, nas cortes, e era mais ou menos a mesma coisa.

Com isso sobreviviam os exemplares que aprendiam rápido, gostavam de obedecer seus humanos e eram úteis. Assim a base da maioria das raças se formou.

Agora entremos numa máquina do tempo e desembarquemos em 2024 numa cidade como Rio ou São Paulo, como o nosso Labrador, Golden Retriever, ou Buldogue, na guia. Basicamente nada do que eles instintivamente querem fazer pode, rssss. Esta é a triste verdade.

Só que nós esquecemos do outro lado da máquina do tempo aquele camponês durão, que acordava, trabalhava, socializava e dormia com seu cão aos seus pés, interagindo, ensinando e corrigindo, e que deixava o filhote meio largado andando atrás dele e do cão adulto o dia todo para ele aprender.

Nós trabalhamos o dia todo, temos mil afazeres todos os dias, mas queremos que nosso cachorro seja um companheiro perfeito quando vamos passear no parque nos fins de semana. Mas … quem ensinou a ele o que é ser um companheiro adequado nos dias de hoje? Quem mostrou o que pode ou não pode? Ou como usar aqueles instintos e impulsos que sua genética trás há gerações? Quem ensinou que “não pula na vovó” significa “mantenha as 4 patas no chão ao chegar perto da vovó”, ou que a guia é uma segurança para ele e para os outros e não o cabo de um trenó ou carroça?

Ah, mas eu não tenho tempo! Não mesmo? Será? São precisos 20 minutos por dia, todos os dias, por 3 a 4 meses para “alfabetizar” um cachorro. Bem menos do que nós exigimos dos nossos pais e professores na nossa época, né?

Isso quer dizer 20 minutos por dia de interação, para ensinar a ele as 6 palavras básicas, com as quais fazemos frases que resolvem a maioria das situações quotidianas: “junto”, “senta”, “deita”, “fica”, “vem”, “não” e “ok”. Você pode usar outras palavras, mas a base, a “alfabetização” canina é essa. Se depois você quiser que ele vire Machado de Assis, é outra coisa. Pode ser super divertido, fará um bem enorme a ele, mas não é uma necessidade. O básico é.

A maioria dos cães aprende rapidamente em torno de 30 palavras. Com um pouco de ajuda e repetição chegam a 50, 100 sendo o recorde de Chaser, um Border Collie que sabia o nome de mais de mil brinquedos, fora as palavras do dia a dia.

Depois de alfabetizado, basta mostrar para ele como usar as palavras para moldar os comportamentos desejados no dia a dia. Assim como para sairmos do B+A = BA para ler nosso primeiro livro foi preciso tempo e treino, para ele também será, e esse processo pode ser tão fascinante quanto.

Aprender a ler muda a vida de uma pessoa, e deveria ser um direito de todos os humanos.
Aprender a língua dos humanos e a convivência no nosso mundo muda a vida de um cachorro, e deveria ser um direito de todos os cães.

Gostou deste texto? Dá uma olhada nos nossos outros! Tem sobre como escolher o cachorro mais adequado para você (usar link), sobre como lidar com seu cachorro se ele for
chato para comer e muito mais. E para ter ajuda na hora de treinar o seu peludo, indicamos a LordCão Treinamento de Cães 😊.

Por que trocar a ração do meu pet por alimentação natural?

Com o aumento da popularidade de Alimentação Natural para cães e gatos, temos recebido cada vez mais a pergunta: Por que trocar a ração por comida de verdade?

É fato que a ração facilita a nossa vida. É fácil de guardar e de servir e nos dá a falsa sensação de dever cumprido. Ficamos tranquilos ao escolher “a melhor ração”, “completa, balanceada e desenvolvida por especialistas” para o nosso querido pet.

 

Mas será que isso é mesmo verdade?

Realmente as rações melhoraram o nível nutricional de muitos cães e gatos, notadamente os de população de baixa renda. Também dos animais de abrigos e os de rua. Antes de existirem as rações, eles comiam restos de comida ou alimentos inadequados como angu ou arroz com linguiça. Então, apesar de passarem a ter apenas um aporte mínimo dos nutrientes essenciais, isso é mais do que tinham antes.

 

Mas e os outros? E os nossos cães e gatos de “dentro de casa”?

O que vemos hoje, depois de 30 anos de hegemonia das rações como principal alimento para pets no Brasil? Com algumas gerações de cães e gatos tendo comido só ração desde filhotes, como está a saúde nos nossos pets? O que vemos nos consultórios veterinários atualmente é uma verdadeira epidemia de doenças crônicas, e começando cada vez mais cedo. Problemas renais, hepáticos, alergias, diabetes, hemogramas desequilibrados, obesidade, tumores e outros, aparecendo em animais cada vez mais jovens.

A ciência já comprovou que o consumo de alimentos industrializados é prejudicial à nossa saúde. Ele aumenta a inscidência de diversas doenças crônica e degenerativas. Também já provou que a variedade é importante na alimentação, por conta dos micro nutrientes que cada alimento trás. E também a importância da boa hidratação e do consumo de alimentos não inflamatórios, frescos, nutritivos e de fácil digestão.

Ou seja, não há dúvidas sobre os benefícios de se fugir dos industrializados em prol de uma alimentação natural e saudável. Alguém acha que essas conclusões não ultrapassam as barreiras entre espécies e se aplicam também aos nossos amigos animais?

 

Vamos levar em conta a dieta original de cães e gatos.

Ela é naturalmente úmida (alimentos naturais têm em torno de 75% de umidade), relativamente variada, pobre em carboidratos, predominantemente carnívora e complementada por ovos, gramíneas, frutas e o que mais eles encontrarem em seu habitat.

Como, sabendo disso, podemos achar que uma mono dieta (formula sempre igual), com menos de 10% de umidade, à base de grãos (milho, soja, trigo) e farinha de subprodutos de carnes, que não estraga num saco por meses pode ser a melhor opção para eles?

 

Pois é …

Para terminar, segue parte de um artigo da Dra.Sylvia Angélico, veterinária, nutricionista e responsável pelo site Cachorro Verde:

Consulte a composição de uma ração seca, na embalagem do produto, e você possivelmente encontrará ao menos alguns dos suspeitos itens abaixo:

• Alimentos transgênicos (potencialmente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente).

• Fórmula fixa de alimentos de qualidade questionável, como glúten de milho e farinha de subprodutos de carne (ao invés da carne fresca que convenientemente ilustra os anúncios e as embalagens).

• Alimentos pouco adequados a carnívoros, como uma abundância de derivados de milho, trigo e soja – comida de ruminantes – considerados  alergênicos para alguns pets, além de às vezes estarem contaminados por toxinas fúngicas perigosas. Quando submetidos ao violento processamento industrial por calor e pressão empregado por muitos fabricantes, carnes e grãos formam compostos cancerígenos, como aminas hetericíclicas e acrilamidas.

• Linhas e mais linhas de vitaminas, aminoácidos e minerais sintéticos e isolados, acrescidos à parte, uma vez que o processamento industrial e o longo prazo de validade das rações acarreta grande perda de nutrientes naturais.

• Aditivos sintéticos como corantes, conservantes (BHT, BHA, etoxiquina, “antioxidantes”, “estabilizantes”, flavorizantes e outros, que podem ou não estar discriminados), muitos dos quais suspeitos de causar câncer, alergias e de interferir na função endócrina e/ou comportamental.

Apesar do que prega a (altamente suspeita) campanha anti-dietas caseiras, lá no fundo você sabe: “nós somos o que comemos” – e com seu pet não é diferente. Se nossos nutricionistas nos alertam a maneirar em alimentícios prontos e nos educam a preferir comida fresca, variada e preparada em casa, por que consideramos saudável agir de forma diametralmente oposta em relação aos nossos cães e gatos? Voltemos à composição de uma ração seca convencional. Saiba que você está contando com os ingredientes dela – com farinhas de subprodutos, com derivados de grãos etc – para nutrir e manter saudável o seu pet; e não com carnes variadas, fígado, ovos frescos, legumes, frutas etc. Sinceramente, o lhe que parece mais nutricionalmente sensato? *

Deixamos você com essa pergunta. Lembrando que além da alimentação, a saúde dos nossos pets também depende de um estilo de vida saudável e feliz. Dá uma olhada nos nossos textos sobre esportes com cães, e sobre como tornar sua casa boa para seu gato!

* Por que optar por dieta caseira ao invés de ração? Sylvia Angélico | 22 Feb, 2013 | Artigos, Dieta Caseira X Raçãowww.cachorroverde.com.br